O câncer de esôfago é uma doença maligna que geralmente tem início nas células que revestem o órgão. É uma perigosa enfermidade que ocorre mais em homens do que mulheres, entre 50 e 70 anos de idade. Para você ter uma ideia, no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de esôfago é o sexto mais frequente entre homens e o oitavo no mundo.
Ou seja, é uma doença na qual a incidência em homens é aproximadamente de duas vezes maior do que em mulheres. Por outro lado, não significa que ambos não devem tomar os cuidados necessários para prevenir a doença, que vão desde evitar o tabagismo e o álcool, até ter uma alimentação saudável.
O carcinoma epidermoide escamoso é o tipo de câncer de esôfago que mais ocorre, representando por volta de 96% dos casos. Por outro lado, o adenocarcinoma também tem aumentado a incidência de forma preocupante.
Neste post, vamos abordar com mais detalhes o que é o câncer de esôfago, o que provoca, os sintomas, o tratamento e as chances de cura. Vamos ainda dar algumas dicas de prevenção para combater essa traiçoeira doença.
Boa leitura!
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O que é o câncer de esôfago?
O esôfago é um órgão muscular muito parecido com um tubo, que faz a ponte entre da faringe, próxima à boca, e o estômago. A função do esôfago é transportar alimentos sólidos e líquidos entre esses dois órgãos. De forma específica, essa trajetória vai da região cervical até a cavidade abdominal.
O câncer de esôfago abarca 2% de todos os tumores malignos que podem ocorrer no ser humano. No entanto, é o quinto tumor maligno que mais ocorre no trato intestinal. É uma doença menos frequente que o câncer de pâncreas, estômago e fígado. No entanto, apresenta um crescimento muito rápido e que exige diagnóstico precoce.
Ou seja, muitas vezes, ao ser diagnosticado pelo médico, o câncer de esôfago já está em estágio preocupante, com disseminação de células nocivas para outros órgãos saudáveis.
São dois tipos mais frequentes da doença, classificada de acordo com as células que sofreram a mutação:
Há ainda outros tipos de câncer de esôfago como carcinoma de pequenas células, sarcoma, linfomas e tumores adenoides-císticos, porém, todos mais raros.
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Quais são os principais sintomas
Quando está em fase inicial, o câncer de esôfago dificilmente apresenta sinais visíveis ou sensíveis ao paciente. No entanto, a progressão rápida da doença logo traz reflexos no corpo, principalmente, a dificuldade ou dor ao engolir. Pode ocorrer também dor retroesternal (localizada atrás do osso do meio do peito), dor torácica, além de vômitos, náuseas, falta de apetite. É bastante comum também a sensação de obstrução à passagem do alimento.
O problema é que quando a doença é diagnosticada, geralmente o estado é avançado e o paciente já apresenta dificuldade ao engolir. Com isso, ocorre a perda de peso por parte da pessoa com câncer de esôfago, pois de forma progressiva há recusa pela ingestão de alimentos sólidos, pastosos e líquidos.
A perda de peso e a dificuldade na alimentação por conta da doença também pode causar anemia e desidratação. Outros sintomas são rouquidão, tosse, falta de ar e pele amarelada.
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O que provoca o câncer de esôfago?
São muitos fatores que estão associados ao aumento do risco de contrair câncer de esôfago. O principal deles é o tabagismo, responsável por cerca de 25% dos casos, além da irrigação crônica das paredes do órgão. Veja abaixo outros:
Além dessa lista, um fator agravante que pode acelerar a evolução do câncer de esôfago vão os linfonodos vizinhos ao órgão. Ou seja, o tumor tem maior facilidade de se espalhar na rede linfática e chegar a outros órgãos.
Como ocorre o tratamento do câncer de esôfago
O tratamento para o câncer de esôfago pode ser feito de três formas: cirurgia, radioterapia e quimioterapia, de maneira combinada ou isolada. Isso vai depender do estágio da doença quando foi diagnosticada via exames, além do estado clínico do paciente. Em casos de tumores em fase inicial, ainda pequeno, é possível fazer ainda a ressecção local em uma endoscopia. Nesse caso, evita-se uma intervenção cirúrgica.
Também é comum serem realizados dilatações com endoscopia, colocação de próteses auto expansivas (que impede o estreitamento do órgão) e braquiterapia (radioterapia com sementes radioativas). Nesses casos são usados quando não há chance de cura por parte do paciente, como tratamento paliativo.
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Chances de cura da doença
Detectar o câncer de esôfago de forma precoce é a melhor maneira para aumentar o índice de cura da doença por meio dos tratamentos disponíveis. Nesse caso, a recomendação médica é para a realização de exames periódicos, principalmente, em pessoas com algum sintoma ou pertencentes a grupos de risco.
A grande dificuldade é que os sintomas aparecem quando a doença já está em um estágio mais avançado, o que pode dificultar bastante o tratamento.
Esofagite x câncer de esôfago
Como falamos mais acima, podem ocorrer muitas dúvidas em relação à esofagite e o câncer de esôfago. O fato é que uma esofagite que surgiu devido a um quadro de refluxo persistente pode resultar em alterações no revestimento do esôfago. Em outras palavras, a esofagite pode aumentar o risco de aparecimento de tumores e, por consequência, do câncer de esôfago.