A amigdalite é a inflamação das amígdalas, órgãos minúsculos que se localizam no fundo da garganta e desempenham a função de proteger o organismo de infecções. 

Essa doença pode afetar qualquer faixa etária, mas a infecção causada por vírus é mais comum na infância e a por bactérias acomete com maior frequência jovens e adultos. 

Além da infecção causada por vírus ou bactérias, ela também pode ser crônica. Isso acontece quando uma pessoa apresenta quadro infeccioso nessa região com muita frequência, o que requer uma investigação mais aprofundada, pois sua causa poderá estar relacionada a algum problema em outra região do corpo, como refluxo gastroesofágico.

A amigdalite é mais frequente no inverno, época em que é comum manter ambientes fechados e em que o ar é mais seco. O frio faz com que as pessoas se aglomerem em ambientes sem circulação de ar, seja no trabalho, no transporte público, nas universidades, escolas, entre outros. 

Desse modo, esses ambientes acabam sendo facilitadores de propagação de vírus ou bactérias, que entram através das vias aéreas, como a boca, por exemplo. A amigdalite é transmitida através de gotículas salivares ou secreções expelidas quando alguém tosse, espirra, através do beijo ou por compartilhamento de copos e talheres. 

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Os sintomas da amigdalite

Os sintomas da amigdalite são bem característicos e fáceis de identificar. Porém, são muito semelhantes aos de outras doenças. Somente um médico poderá apontar o diagnóstico, o que é fundamental para que se inicie rápido um tratamento adequado. 

Apesar de não ser uma doença considerada grave, a amigdalite causa muito incômodo e pode deixar a pessoa acamada e com dificuldade para se alimentar. Por isso, é importante iniciar a medicação adequada de forma ágil. 

Os sintomas mais frequentes são:

  • Inchaço e vermelhidão nas amígdalas;
  • Presença de placas esbranquiçadas ou amareladas nas amígdalas;
  • Dificuldade e dor ao engolir;
  • Febre;
  • Nódulos no pescoço;
  • Mau hálito;
  • Dor de cabeça.
  • Dependendo do tipo de amigdalite, a pessoa pode manifestar diferentes sintomas. A presença de placas e saburra na língua, por exemplo, são sintomas característicos da amigdalite bacteriana.

    Já a vermelhidão e inchaço nas amígdalas são sinais da infecção  viral. O tipo de amigdalite requer tratamento diferente, sendo a bacteriana a mais grave porque, se não tratada, a bactéria pode acabar atingindo outras partes do organismo. 

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    Quais as causas da amigdalite

    As causas da amigdalite são geralmente vírus. Quando causada por bactérias, a mais frequente é a Streptococcus pyogenes, conhecida também como estreptococo do grupo A, também causadora da faringite.

    Outras bactérias também podem ser responsáveis por causar um processo infeccioso na amígdalas, como Neisseria gonorrhoeae, Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae e Corynebacterium diphtheriae.

    Quais os fatores de risco para a amigdalite?

    A amigdalite é uma doença que pode acometer qualquer pessoa, mas de modo geral pessoas mais jovens costumam ter mais chances de desenvolvê-la.

    A incidência entre crianças é mais alta porque elas costumam ficar mais próximas umas das outras em brincadeiras nas creches ou escolas e ainda não têm maturidade para ter os devidos cuidados de prevenção. 

    O tabagismo é um grande vilão para doenças desse tipo, já que ataca diretamente a região da garganta e pulmões.

    Como é feito o diagnóstico da amigdalite

    O diagnóstico consiste basicamente no relato que o paciente faz descrevendo os sintomas para o médico, que por sua vez, observa e avalia a condição clínica do paciente através da anamnese. 

    Para diagnosticar a doença, o médico além de fazer as perguntas específicas, examinará a região da garganta e do pescoço, procurando por sinais que sejam correlatos da amigdalite.

    O maior cuidado que o profissional deverá ter na consulta é saber diferenciar a amigdalite viral da bacteriana. Fazer essa distinção é fundamental para adotar o tratamento correto, pois cada tipo exige uma medicação específica.

