A colelitíase ocorre quando há “pedras” na vesícula, como se chama popularmente, ou cálculos biliares. Eles são formados quando o líquido na vesícula biliar se cristaliza, formando um material semelhante a pequenas pedras, que provocam grandes desconfortos à pessoa.

A vesícula é um órgão que forma o aparelho digestório e uma de suas principais funções é armazenar um líquido chamado bile, produzido pelo fígado. Se o líquido biliar contiver muito colesterol, ele se solidifica, provocando cálculos.

Para saber mais sobre colelitíase, leia o texto a seguir e fique por dentro!

O que é colelitíase?

Colelitíase é o termo médico que dá nome aos cálculos biliares, uma doença do sistema digestivo. 

O sistema digestório é constituído por diversos órgãos que contém uma função específica, a da vesícula é armazenar o líquido biliar, também responsável pela digestão, principalmente para processar alimentos gordurosos.

O alto índice de colesterol, que não consegue ser eliminado pelo organismo e acaba se cristalizando, é responsável pela formação de cálculos na vesícula biliar. Esses cálculos  causam muito desconforto e sensação de mal-estar à pessoa. Isso é causado quando as pedras se deslocam, obstruindo o ducto cístico.

A colelitíase pode ser formada por cálculos de colesterol ou pigmentares, compostos por bilirrubina, substância encontrada na bile, também responsável pela cor amarelada na urina e coloração das fezes.

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Quais os sintomas da colelitíase?

Os sintomas da colelitíase costumam aparecer de forma súbita quando a pessoa é afetada por uma crise ocasionada por uma obstrução do canal de saída da vesícula, chamado de ducto cístico, por uma pedra ou cálculo. Uma crise pode causar os seguintes sintomas:

  • Dor intensa no abdômen superior;
  • Dor na parte das costas, entre as costelas;
  • Náuseas e vômitos.
  • Geralmente, as dores surgem após as refeições, atingindo um pico de intensidade e migrando após um período que pode durar 30 minutos ou horas. 

    Uma crise pode vir acompanhada de febre e vômitos e é importante que a pessoa busque orientação médica quando sente os sintomas descritos anteriormente, para que o diagnóstico seja feito de maneira precisa e rápida.

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    O que causa a colelitíase?

    Diversos fatores podem alterar a composição da bile e formar cálculos. Um dos principais gatilhos e causas para essa doença é uma dieta rica em gorduras, excesso de bebida alcoólica e outros abusos que a pessoa pode cometer em seus hábitos de vida. 

    Veja a seguir alguns dos fatores preponderantes dessa doença:

  • Dieta rica em gorduras e pobre em fibras;
  • Diabetes;
  • Colesterol (LDL) alto;
  • Vida sedentária;
  • Hipertensão (pressão alta);
  • Obesidade ou sobrepeso;
  • Fumo;
  • Cirrose;
  • Uso prolongado de anticoncepcionais;
  • Estrogênio aumentado.
  • Portanto, o modo de vida da pessoa exerce grande influência para o desenvolvimento da colelitíase. Desse modo, a melhor maneira de evitar que uma crise possa prejudicar a qualidade de vida é investir em uma alimentação com alto teor nutritivo e controlar os excessos.

    Quando procurar um médico?

    Quando os sintomas acontecem de modo frequente e duradouros, o médico deve ser procurado o quanto antes. Principalmente, quando uma crise causar febre acima de 38 graus, perda de apetite, diarreia, pele e olhos amarelados. 

    Embora a colelitíase não seja grave, ela pode trazer complicações como infecções ou pancreatite biliar. Além disso, essa doença pode provocar perda na qualidade de vida, por isso quanto antes se buscar orientação médica, mais cedo o tratamento pode ser iniciado, possibilitando a pessoa a retomar suas atividades normais.

    Como é feito o diagnóstico?

    O diagnóstico é feito geralmente na consulta médica com base nas observações dos sintomas. Mas para confirmar com 100% de precisão, é necessário fazer um exame de ultrassom.

    O ultrassom do abdômen é altamente assertivo e nada invasivo, sem efeitos colaterais. Os cálculos biliares são facilmente identificados nas imagens.

