Hábitos saudáveis podem prevenir diversas doenças. Desse modo, não é diferente com o câncer de ovário.

Manter o peso adequado, não fumar, praticar exercícios com regularidade podem melhorar nossa qualidade de vida e assim, ajudar a prevenir diversas doenças.

O câncer de ovário é uma doença silenciosa, com poucos indícios e normalmente detectada de forma tardia, o que, como resultado, reforça a ideia de que temos que nos cuidar sempre.

Você sabe quais são os sintomas e como é o tratamento desse tipo de câncer? Acompanhe para saber.

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O que é câncer?

Segundo o site do Inca – Instituto Nacional do Câncer, câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças, onde todas têm em comum o crescimento desordenado de células.

Essas células invadem tecidos e órgãos, de maneira agressiva e descontrolada, que se dividem rapidamente formando tumores que podem se espalhar para outras regiões do corpo.

Quando o câncer começa em tecidos epiteliais como pele e mucosas, é chamado carcinoma. Se são os tecidos conjuntivos o ponto de partida, como ossos, músculos ou cartilagem, é chamado sarcoma.

Outra diferenciação é a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos, a chamada metástase.

O que é câncer de ovário?

Câncer de ovário é o desenvolvimento de um tecido doente nos ovários, que são os órgãos reprodutores das mulheres. A função dos ovários é a produção de óvulos e hormônios femininos, como estrógeno e progesterona.

É um câncer de difícil diagnóstico já que suas manifestações clínicas só se tornam aparentes nos estágios mais avançados da doença. Dessa maneira, quando é descoberta, a doença já se disseminou pela pelve ou abdômen superior, além de outros órgãos.

É considerado um câncer silencioso pois os sintomas demoram a se manifestar e pode ocorrer em qualquer faixa etária, atingindo principalmente mulheres acima de 40 anos.

É um câncer que não é frequente, no entanto tem alta letalidade. 3/4 dos novos casos por ano já são descobertos em estágio avançado.

De acordo com o Inca, a estimativa de novos casos para 2020 é de 6.650, enquanto que o número de óbitos de 2018 foi 3.984.

É a segunda neoplasia (proliferação desordenada de células no organismo) ginecológica mais comum, bem como perde apenas para o câncer de colo do útero.

Posto que 95% dessas neoplasias são derivadas das células epiteliais que revestem os ovários e os outros 5% são de células germinativas, que formam os óvulos e de células estromais, que produzem a maior parte dos hormônios.

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Como mencionamos, os tipos mais comuns são os de células epiteliais, assim como:

  • Cistoadenocarcinoma seroso-papilífero: são cerca de 75% dos tumores invasivos;
  • Carcinoma endometrioide: é o segundo tipo de tumor epitelial mais frequente;
  • Carcinoma mucinoso e carcinoma de células claras: tem comportamento mais agressivo que os dois primeiros. Além disso, tem também maior risco de metástases e respostas mais desfavoráveis à quimioterapia;
  • Tumores borderline: desses, os carcinomas serosos e os mucinosos são os mais frequentes;
  • Sertoli-Leydig: se originam nas células estromais e, dessa forma, são chamados de tumores do cordão sexual;
  • Tumores germinativos: se originam nas células germinativas que dão origem aos óvulos.
  • Ele se apresenta geralmente nos seguintes estágios:

  • 1: o câncer é encontrado primeiramente em um ou ambos os ovários;
  • 2: nesse estágio ele já se espalhou para outras partes da pelve;
  • 3: nesse caso, o câncer se espalhou para o abdômen, para o peritônio, ou apresenta metástases em linfonodos;
  • 4: o câncer é encontrado fora do abdômen, como no fígado, por exemplo.
  • Quais os sintomas do câncer de ovário?

    No início do câncer, não existem sintomas. No entanto, quando o tumor vai crescendo pode causar alguns dos sintomas abaixo, que podem facilmente ser confundidos com de outros problemas, dificultando ainda mais o diagnóstico.

  • Alteração na função digestiva;
  • Alterações no ciclo menstrual;
  • Azia;
  • Cansaço constante;
  • Diarreia;
  • Dificuldade para comer;
  • Dor na pelve, abdômen ou costas;
  • Dor durante o sexo;
  • Fadiga;
  • Falta de apetite;
  • Indigestão;
  • Inchaço na pelve, abdômen, costas ou pernas;
  • Gases;
  • Mass abdominal palpável;
  • Náusea;
  • Necessidade de urinar com urgência e frequência;
  • Perda de peso sem motivo;
  • Pressão no abdômen;
  • Prisão de ventre;
  • Sangramento.
  • Quais exames detectam câncer de ovário?

