O câncer de vulva é considerado uma neoplasia rara muito comum em mulheres acima de 50 anos. Para você ter uma ideia, a doença representa cerca de 4% dos cânceres em órgãos reprodutores femininos.
Nos Estados Unidos, por exemplo, as mulheres têm uma em 333 chances de contrair o câncer de vulva. Já no Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) não apresenta estimativas. Apesar da gravidade da doença, há alguns cuidados básicos que podem prevenir o contágio.
Neste post, vamos aprofundar um pouco mais sobre o câncer de vulva, descrever os principais sinais e sintomas, além dos fatores de risco. Vamos também abordar quais são as chances de cura e os tratamentos mais indicados para cada situação.
Boa leitura!
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O que é o câncer de vulva?
A vulva é o órgão genital externo da mulher. Ou seja, é a entrada que dá espaço ao canal da urina e à bexiga. O órgão é formado pelos grandes e pequenos lábios, o hímen e o clitóris. O câncer de vulva é um dos tipos comuns de câncer ginecológico, assim como os cânceres de útero, ovário, endométrio e vagina.
Para você ter uma ideia, essas doenças matam uma mulher a cada uma hora no Brasil, segundo estimativas do INCA. É bastante comum a doença se manifestar de forma silenciosa. Por essa razão a importância da mulher manter sempre os exames de rotina em dia.
O câncer de vulva aparece em uma das partes do órgão a partir de uma mancha ou ferida que não cicatriza. Além disso, vai aumentando com o passar do tempo. Portanto, feridas na vulva persistentes por mais de um mês, por exemplo, devem ser investigadas com a ajuda médica.
Sinais e sintomas
Os sinais e sintomas da doença em cada mulher depende muito do tipo de câncer de vulva. Veja abaixo:
Fatores de risco para o câncer de vulva
Não há um fator de risco que cause diretamente a doença. No entanto, o principal deles é a infecção pelo vírus do papiloma humano, conhecido como HPV. O HPV é um vírus transmitido em relações sexuais em que uma pessoa estiver contaminada.
É preciso também observar possíveis carcinomas de células escamosas da vulva que crescem ao longo de muitos anos. Outro fator de risco é o líquen escleroso, que faz com que a pele da vulva fique muito fina e, com isso, gerando coceira, aumentado as chances de câncer no local.
Outra condição que contribui para o aparecimento de câncer de vulva é a mulher que já teve câncer de colo do útero. Nesse caso, o risco é maior. Há também o fator agravante da idade. Em outras palavras, a idade média das mulheres diagnosticadas com a doença é de 70 anos.
Por fim, mulheres com melanoma ou pintas displásicas em outras partes do corpo também têm maior risco de câncer de vulva. Além disso, o histórico familiar de melanoma também influi no aparecimento da doença.
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Atitudes que contribuem com a prevenção
A prevenção da incidência do câncer de vulva é bastante parecida em relação a outras enfermidades semelhantes. Ou seja, é indicado sempre seguir hábitos de vida saudáveis. Em primeiro lugar, a partir de uma boa alimentação, com pouca incidência de gordura. Em segundo lugar, mantendo atividades físicas de forma regular, o que contribui para a manutenção do peso, o controle da diabetes e outras doenças.
Outra medida prática muito importante é a utilização de preservativos nas relações sexuais. Em outras palavras, é por via sexual que pode ocorrer a transmissão da infecção por HPV, que entra pela mucosa vaginal. Desse modo, o uso de camisinha nas relações sexuais representa uma proteção mesmo que parcial. Isso porque o contágio pelo HPV também pode acontecer apenas no contato com a pele da vulva.
Ou seja, a educação sexual é um dos melhores remédios para a prevenção da doença. Para você ter uma ideia, meninos e meninas a partir dos 11 e 9 anos já estão habilitados a receber a imunização com vacina contra o vírus do HPV.
Tratamento para o câncer de vulva
O tratamento para o câncer de vulva geralmente é realizado de forma cirúrgica, com intervenção na vulva e na virilha. Isso porque os linfonodos alojados nas ínguas da virilha, que são mecanismos de defesa do corpo e impedem o alastramento do tumor, são afetados pelo câncer. Por essa razão, devem ser retirados.
O tipo de procedimento cirúrgico para retirada depende do tamanho do tumor. Portanto, quanto antes identificada a doença, menor será a intervenção e melhor a recuperação e chances de cura.
No entanto, é recomendável o envolvimento de uma equipe multidisciplinar de profissionais para executar o melhor tratamento. A idade, as condições clínicas de saúde e comorbidades podem definir o ritmo do tratamento antes mesmo de uma intervenção cirúrgica. Como por exemplo, durante a etapa de quimioterapia.
Chances de cura
Como descrevemos acima, as chances de cura para o câncer de vulva dependem muito do estado clínico do paciente, da idade, do nível da doença e do diagnóstico precoce. Segundo especialistas, é uma doença com alta taxa de curabilidade quando identificada em estágio inicial.
Além disso, o melhor remédio nesse caso é a prevenção, por meio de medidas simples como o uso de preservativos nas relações sexuais e manter hábitos saudáveis de vida.
Um mito em torno do câncer de vulva é o fim da relações sexuais após o tratamento. Na verdade, após a cirurgia, caso necessário, a vulva fica intacta. O que pode mudar é a sensibilidade durante a relação sexual. No entanto, a mulher poderá manter uma vida sexual ativa após a doença.