A demência é uma doença silenciosa, que inicia gradualmente, na maioria dos casos, a partir dos 65 anos de idade. Faz com que as pessoas apresentem um declínio das habilidades mentais, tais como memória, linguagem e raciocínio. Com isso, quem é acometido pela demência tem dificuldade para lembrar, pensar e aprender. É uma doença atinge em cheio não só o paciente, mas também a família e cuidadores.

Na verdade, a demência não é uma parte natural do envelhecimento humano, apesar do cérebro mudar com a idade. No entanto, pode ser muito perigosa à medida que interfere nas atividades mais simples do dia a dia dos pacientes. Como fazer confusão em lembrar nomes, realizar tarefas, ou se perder em casa e na rua. Por essa razão, precisa ser acompanhada de imediato pelos médicos para buscar um tratamento que amenize seus efeitos.

O trabalho médico, nesse caso, é tentar desacelerar a evolução da doença e a perda de memória, além de buscar uma melhor qualidade de vida às pessoas. Muitas vezes a demência é confundida com a doença de Alzheimer, um distúrbio cerebral grave. Na realidade, boa parte dos casos de demência pode evoluir para o Alzheimer, no entanto, são doenças diferentes. 

Neste post, vamos aprofundar mais as informações sobre a demência, verificar os principais tipos, as causas, os primeiros sinais a serem identificados, além dos sintomas e como atinge os idosos. Outro ponto importante que vamos tratar é como cuidar de alguém com demência e se a doença é hereditária ou não. Confira.

Quais são as principais causas da demência?

A demência é uma doença que acomete o cérebro e pode ter muitas causas associadas. Porém, a maioria dos casos em pessoas idosas está ligado à doença de Alzheimer. Segundo dados do Ministério da Saúde, por volta de 11,5% da população brasileira idosa possui mal de Alzheimer. Já a Associação Brasileira de Alzheimer contabiliza que 1,2 milhão de brasileiros são acometidos com a doença.

Em virtude da abrangência da doença, no Brasil, o Ministério da Saúde organiza todos os o Fevereiro Roxo, mês de conscientização sobre o mal de Alzheimer. Por outro lado, no mundo, para você ter uma ideia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que em torno de 50 milhões de pessoas possuem algum tipo de demência. 

Mas ter demência não significa necessariamente ter Alzheimer. Outros problemas no cérebro podem desencadear a doença, tais como:

  • Acidente vascular cerebral (AVC) ou endurecimento das artérias que causa obstrução de vasos sanguíneos no cérebro;
  • Doenças como Parkinson e demência corporal de Lewy e que podem danificar as células do cérebro;
  • Doença de Huntington;
  • Traumatismo craniano;
  • Infecções como o HIV;
  • Neurossífilis.
  • Fatores de risco 

    Outros fatores podem influenciar de forma decisiva para as pessoas desenvolverem demência:

  • Insuficiência cardíaca, doenças na tireoide e outras enfermidades;
  • Alcoolismo;
  • Utilização descontrolada de medicamentos para dormir, para resfriados e de ansiedade.
  •  Leia também: Como funciona o plano de saúde familiar?

    Demência pode ser hereditária?

    A maioria dos casos de demência não é hereditária. No entanto, isso vai depender da causa da doença, descoberta a partir de um bom procedimento de diagnóstico médico. Por essa razão, ao aparecerem sinais, é prudente consultar um médico o mais rápido possível. 

    Por outro lado, é preciso estar atento também a situações que reproduzem sinais semelhantes à demência, mas não estão ligados à doença. Tais como carência de vitaminas e hormônios, depressão, sobredosagem de medicamentos, infecções e tumores cerebrais. 

    Como é o tratamento de demência?

    A demência é um transtorno que causa perda irrecuperável de células nervosas. Costuma ser uma mudança rápida e precoce, o que diferencia do envelhecimento natural, onde há uma perda discreta da memória. Para diagnosticar a doença, é comum os médicos observarem os sinais e realizarem testes de memória, além de exames físicos e de sangue. Também pode ser feito tomografia e ressonância.

    Feito isso, há vários procedimentos no sentido de lidar com a demência. Em primeiro lugar, o caminho é tratar outros problemas de saúde que causaram ou pioraram a doença. Assim como receitar remédios para desaceleração da perda de memória e amenizar as alterações de comportamento.

    Em outra frente trabalha-se o psicológico do paciente, além da conscientização da família e cuidadores, explicando a importância de ter uma rotina para atividades básicas como banho, exercícios, sono e alimentação. Nesse caso, uma alternativa é criar um plano de segurança na casa do paciente, com a instalação de sinalizações, lembretes visuais, alarmes, entre outros artifícios. 

    Como cuidar de alguém com demência

    Um dos desafios que envolvem a demência são os cuidados com o paciente, principalmente, os familiares mais próximos, que tornam-se “cuidadores”. Nesse caso, a indicação é tentar criar um ambiente benéfico para os pacientes. Isso quer dizer trazer segurança e estabilidade para as pessoas com demência.

    Confira algumas medidas simples que podem ajudar no dia a dia:

  • Colocar lembretes de segurança pela casa, como por exemplo, desligar o fogão e outros equipamentos elétricos;
  • Esconder chaves de carros;
  • Instalar detectores nas portas para evitar saídas desavisadas;
  • Colocar pulseira ou colar de identificação no paciente;
  • Evitar trocar de imóvel ou cidade;
  • Planejar uma rotina regular com horários definidos para tomar banho, comer, dormir, entre outras atividades básicas;
  • Manter contato com as mesmas pessoas;
  • Utilizar relógio com números grandes, cômodos bem iluminados;
  • Ter o hábito de conversar bastante com a pessoa com demência sobre fatos do dia.
  • Leia também: Faixa etária para planos de saúde: melhores por idade

    Há como prevenir a demência?

    Um estudo realizado pela ONG britânica Age UK, em 2014, verificou algumas atitudes que podem ajudar os idosos a manter a saúde do cérebro e prevenir demências. De acordo com a organização, o estilo de vida dos idosos, fatores ambientais e de educação dizem muito se serão afetados pela doença.

    Ou seja, apesar de ser uma doença progressiva e incurável, há maneiras de reduzir os riscos de ser acometido. Confira:

  • Fazer exercícios físicos de três a cinco vezes por semana, entre 30 minutos e 1 hora de duração;
  • Aderir à dieta mediterrânea, rica que ácidos graxos e ômega-3. Essas substâncias são encontradas em peixes, nozes e linhaça, além de incluir na alimentação vegetais e frutas, que ajudam o sistema nervoso.
  • Não fume. Quem fuma tem mais chances de ter demência;
  • Beber álcool com moderação;
  • Buscar a prevenção e tratamento de diabetes, pressão alta e obesidade.
  • Demência: diagnóstico precoce é fundamental

    Agora que você já conhece as principais informações sobre a demência, que tal conferir como ter uma alimentação mais saudável?

    Acompanhe no blog Tudo Saúde mais dicas e orientações para ter uma vida mais saudável e também as melhores opções de planos de saúde para cada perfil. 

    Aproveite também para pesquisar os planos de saúde que mais se adaptam à sua necessidade e da sua família. Faça já sua cotação no Zelas Saúde.

    médica e paciente sorrindo e se olhando

    Referências

    [1] Demência

    [2] Demência e Alzheimer são a mesma coisa? Entenda o quadro

    [3] O que é demência?

    [4] Alzheimer acomete 11,5% da população idosa do país

    [5] Estudo lista 5 regras de ouro para prevenir a doença