    Para detectar o câncer de ovário são necessários exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, que são feitos em pessoas que tenham os sinais e sintomas que mencionamos ou que façam parte de grupos que têm mais chances de desenvolver a doença.

    Os exames utilizados são:

  • Biópsia: feita após outros exames é removido tecido e fluido da pelve e abdômen;
  • Colonoscopia;
  • Exame físico: feito pressionando o abdômen para detectar acúmulos anormais de líquido;
  • Exame pélvico;
  • Laparoscopia;
  • Ressonância magnética;
  • Sangue: níveis elevados de CA-125 pode indicar o tumor;
  • Teste genético para detectar os genes BRCA 1 e 2;
  • Tomografia computadorizada;
  • Ultrassonografia.
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    Principais causas do câncer de ovário

    Existem alguns fatores de risco para o aparecimento do câncer de ovário, tais como:

  • Endometriose: mulheres que já tiveram a doença tem risco aumentado para o câncer de ovário;
  • Fatores reprodutivos e hormonais: o risco é aumentado em mulheres inférteis e que não tiveram filhos e, dessa forma, reduzido nas que tomam pílula anticoncepcional ou que tiveram vários filhos. Bem como, a primeira menstruação antes dos 12 anos e menopausa depois dos 52 anos também podem estar associadas ao aumento do risco;
  • Genética: mutações em genes estão relacionadas a risco elevado de câncer de ovário;
  • Histórico familiar: familiares com câncer de ovário, colorretal e de mama são fator de risco;
  • Idade: a incidência aumenta com o avanço da idade;
  • Peso: excesso de peso aumenta o risco do desenvolvimento da doença;
  • Tabagismo: o consumo de cigarro está ligado a diversos tipos de cânceres.
  • Não é possível prevenir totalmente o câncer de ovário, no entanto existem algumas medidas que podem diminuir a probabilidade de desenvolver o tumor, tais como:

  • Amamentação;
  • Consultas regulares ao ginecologista;
  • Dieta e controle de peso;
  • Exame BRCA, para detectar os genes que estão relacionados ao aumento de risco;
  • Gravidez;
  • Histerectomia;
  • Ligadura de trompas;
  • Remoção dos ovários;
  • Uso de anticoncepcionais por mais de 5 anos.
  • Tratamento para câncer de ovário

    Os tratamentos mais comuns para o câncer de ovário são:

  • Cirurgia: pode ser histerectomia total e Salpingo-ooforectomia unilateral ou bilateral, que envolve a remoção de um ou dos dois ovários e trompas de falópio;
  • Quimioterapia: recomendada para a maioria dos casos após a cirurgia inicial;
  • Radioterapia: usada com menos frequência nesse tipo de tumor.
  • Chances de cura do câncer de ovário

    Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer Americano de pacientes diagnosticadas entre 2008 e 2014, as taxas de sobrevida em 5 anos, ou seja, a porcentagem de pacientes que vivem pelo menos 5 anos após o diagnóstico da doença, são diferentes conforme os tipos de câncer no ovário:

  • Câncer de ovário epitelial invasivo: 92% no estágio localizado (doença ainda não se disseminou), 75% no regional (doença se disseminou além dos ovários e/ou linfonodos), 30% a distância (doença se disseminou para outros órgãos) e 47% em todos combinados;
  • Tumor estromal de ovário: 99% no estágio localizado, 89% no regional, 61% a distância e 89% em todos combinados;
  • Tumores de ovário de células germinativas: 98% no estágio localizado, 95% no regional, 75% a distância e 93% em todos combinados;
  • Carcinoma de trompas de Falópio: 91% no estágio localizado, 57% no regional, 47% a distância e 60% em todos combinados.
  • Leia também: Novembro Azul: a luta contra o câncer de próstata

    Estar em dia com a sua saúde é fundamental para prevenção do câncer de ovário, bem como demais doenças.

    Se você quer se prevenir acima de tudo, consultando regularmente seu médico, adquira um plano de saúde adequado às suas necessidades.

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