    Como funciona o tratamento para amigdalite?

    Se a infecção for causada por vírus, o tratamento é feito em casa e necessita apenas de cuidados simples como repouso, hidratação e é recomendado que o doente tome apenas anti-inflamatório.

    Por outro lado, se a amigdalite for causada por bactérias, necessita de cuidados mais específicos como a prescrição de antibióticos. Desse modo, exige um cumprimento rigoroso do tratamento, para que a bactéria causadora da infecção seja completamente eliminada do organismo. É preciso respeitar rigorosamente o tempo de tratamento estabelecido pelo médico, mesmo quando o paciente deixar de sentir os sintomas.

    Quais as complicações que a amigdalite bacteriana pode provocar?

    Embora essa doença seja passageira, saiba que é preciso ter cuidado, porque, caso o doente não respeite o tempo de tratamento ou se a bactéria que está causando a infecção não for totalmente eliminada, ela pode migrar para outros tecidos.

    Isso pode provocar doenças em outros órgãos que estão distantes da garganta, causando a febre reumática e nefrite, que é a inflamação nos rins. Portanto, é preciso tomar cuidado, para que uma doença simples não cause problemas mais complexos.

    Como prevenir a amigdalite

    A prevenção dessa doença consiste basicamente em fazer a higienização adequada das mãos, evitar frequentar ambientes fechados e com grande circulação de pessoas, evitar o tabagismo e mudanças bruscas de temperatura.

    Além disso, hábitos saudáveis como dormir o suficiente, praticar atividades físicas e se hidratar constantemente garantem a você uma qualidade de vida melhor e menor propensão para desenvolver doenças infecciosas. 

    Quando é preciso retirar as amígdalas?

    As amígdalas são grandes aliadas do sistema imunológico. Porém, quando as infecções são constantes e o paciente não responde bem ao tratamento para amigdalites, pode ser que o médico decida pela remoção através de cirurgia.

    Esse procedimento só é recomendado quando o paciente sofre de halitose crônica ou apresenta dificuldade constante para engolir ou para respirar devido ao problema.

    As amígdalas são a primeira barreira de combate contra microrganismos invasores através da boca, por isso a indicação de retirá-las é adotada somente em último caso, quando já se tentou várias outras alternativas. 

    Quais as recomendações para quem está com amigdalite

    Evitar fumar ativa ou passivamente é a grande recomendação para uma recuperação mais rápida em caso de um diagnóstico positivo. Confira outras recomendações:

  • Evite trocar de ambiente que tenha alteração brusca de temperatura, como sair de uma peça com o ar-condicionado ligado a 18ºC de forma abrupta para um ambiente de 33ºC, por exemplo;
  • Quando andar em transporte público, procure por janelas que estejam abertas;
  • Lave bem as mãos e com frequência;
  • Evite ingerir bebidas muito quentes, prefira bebidas mornas e alimentos macios em casos de crise;
  • Beba bastante água, isso ajuda a hidratar as mucosas;
  • Não se automedique, isso só favorece as bactérias para que tenham resistência;
  • Siga o tratamento médico conforme o recomendado;
  • Em caso de amigdalite crônica, procure orientação médica para encontrar a raíz do problema;
  • Mantenha uma alimentação saudável;
  • Pratique atividade física.
  • Essas recomendações podem auxiliar você tanto na prevenção, quanto em casos de crise. Lembre-se que é importante cuidar da saúde para manter a qualidade de vida.

    Conclusão 

    Agora que você sabe o que é amigdalite, quais as causas, sintomas e tratamento, busque tomar medidas preventivas para evitar este problema. 

    É importante destacar que embora esta seja uma doença comum, é preciso ter cuidado e fazer o tratamento adequado para não haver complicações. 

    Ao sentir os sintomas, o médico deverá ser procurado, principalmente para fazer o diagnóstico correto e prescrever o tratamento mais adequado.

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    médica e paciente sorrindo e se olhando