Muitas vezes silenciosa, a clamídia é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. Na maioria dos casos resulta em infecção nos órgãos genitais (uretra, colo do útero e reto), tanto do homem quanto da mulher, mas também pode evoluir para a garganta e os olhos. Neste post, vamos dar mais detalhes sobre essa perigosa doença e como buscar a prevenção.

Em resumo, a clamídia é diagnosticada em homens e mulheres com vida sexual ativa, principalmente, quando não há proteção por meio de métodos como a camisinha. Também pode ser congênita, em outras palavras, transmitida de mãe para filho na gravidez. De acordo com informações do Ministério da Saúde, não existem dados epistemológicos no Brasil sobre a clamídia, pois não é uma doença de notificação obrigatória nos órgãos de saúde.

No entanto, dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDD/2017) revelam que grande parte das incidências de clamídia ocorre em pessoas entre 15 e 24 anos. Nas mulheres, os sintomas mais comuns são o aparecimento de corrimento amarelado ou claro, além de sangramento no ato sexual e dor ao urinar. Já nos homens pode ocorrer dor nos testículos, ardência para urinar e corrimento uretral.

Para você ter uma ideia, um quadro avançado de clamídia pode levar até à infertilidade e ao aborto espontâneo. Por essa razão, são muito importantes as medidas preventivas. Acompanhe ao longo desse post as informações detalhadas sobre a doença.

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O que é a clamídia?

As bactérias da família Chlamydia trachomatis são muitas vezes confundida com a gonorréia, por conta dos sintomas muito parecidos. É comum infecção gonorréica e por clamídia ao mesmo tempo. 

É uma das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) mais relatadas em todo o mundo. Para você ter uma ideia, nos Estados Unidos, quase 1,6 milhão de casos foram notificados pelos órgãos de saúde em 2016. O problema é que a infecção pode não causar sintomas aparentes, por essa razão, o dobro de pessoas pode estar acometida.

Como relatado no início do post, os sintomas mais comuns, quando evidentes, incluem secreção no pênis ou vagina, além de dor ao urinar. No diagnóstico, são utilizados testes de DNA de uma amostra dessas secreções para identificar com clareza a infecção por clamídia. Nesse caso, a doença pode ser tratada por antibióticos, de preferência, aplicados a ambos os parceiros sexuais ao mesmo tempo.

O principal fator de risco para contaminação por clamídia é o sexo de forma desprotegida. Nesse caso, principalmente, a ausência do uso de preservativos no ato sexual, independente do número de parceiros de cada pessoa. Mesmo sem sintomas, a doença pode ser transmitida.

Quais os sintomas e tratamento da clamídia

Como já adiantamos, grande parte dos casos de clamídia não apresentam sintomas aparentes. Quando aparecem, ocorrem entre uma a três semanas após a exposição à bactéria Chlamydia trachomatis. 

Nas mulheres, os sintomas mais comuns são:

  • Necessidade de urinar com mais frequência do que o normal;
  • Dor ou incômodo ao urinar;
  • Corrimento vaginal (eliminação de líquido amarelo);
  • Dor durante as relações sexuais;
  • Pode ocorrer também dor forte na parte inferior ao abdômen.
  • Nos homens, os sintomas mais comuns são:

  • Ardência ou dor ao urinar;
  • Urinar com mais frequência que o habitual;
  • Eliminação de uma secreção transparente ou turva pelo pênis;
  • Vermelhidão no orifício do pênis e rebordos colados pela manhã por causa das crostas;
  • Escroto pode apresentar inchaço com dor em um ou ambos os lados.
  • Tanto homens quanto mulheres podem apresentar infecção no reto, com dor ao eliminar uma secreção amarelada pelo ânus. 

    O tratamento da clamídia é administrado com o uso de antibióticos, como a azitromicina e doxiciclina, sempre receitados por um médico. Um tratamento de forma correta pelo paciente pode eliminar totalmente a doença do corpo. No entanto, caso não tratada de forma adequada, aumenta os riscos de contaminação e transmissão do HIV, por exemplo.

    sinais e sintomas da clamídia

    Complicações da doença

    Caso a pessoa acometida de clamídia não buscar tratamento, pode ocorrer complicações perigosas à mulher, tais como:

  • Infertilidade;
  • Dor aguda na região pélvica;
  • Dor durante o ato sexual;
  • Gravidez tubária (quando acontece nas trompas);
  • Complicações na gravidez.
  • Nos homens:

  • Infecção no epidídimo, um tubo em espiral no alto de cada testículo, causando um doloroso inchaço no escroto.
  • Homens e mulheres podem também ter as clamídias transferidas para os olhos, o que pode ocasionar uma infecção da membrana transparente que cobre o órgão, semelhante à conjuntivite. 

    Já em recém-nascidos, quando transmitida de forma congênita, podem ocorrer pneumonia ou conjuntivite. 

    Leia também: Saúde da mulher: qual a importância do cuidado preventivo?

    Como é feito o diagnóstico da clamídia?

    Para os médicos, a clamídia pode ser identificada no paciente conforme o aparecimento dos sintomas mais característicos. É bastante comum, no entanto, para confirmação, realizar um exame laboratorial de amostra retirada do pênis, vagina, garganta ou reto.

    Nesse caso, o líquido é obtido com a inserção de um cotonete nesses locais. No caso da vagina, é utilizado um espéculo de plástico para retirada da secreção do colo do útero. Em gestantes, o exame poderá ser feito na urina, mesmo quando não há sintomas. 

    Ou seja, quando aparecerem sintomas, a recomendação é procurar uma unidade de saúde para realizar o diagnóstico e tratamento de forma adequada. Tanto um quanto outro são oferecidos de forma integral e gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

    Os médicos consideram que, durante o diagnóstico, mulheres apresentam mais risco de terem clamídia se:

  • Estiverem tendo relações sexuais e menos de 25 anos;
  • Já tiverem tido uma DST;
  • Manter atividade sexual de forma desprotegida e arriscada, com vários parceiros;
  • Parceiro que pratica atos sexuais sem os cuidados necessários.
  • No homem, é um fator de risco caso a pessoa tiver mantido relações sexuais com outro homem no ano anterior.

    O médico pode solicitar também um exame de sangue ou urina para verificar a presença de outra DST. 

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    Prevenção da clamídia

    Infelizmente, a única maneira de nunca ser afetado pela clamídia é não manter relações sexuais (anal, vacinal e oral), o que está fora da realidade. No entanto, o uso de preservativos, tanto masculinos como femininos, nas relações sexuais diminui e muito o risco de contaminação pela bactéria. 

    Outras medidas que podem prevenir o contágio:

  • Evitar atos sexuais com trocas de parceiros ou profissionais do sexo;
  • Realizar diagnóstico e tratamento de forma imediata após a infecção;
  • Identificar os contatos sexuais das pessoas infectadas, para aconselhá-los.
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    Clamídia: proteção é o melhor caminho

    Agora que você já conhece as principais informações sobre a clamídia, que tal conferir como ter uma alimentação mais saudável?

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    médica e paciente sorrindo e se olhando

    Referências

    [1] Infecção por clamídia e outras infecções

    [2] Clamídia

    [3] Clamídia: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção

    [4] Clamídia – Sintomas, Tratamentos e Causas