Você sabia que consultar o médico ginecologista regularmente, com toda a certeza, é a melhor forma de prevenir o câncer de colo de útero?

Isso porque uma das maneiras que o câncer é descoberto é através de um exame ginecológico que as mulheres devem fazer com frequência. Você sabe que exame é?

Saiba tudo sobre o câncer de colo do útero agora.

Saiba mais: Quais são os principais exames ginecológicos?

O que é câncer?

Segundo o site do Inca – Instituto Nacional do Câncer, câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças, onde todas têm em comum o crescimento desordenado de células.

Essas células invadem tecidos e órgãos, de maneira agressiva e descontrolada, que se dividem rapidamente formando tumores que podem se espalhar para outras regiões do corpo.

O que é câncer de colo de útero?

O câncer de colo de útero, também conhecido como câncer cervical, se caracteriza pelo tumor que se desenvolve a partir das lesões precursoras no colo do útero, órgão que fica no fundo da vagina.

Essas lesões são totalmente curáveis desde que sejam descobertas antes de se transformarem em câncer.

Uma das principais causas dessas lesões é a infecção por HPV. Ele é transmitido por relação sexual, através do contato direto com pele ou mucosa infectada.

HPV é a sigla em inglês para Papilomavírus humano, vírus que infecta a pele ou as mucosas. Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV.

Pelo menos 13 tipos de HPV são considerados oncogênicos, ou seja, com potencial de causar câncer.

O câncer cervical é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina brasileira. No entanto, perde somente para o câncer de mama e colorretal.

Além disso, é a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

Estimativas de novos casos em 2020 segundo o Inca: 16.590. Pelo Atlas da Mortalidade por Câncer, em 2018 foram 6.526 mortes.

Leia também: Saúde da mulher: Qual o melhor plano de saúde?

Principais causas do câncer de colo de útero

Existem alguns fatores de risco que podem aumentar as chances de ter câncer no colo do útero:

  • Início precoce da atividade sexual;
  • Múltiplos parceiros sexuais;
  • Sistema imunológico enfraquecido;
  • Tabagismo;
  • Transmissão do HPV por via oral-genital, genital-genital ou manual-genital, ou seja, mesmo sem penetração vaginal ou anal;
  • Uso prolongado de pílulas anticoncepcionais.
  • Em quanto tempo se desenvolve o câncer de colo de útero?

    As alterações no colo são lentas e progressivas na superfície do colo do útero e são chamadas de pré-cancerosas. Se não forem tratadas, podem evoluir para câncer, às vezes depois de anos.

    Quando avança, pode penetrar profundamente a superfície e disseminar para tecidos adjacentes, incluindo a vagina. Dessa maneira, pode também penetrar os vasos linfáticos de dentro do colo do útero e depois outras partes do corpo.

    Além disso também pode se disseminar pela corrente sanguínea, porém esse meio é mais raro.

    Leia também: Saúde da mulher: a importância do cuidado preventivo

    Sintomas do câncer de colo de útero

    No início, o câncer cervical não tem sintomas. Em casos mais avançados pode ter os seguintes:

  • Dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais;
  • Dores lombares em caso de câncer generalizado;
  • Inchaço nas pernas também em caso de câncer generalizado;
  • Manchas e sangramento intenso entre as menstruações;
  • Menstruações extraordinariamente intensas;
  • Sangramento vaginal intermitente, ou seja, que vai e volta, ou após relação sexual;
  • Secreção vaginal anormal;
  • Trato urinário obstruído em caso de câncer generalizado, podendo gerar insuficiência real e morte.
  • Quais exames detectam câncer de colo de útero?

    A melhor estratégia contra o câncer no colo do útero é encontrá-lo ainda na fase inicial. Dessa forma, as chances de tratamento aumentam. Conheça os principais exames:

    O exame preventivo do câncer do colo do útero, também chamado de Papanicolau, detecta lesões precursoras e faz o diagnóstico precoce da doença.

