Se você sente uma tristeza profunda sem saber o motivo, preste atenção, pode ser indício de depressão. Embora esse sentimento seja constante nessa doença, existem outros sintomas associados, como perda de peso, sensação de culpa e desinteresse pelas atividades habituais de trabalho e lazer.

A depressão é muitas vezes uma inimiga silenciosa, e quando esse problema é ignorado, pode trazer graves consequências para a pessoa e familiares. A saúde mental é um dos principais fatores para que se tenha uma boa qualidade de vida. 

Diferente de uma tristeza desencadeada por algum episódio específico, a depressão é um problema crônico que exige tratamento. Ela está diretamente ligada a fatores graves como o suicídio. 

Geralmente a doença é tratada com descaso e preconceito e pode não ser percebida por quem a tem. Por isso, é importante estar atento aos sintomas, inclusive para ajudar amigos e familiares que podem estar precisando de ajuda profissional. 

O que é depressão?

Depressão é uma doença psiquiátrica crônica caracterizada por um sentimento de tristeza profundo e constante. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas no mundo[1]  sofrem dessa doença.

Essa patologia faz com que a pessoa carregue um amálgama de sentimentos, como baixa autoestima, desesperança, dor, ressentimento, amargura, culpa, entre outros, que provocam alterações de humor e desânimo. 

Além disso, é comum que pessoas que sofram desse mal tenham distúrbios do sono e perda de apetite, o que acarreta em diversas limitações, como falta de disposição para realizar atividades habituais e rotineiras.

É importante saber distinguir a tristeza sofrida por alguma adversidade ou acontecimento, como uma separação ou perda de um ente querido, da depressão. A doença é uma condição que não é passageira. Ela pode sim ser desencadeada a partir de um ou mais  fatos e se tornar constante, mas também pode não ter uma razão aparente. 

Essa doença está diretamente relacionado ao suicídio, por isso a importância de ser tratada e acompanhada por um médico psiquiatra. A OMS estima que cerca de 800 mil pessoas tirem a própria vida a cada ano no mundo, sendo essa a segunda principal causa de mortes entre pessoas na faixa de 15 e 29 anos[2]. 

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As causas da depressão

A depressão pode surgir sem um motivo aparente, assim como ser desencadeada por uma série de eventos traumáticos e ruins, também chamados de gatilhos, ou por distúrbios químicos no cérebro.

Fatores sociais, emocionais, socioeconômicos e ambientais contribuem para o acometimento dessa doença que é considerada o mal do século. É importante ressaltar que o estresse também contribui para que uma pessoa desenvolva a depressão e ele é um mal que faz parte da vida contemporânea.

A depressão pode ter uma complexa relação entre situações vividas ao longo da vida. Com o passar do tempo e sem a devida atenção, ela traz complicações, como limitações emocionais e pessoais.

Os sintomas da depressão

É preciso tomar cuidado para que os sintomas da depressão não sejam confundidos com uma situação transitória. Os sinais mais comuns da doença são: 

  • Sentimento de tristeza profunda e constante;
  • Sentimento de culpa excessiva;
  • Baixa autoestima;
  • Perda de peso;
  • Distúrbios do sono;
  • Ideias suicidas;
  • Dificuldade de concentração;
  • Alteração de libido;
  • Insegurança;
  • Sentimento de forte angústia;
  • Desmotivação, falta de vontade de fazer higiene e sair da cama.
  • Na maioria das vezes, os sintomas podem não ser reconhecidos e acabam passando despercebidos. 

    Mas vale lembrar que é fundamental a família estar atenta e procurar orientação médica adequada para saber como dar apoio para quem sofre dessa doença. Embora alguns sintomas possam ser transitórios, nunca devem ser ignorados, principalmente se a pessoa manifesta ideias suicidas ou de autodestruição.

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    Os tipos de depressão

    A depressão não é apenas uma doença com uma relação complexa de diversos fatores. Existem tipos e graus que podem variar de grave a moderada e os episódios depressivos podem acontecer em determinado momento da vida. 

