O câncer de endométrio é uma das enfermidades do aparelho ginecológico bastante comum em mulheres acima dos 60 anos e está associado à chegada da menopausa. Apenas 20% das mulheres com câncer de endométrio são da fase pré-menopausa. A boa notícia é que o câncer de endométrio é um tumor com grande chance de cura na maioria dos pacientes, apesar de ser perigoso.
Para você ter uma ideia, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer do endométrio é o sexto tipo mais comum de câncer entre as mulheres em todo o mundo. Perde apenas para o de mama, intestino, pulmão, colo do útero e estômago. É um tipo de câncer que pode iniciar em diferentes regiões do útero, na musculatura e no tecido que envolve e sustenta o órgão.
Os sinais mais comum da doença é o sangramento entre os ciclos menstruais, e mesmo em mulheres já na menopausa. Chama a atenção que uma das medidas de proteção ao câncer do endométrio é a gravidez, por exemplo, além da prática de atividade física, alimentação e manter o controle do peso.
Quer saber um pouco mais sobre o câncer de endométrio? Neste post, vamos aprofundar sobre os sintomas, as causas, os exames para detecção da doença, o tratamento e as chances de cura.
Boa leitura!
O que é o câncer de endométrio
O endométrio é um tecido ou membrana que reveste a parte interna do útero. É um tecido altamente vascularizado e por essa razão é caracterizado como um dos tumores mais frequentes do aparelho ginecológico feminino.
Há muitos tipos de câncer de endométrio. O mais comum é o endometrioide. Pode ser classificado também em carcinomas (80%) e sarcomas (20%).
Caso diagnosticado com antecedência, em estágio inicial, a partir de um sangramento, tem alta chance de cura. Para você ter uma ideia, nesses casos, eles pode ser curáveis em 90% dos casos.
Os principais sintomas do câncer de endométrio
Como falamos anteriormente, o sinal mais frequente do câncer de endométrio é o sangramento vaginal fora do período de menstruação. Em outras palavras, esse sangramento pode ocorrer entre os ciclos menstruais, ser mais intenso e frequente do que o normal ou acontecer em mulheres já na fase da menopausa.
Outros sintomas que podem ocorrer são a dor e sensação de peso na pélvis, além do corrimento vagianl branco ou amarelado. Nesse último caso, ocorre na pós-menopausa. Outro sinal é a dor durante a relação sexual.
Por outro lado, quando o tumor já se propagou por outros órgãos do corpo (metástase), podem ocorrer sintomas mais avançados. Entre eles, obstrução do intestino, tosse e dificuldade para respirar, além de outros tumores vaginais.
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O que causa a doença
Em mulheres em fase menstrual, o endométrio engrossa mensalmente como sinal de preparo para a gravidez. Caso não ocorra a gravidez, o tecido em forma de sangue é eliminado durante a menstruação. No entanto, com a menopausa e a parada dos períodos menstruais, o revestimento do endométrio para de crescer. No entanto, quando há câncer de endométrio, esse revestimento é constituído de células anormais.
O câncer de endométrio ocorre por uma mutação genética que adoece as células e as multiplicam de forma acelerada. Inclusive, chegando a outras partes do corpo.
Esse fenômeno está associado também a muitos fatores de risco, tais como:
Como detectar o câncer de endométrio
Especialistas sugerem que a detecção precoce do câncer de endométrio é uma estratégia acertada para elevar a possibilidade de cura. Desse modo, o primeiro caminho é fazer uma investigação a partir de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos. Principalmente, em mulheres que apresentam algum sintoma da doença.
Como destacado anteriormente, os principais sinais são o sangramento, a dor pélvica, o cansaço, perda de peso e do apetite. Nessa linha, é recomendável também exames periódicos em mulheres que não apresentam sinais do câncer de endométrio. Porém, com predisposição genética ou com mais de 50 anos, por exemplo. Portanto, faça o acompanhamento periódico com o seu médico.
Os seguintes exames e procedimentos ajudam no diagnóstico:
Alternativas de tratamento
Após o diagnóstico do câncer de endométrio, o primeiro passo é verificar em que fase está a doença. Ou seja, se o tumor ainda está aderente ao útero ou se alastrou para outros órgãos próximos. A partir disso, o médico poderá definir qual o procedimento será adotado.
Em estágios iniciais do câncer de endométrio, a recomendação é a intervenção cirúrgica. A operação consiste na retirada do útero, trompas e ovários, além dos linfonodos que porventura forem afetados pela doença. Após a cirurgia, são associados tratamentos complementares como a quimioterapia, braquiterapia, radioterapia ou hormonioterapia.
Nesses casos, é interessante que um médico oncologista trabalhe em parceria com um oncoginecologista para melhor encaminhar o tratamento. Como relatamos no início desse post, caso detectado de forma precoce, as chances de cura para o câncer de endométrio são de 90%. Ou seja, um número bem animador para as mulheres.
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Qual a relação de endometriose e câncer de endométrio?
É muito frequente entre as mulheres a dúvida se a endometriose pode virar um câncer de endométrio. É preciso dizer que sim, há chance de ocorrer essa evolução. No entanto, o risco é bastante baixo. Na maioria dos casos, a endometriose nos ovários é a mais perigosa para desenvolvimento de um câncer.
Mesmo assim, as estatísticas médicas apontam que apenas 8 em cada grupo de 100 mil mulheres apresentam esse tipo de tumor maligno. Porém, quem quer engravidar, não deve fazer a retirada do órgão.
Portanto, o câncer de endométrio não está diretamente relacionado à endometriose. Em outras palavras, a endometriose ocorre quando o tecido do endométrio cresce em outras regiões do corpo, próximo ao aparelho ginecológico. Enquanto que o câncer de endométrio desenvolve células nocivas no interior do útero, ou seja, na sua posição original.
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Câncer de endométrio: previna-se!
É importante lembrar que apesar da importância de buscar informação sobre o assunto, é recomendável sempre o acompanhamento junto ao seu médico.