O Dia Mundial da Saúde é comemorado no dia 7 de abril para reforçar os preceitos fundamentais para se ter saúde mental, física e social. Criada em 1948 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a data serve para reforçar campanhas educativas no mundo todo, estar atento aos principais problemas da atualidade e para incentivar ações de promoção e cuidados com a saúde.

A data é celebrada junto ao aniversário da OMS, agência especializada das Nações Unidas, criada com o objetivo de cuidar das questões relacionadas à saúde global. A cada ano, um tema diferente é abordado.

Qual o tema do Dia Mundial da Saúde em 2020?

O Dia Mundial da Saúde 2020 destacou a importância do trabalho da enfermagem e obstetrícia no mundo todo.

A organização lançou o relatório sobre a situação da enfermagem no mundo: número de profissionais, sua distribuição, quantos a mais são necessários para que se tenha o número de enfermeiros apropriado e em que regiões, as principais necessidades do setor, entre outros.

O grande objetivo é alertar as autoridades no mundo todo para ações necessárias para investimento, respeito, valorização e fortalecimento desta classe que está na linha de frente das ações de promoção à saúde.

Dia Nacional da Saúde

O Brasil tem uma data própria para reforçar os cuidados à saúde desde 1967. O Dia Nacional da Saúde foi instituído para promover reflexões sobre a educação sanitária.

Para homenagear o médico e cientista brasileiro Oswaldo Cruz, a data escolhida foi 5 de agosto, dia do seu aniversário. Ele teve importância fundamental para erradicação de epidemias perigosas por meio de pesquisas e desenvolvimento de vacinas.

Leia também: O plano de saúde cobra vacinas?

De que forma a OMS garante o bem-estar mundial?

Com um objetivo nada fácil, a Organização Mundial de Saúde é dividida em várias frentes de atuação. Entre algumas conquistas importantes estão a erradicação da varíola, doença viral que já foi a principal causadora de mortes no mundo todo, e a luta contra a AIDS, doença que na década de 1980 era um atestado de morte.

Também pode ser colocada na lista de méritos a redução em 99% dos casos de poliomielite, popularmente conhecida como paralisia infantil. Campanhas de conscientização para adoção de vacinas e a pressão da entidade para que todos os governos disponibilizassem a imunização foram fundamentais para esta marca.

Direitos básicos para promoção de saúde

Você sabia que a saúde é um direito básico regido por lei? Sim, a lei 8.080, de 1990, determina que o Estado deve garantir que todos tenham acesso às condições indispensáveis para ter saúde física, mental e social. Alguns deles são:

Alimentação equilibrada;

Saneamento básico;

Meio ambiente preservado;

Atividade física;

Serviços essenciais;

Moradia;

Educação;

Entre outros.

Qual a relação entre educação e saúde?

A saúde e o bem-estar, promovidos no Dia Mundial da Saúde, têm relação direta com cuidados que temos no dia a dia, tanto com a higiene pessoal, quanto para ajudar na preservação do meio ambiente.

Um exemplo básico disso, que foi muito reforçado durante a pandemia de Covid-19, é a importância de lavar as mãos com frequência e higienizar bem os alimentos, cuidados básicos que evitam a proliferação de muitas doenças.

Manter a vacinação em dia, cuidar da limpeza da casa, separar lixo reciclável, adquirir hábitos saudáveis como alimentação mais rica em vitaminas e produtos naturais também são hábitos diretamente ligados à educação.

Se você já tem esses hábitos é porque certamente teve acesso à informações e estudos alertando sobre o impacto disso para o seu bem-estar.

Leia também: Hospital público x privado: Quais as diferenças?

Quais as principais ameaças à saúde da população mundial?

Apesar de não fazer parte específica da campanha do Dia Mundial da Saúde, este ano, a OMS lançou um outro estudo ao qual todas as autoridades públicas e a população em geral devem estar atentos. Trata-se de uma lista com os 13 principais desafios mundiais na área da saúde para a década.

Veja quais são eles e veja de que forma impactam na sua vida:

O aumento da poluição atmosférica tem contribuído para formação de desastres naturais que aumentam a desnutrição e elevam a disseminação de doenças infecciosas graves como a malária. Estima-se que as consequências destes desastres sejam responsáveis pela morte de 7 milhões de pessoas no mundo ao ano.

Em 2019, os maiores surtos de doenças aconteceram em países afetados por conflitos. A OMS percebe que há uma tendência de continuação desse problema.

O crescimento da desigualdade social resulta na maior diferença na qualidade de saúde das pessoas. Há uma diferença de 18 anos na expectativa de vida entre países pobres e ricos. Doenças como câncer, problemas respiratórios crônicos e diabetes crescem em maior escala em famílias de baixo poder econômico.

Um terço da população mundial não tem acesso a remédios, vacinas, diagnósticos e outros produtos essenciais para a saúde.

Estima-se que somente em 2020, doenças infecciosas como HIV, tuberculose, hepatite viral, malária serão responsáveis pela morte de 4 milhões de pessoas no mundo. A maioria em países pobres. A principal causa é o investimento insuficiente no sistema de saúde nestas regiões.

Não há como evitar surtos de doenças, mas é possível investir em prevenção. Segundo a OMS, o mundo gasta muito mais com o combate a estas doenças do que em serviços de prevenção.

Os produtos perigosos citados pela OMS são os alimentos não saudáveis e pouco seguros, sem as condições sanitárias necessárias. A alimentação saudável, aliás, é uma das principais bandeiras de defesa da organização e já foi tema destaque em outras edições do Dia Mundial da Saúde.

A OMS estima que até 2030 o mundo precise de 18 milhões de trabalhadores nesta área em países de rendas média e baixa. Metade deles são enfermeiros e parteiras. Vale lembrar que o aumento do investimento nestes profissionais foi tema do Dia Mundial de Saúde em 2020.

Mais de um milhão de adolescentes entre 10 e 19 anos morrem por ano. As principais causas são acidentes de trânsito, HIV, suicídio, infecções respiratórias e violência. O uso de drogas, sexo sem proteção e exposição a maus-tratos na infância contribuem para estes índices.

A desinformação e a quantidade de notícias falsas disseminadas durante a pandemia de Covid-19 são exemplos práticos e recentes deste problema. A OMS defende o aumento de investimento na disseminação de informações de órgãos oficiais com respaldo científico, principalmente nas redes sociais.

A organização cita o movimento anti-vacina que contribuiu para que doenças já erradicadas há anos voltassem a aparecer como exemplo desta ameaça.

A tecnologia está contribuindo significativamente para a prevenção, tratamento e diagnóstico de muitas doenças. Mas estas inovações têm implicações éticas e sociais que precisam de monitoramento e regulação e este é um dos desafios da saúde mundial.

A agência da ONU diz que a resistência de bactérias a alguns antibióticos pode atrasar a saúde moderna em décadas. Isso pode colocar até mesmo cirurgias de rotina em perigo. Por isso, a análise e fiscalização de antibióticos novos, além de ações sanitárias que ajudam a prevenir bactérias, como a garantia de água tratada à toda a população, estão entre os principais desafios para a década.

Uma média de um a cada quatro centros de saúde no mundo não tem recursos hídricos básicos. Saneamento e água potável são fundamentais para as condições de higiene tanto das instalações dos hospitais como higienização de pacientes e profissionais da saúde.

Cuidar da saúde é fundamental para garantir o bem-estar físico e mental. Encontre o plano de saúde ideal em poucos cliques na Zelas Saúde!

médica e paciente se olhando e sorrindo