    Confira a seguir alguns tipos de depressão:

  • Depressão profunda: quando é recorrente;
  • Depressão bipolar: quando é transitória e altera dependendo do gatilho;
  • Distimia: forma menos grave de depressão, quando afeta a produtividade e disposição da pessoa por um curto período;
  • Depressão atípica: quando a pessoa é atingida por uma forte melancolia, com sentimentos de tristeza e de morte;
  • Depressão sazonal: quando atinge a pessoa em uma determinada época, principalmente pela falta de exposição solar;
  • Depressão pós-parto: muito comum quando acomete as mulheres logo após o parto, com sentimentos autodestrutivos e de suicídio. É um tipo muito comum e extremamente perigoso para a saúde da mãe e do bebê;
  • Depressão psicótica: quando uma pessoa apresenta surtos de alucinações e delírios junto ao sentimento de tristeza;
  • Depressão na adolescência: ocorre no período da adolescência;
  • Depressão infantil: crianças também podem sofrer de depressão. Alguns dos sinais são tristeza, irritabilidade e vontade de se isolar. É muito importante estar atento porque a doença nos pequenos pode desencadear complexidades futuras e também estar relacionada a maus-tratos, abusos ou rejeição.
  • Depressão na menopausa: condição comum que tem origem em consequência da alteração hormonal provocada pela menopausa.
  • O grau de gravidade varia conforme a intensidade e a duração dos episódios depressivos, fazendo com que os sintomas da depressão atrapalhem as atividades habituais da pessoa por um período curto, médio ou de longa duração. 

    Como diagnosticar a depressão?

    Quando identificado um dos sintomas citados anteriormente, é fundamental buscar orientação médica. O diagnóstico preciso serve, principalmente, para confirmar a doença e descartar algum episódio transitório de tristeza. 

    O médico especializado para identificar a depressão é o psiquiatra. Nem sempre na primeira consulta essa doença pode ser confirmada. Ela é diagnosticada com base no relato apresentado pelo paciente e em seu acompanhamento. 

    É papel do médico diferenciar se a depressão é um sintoma secundário de outra doença, melhorando assim a eficácia do tratamento.

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    Como é feito o tratamento?

    A depressão é uma doença que exige o acompanhamento constante de um psiquiatra. Quadros leves respondem bem ao tratamento psicoterápico. Para os casos mais graves, antidepressivos podem ser requisitados pelo médico para auxiliar a pessoa a sair do quadro. 

    Além disso, pode ser necessário o paciente utilizar outras combinações como ansiolíticos e antipsicóticos para obter o efeito necessário.

    É muito importante ressaltar que medicamentos desse tipo devem ser controlados pelo médico e seu uso deve ser rigoroso, pois eles causam dependência, além de efeitos colaterais quando mantidos por muito tempo. 

    Além disso, esses medicamentos não podem ser utilizados em hipótese alguma com bebidas alcoólicas. Uma vez prescrita a medicação, é possível que a pessoa necessite por toda vida ou por um longo período e é importante manter o acompanhamento médico constante para que não se tenha recaídas.

    Conclusão

    A depressão é uma doença grave e que necessita de atenção. Como é uma doença mental, quem sofre desse mal pode sofrer estigmas. É comum, por exemplo, que pessoas tenham preconceito com quem tem depressão achando que é bobagem ou que a pessoa está “fazendo cena”.

    Ela, inclusive, está entre as doenças mentais que mais afastam as pessoas do trabalho, o que muitas vezes é visto com maus olhos por colegas. 

    Por isso, é importante que mesmo quem não sofra deste problema entenda essa doença, para não subestimar os sintomas e estar atento aos sinais de que uma pessoa próxima possa estar precisando de ajuda. 

    Para os casos mais graves, é necessário fazer acompanhamento médico perene e fazer o tratamento conforme prescrito pelo médico de forma responsável. A medicação utilizada para essa doença pode causar dependência, por isso deve ser recomendado por um profissional.

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    [1] [2]: https://www.paho.org/pt/topicos/depressao

    médica cuidando e paciente