    Ele pode ser feito em postos de saúde, unidades de saúde da rede pública ou com seu médico particular ou por plano de saúde.

    O exame é de uma maneira geral indolor, podendo causar um leve desconforto. Além disso é simples e rápido. Mulheres grávidas também podem fazer o exame, sem prejudicar o bebê.

    Todas as mulheres que já iniciaram sua vida sexual e que tem entre 25 e 64 anos precisam realizar o exame, pelo menos a cada 3 anos.

    É um exame ginecológico que é feito em laboratório e funciona como se fosse um microscópio. Ele permite que seja feita análise do colo do útero, vagina e vulva de forma ampliada e detalhada.

    Além disso, ele analisa tecidos e diagnostica inflamações, lesões pré-malignas que antecedem o câncer e lesões malignas. Se forem achadas lesões, podem ser realizadas biópsias.

    As mulheres que tem resultados de exames do colo uterino alterados por lesões precisam ser encaminhadas para a consulta ginecológica para patologia cervical.

    Dessa forma, a mulher é avaliada com o objetivo de diagnosticar e tratar as patologias do colo do útero.

    A biópsia do linfonodo sentinela pode ser feita durante a cirurgia para câncer no colo do útero, removendo linfonodos da pelve para verificar a disseminação da doença.

    Entretanto, não são removidos todos os linfonodos, somente aquele que tiver mais probabilidade de conter a doença.

    Saiba mais: O que acontece na primeira consulta com o ginecologista?

    Tratamentos para câncer de colo de útero

    Cada caso deve ser avaliado individualmente e depende do estadiamento, ou estágio de evolução da doença. Além disso, também dependem do tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade da paciente ou desejo de ter filhos no futuro.

    No entanto os tratamentos existentes são cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

    Os estágios do câncer variam de I a IV:

    O câncer está ainda confinado no colo do útero. Nesse caso, geralmente é removido completamente o câncer quando se remove parte do colo do útero, preservando a capacidade da mulher ter filhos.

    O câncer já se disseminou para fora do colo do útero, incluindo a parte superior da vagina. No entanto, está dentro da pelve.

    Nesse caso é feita histerectomia com remoção dos tecidos e linfonodos adjacentes, combinado com radioterapia e quimioterapia.

    O câncer já se disseminou por toda a pelve e/ou até a parte inferior da vagina. Ou ainda, pode estar bloqueando os ureteres e/ou causando a disfunção de um rim.

    Outra consequência também é a disseminação até os linfonodos próximos da aorta.

    Nesse caso, o tratamento indicado é radioterapia mais quimioterapia. Dependendo da disseminação do câncer, podem ser removidos alguns ou todos os órgãos pélvicos

    O câncer já se disseminou para fora da pelve e/ou para a bexiga ou reto. Ou ainda, para outros órgãos distantes.

    Nesse caso, o tratamento é feito como quimioterapia.

    As chances de cura dependem do estágio em que ele está:

  • I: 80% a 90% das mulheres
  • II: 60% a 75%
  • III: 30% a 40%
  • IV: 15% ou menos
  • A vacina HPV: uma chance na prevenção do câncer de colo de útero

    Como um dos grandes fatores de causa de câncer no colo do útero é o vírus HPV, inibir sua disseminação é considerado um meio de prevenção.

    Em 2014 foi implementada no calendário vacinal, a vacina tetravalente, que em 2017, passou a ser aplicada em meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.

    A vacina protege contra o HPV dos seguintes tipos: 6, 11, 16 e 18, sendo que os dois últimos são responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero.

    Leia também: 5 mudanças de hábito para manter a saúde do coração

    Estar em dia com a sua saúde é fundamental para prevenção do câncer de colo de útero bem como demais doenças.

    Se você quer se prevenir consultando regularmente seu médico, adquira um plano de saúde adequado às suas necessidades.

    A Zelas Saúde tem um time de especialistas à sua disposição. Faça uma cotação sem compromisso e encontre o plano de saúde ideal pra você.

    médica e paciente sorrindo e se olhando