    Além desse exame, o médico pode requisitar um hemograma que serve para identificar alterações nas enzimas do fígado e dos ductos biliares. 

    Como é feito o tratamento?

    O tratamento para colelitíase pode ser feito por meio de medicamentos que amenizam a dor, como ibuprofeno ou paracetamol e em casos específicos também podem ser receitados antibióticos, caso haja sinais de infecção.

    Cálculos biliares que não causam sintomas geralmente não precisam de tratamento, mas em caso de sintomas frequentes, é necessário realizar um procedimento cirúrgico chamado colecistectomia, que é eficaz para resolver a colelitíase.

    A cirurgia serve para remover a vesícula e é feita por videolaparoscopia, com anestesia geral. A recuperação é leve e com baixo risco, principalmente, se comparada aos riscos de complicações decorrentes da doença. Além disso, esse é um procedimento comum e que resolve completamente a colelitíase.

    Como você pode se cuidar

    Embora seja sempre lugar comum recomendar que as pessoas tenham hábitos saudáveis, horas de sono suficientes e alimentação adequada, essa é a melhor recomendação a ser feita.

    Como a colelitíase é uma doença do aparelho digestivo, uma dieta balanceada e rica em fibras pode ajudar, e muito, para que a pessoa não desenvolva os cálculos biliares. Afinal de contas, alimentos ricos em gordura são os grandes responsáveis pelas crises de colelitíase. 

    Vale ressaltar também que eles são causadores de entupimentos cardiovasculares.

    Além de uma alimentação saudável e ficar longe dos excessos, manter o hábito de praticar exercícios físicos faz com que o seu organismo trabalhe melhor. Portanto, isso acaba trazendo mais harmonia para a sua vida, aumentando a sensação de bem-estar.

    Quais as complicações que a colelitíase pode causar?

    Embora a colelitíase não seja grave e possa ser facilmente tratada por meio de procedimento cirúrgico e, em caso de cálculos pequenos, nem apresente sintomas, na maioria das vezes ela pode trazer complicações.

    Uma delas é a inflamação da vesícula biliar, chamada de colecistite, ou de um canal biliar, causando a colangite. Além desses problemas, as pedras podem migrar para o pâncreas e causar sua inflamação, também chamada pancreatite. Essa doença é mais séria e exige internação hospitalar para um tratamento eficaz.

    Outro problema que pode ser decorrente da colelitíase é a icterícia, causada pelo excesso de bilirrubina na corrente sanguínea, responsável pela pigmentação amarelada da pele e que necessita de tratamento.

    Quais os fatores de risco para desenvolver a colelitíase?

    Os fatores de risco para desenvolver a colelitíase estão diretamente ligados aos hábitos de vida de uma pessoa ou relacionados às doenças crônicas, como colesterol (LDL) alto, hipertensão, obesidade, diabetes, entre outros.

    Além desses fatores, mulheres em idade fértil e que fazem constante uso de anticoncepcionais também têm mais propensão a desenvolver a doença. Isso ocorre, porque a taxa de estrogênio é aumentada por conta da medicação, fazendo com que a taxa de colesterol também seja maior, além de promover maior relaxamento da vesícula biliar, aumentando a sedimentação do colesterol e dos sais minerais que ficam contidos na vesícula.

    Portanto, isso acaba sendo um fator que aumenta a predisposição de desenvolver cálculos biliares.

    Conclusão

    Como qualquer doença, a colelitíase necessita de cuidados para que não ocorram complicações. Como você pode observar, a melhor maneira de prevenir é investir na qualidade de vida e evitar comidas gordurosas, uso excessivo de bebidas alcoólicas e sedentarismo.

    Além disso, fazer exames de rotina e consultar regularmente o médico são maneiras eficazes de prevenir não apenas essa doença, mas também ter a garantia de que está tudo bem com a sua saúde.

    Descobrir qualquer doença em fase inicial e garantir tratamento precoce é fundamental para se evitar que ela desenvolva outros problemas e aumenta a chance de cura.

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    médica cuidando de paciente