Bico de papagaio é o nome como a doença osteofitose ficou popularmente conhecida. Estima-se que entre 70% e 80% dos brasileiros acima dos 65 anos sofram desse problema[1]. 

Essa patologia causada por uma alteração óssea tem incidência maior em pacientes com mais de 50 anos e pode prejudicar a qualidade de vida.

No texto a seguir, explicamos o que é esta doença, quais as suas causas, sintomas, tratamento e formas de prevenção. Confira!

O que é o bico de papagaio?

A osteofitose, também conhecida como bico de papagaio, é a degeneração dos discos intervertebrais. Eles ficam entre as vértebras e têm a função de amenizar os impactos das atividades diárias na coluna. 

A doença ganhou esse nome popular porque com a desidratação do disco vertebral, forma-se uma expansão óssea semelhante à imagem do bico de um papagaio. Ou seja, na radiografia da coluna, a curvatura óssea tem a imagem de um gancho.

Embora a osteofitose na coluna seja a mais conhecida, ela pode acometer também outras regiões do corpo, como joelhos e pés. 

Essa doença não tem cura e a tendência é piorar com o passar dos anos, se o paciente não procurar orientação médica para um tratamento a longo prazo.

Embora seja uma doença que ataca predominantemente pessoas com mais de 50 anos, ela também pode acometer pessoas mais jovens, dependendo do fator de risco.

O bico de papagaio se manifesta quando há a calcificação das cartilagens e ligamentos que envolvem as vértebras. A incidência é maior na região lombar, mas também pode afetar outras partes da coluna. 

Essa calcificação causa a rigidez da coluna vertebral e as vértebras afetadas pressionam nervos e músculos, o que causa fortes dores e prejudica o bem-estar do paciente.

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Quais são os sintomas do bico de papagaio?

Os sintomas do bico de papagaio levam tempo a dar os primeiros sinais. Como se trata não apenas de um desgaste natural dos discos intervertebrais, mas também da degeneração desses discos, é comum que a pessoa sinta os seguintes sintomas:

  • Dor forte e constante na coluna;
  • Limitação dos movimentos;
  • Perda de força muscular, reflexos e da sensibilidade;
  • Formigamentos.
  • Como é feito o diagnóstico?

    O diagnóstico consiste na avaliação clínica do paciente e é feito com base nos resultados dos exames solicitados. O levantamento do histórico de vida do paciente é fundamental para que o médico consiga chegar a uma definição precisa. Afinal de contas, hábitos errados de postura e certos abusos podem ser fundamentais para desencadear essa doença.

    Exames de imagem servem para analisar e avaliar qual pode ser a gravidade do problema e indicar a melhor estratégia para o tratamento. Raios-x, tomografia computadorizada e ressonância magnética são eficazes para ter precisão no diagnóstico e entender melhor sobre o grau de gravidade da lesão.

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    O que causa o bico de papagaio?

    Fatores hereditários podem fazer com que algumas pessoas tenham predisposição natural para desenvolver a osteofitose. Outro fator que aumenta o risco é o avançar da idade, principalmente para pessoas que não tiveram cuidados e boa postura. 

    Além desses fatores, a obesidade, a má postura e o sedentarismo podem contribuir para o desenvolvimento do bico de papagaio. Vale ressaltar que certos traumas também podem ser responsáveis por causar essa doença.

    Como é o tratamento para o bico de papagaio?

    Existem dois tipos de tratamento para o bico de papagaio, conservador ou cirúrgico. A melhor estratégia varia conforme cada caso, o médico analisará conforme a gravidade do quadro do paciente. 

    Em muitos casos, basta adotar novos hábitos de vida, como correção da postura, emagrecimento e a recomendação de práticas de atividades físicas adequadas para a doença. O método conservador não é invasivo e costuma dar resultado a longo prazo, pois as dores são aliviadas em consequência das adoções dos novos hábitos.

    A cirurgia é recomendada quando o paciente apresenta dano neurológico ou quando o desalinhamento da coluna é severo e apresenta progressão com dor intensa, comprometendo a capacidade de locomoção, sensibilidade e força dos membros.

    Como evitar o bico de papagaio?

    Para quem tem predisposição genética, o cuidado deve ser redobrado. Mas a prevenção precoce é extremamente recomendável não apenas para evitar o bico de papagaio, mas também crises de lombalgia e outras dores decorrentes de hábitos ruins para a coluna.

    Desse modo, a melhor maneira de prevenir a osteofitose, é ter hábitos saudáveis, como praticar atividades físicas. Como a obesidade também pode ser uma das causas dessa doença, é importante cuidar do peso e manter uma alimentação saudável, evitando os excessos.

    Uma das principais formas de evitar este problema é manter uma boa postura corporal. Observe constantemente como é a sua postura ao sentar na cadeira na hora do trabalho, durante os estudos e até mesmo no lazer. E também não deixe de prestar atenção nas dores que sente na coluna, isso pode ser um sinal de alerta para procurar orientação médica e evitar complicações futuras.

    Se você trabalha muito tempo sentado ou costuma ter dores nas costas com frequência, veja com seu médico qual o melhor tipo de atividade física para o seu caso. É importante fortalecer a musculatura das costas e do abdômen. 

    Qual médico eu devo procurar para tratar o bico de papagaio?

    A especialidade médica que trata a osteofitose é a ortopedia. Desse modo, quando você notar algum sinal ou desconforto nas costas por um tempo prolongado, busque uma consulta médica com um especialista dessa área. 

    Qual a diferença entre hérnia de disco e bico de papagaio?

    Embora essas duas doenças ataquem a coluna, elas são diferentes. A hérnia de disco consiste na alteração de um disco intervertebral, no qual a fibrocartilagem extravasa e um disco entra em contato com outro. Ela pode ser corrigida com cirurgia. Já o bico de papagaio consiste na calcificação do disco intervertebral, sendo uma doença incurável.

    Quais as recomendações para o bico de papagaio?

    Uma vez diagnosticado o bico de papagaio, o paciente deverá entender que a doença não tem cura e deverá adotar hábitos saudáveis para que ela não traga complicações. Mas algumas medidas podem ser ótimas estratégias para se levar uma vida normal. Confira a seguir:

  • Utilize calçados confortáveis;
  • Avalie se não é hora de trocar o colchão e converse com seu ortopedista qual é o melhor para o grau da sua doença;
  • Tome cuidado com a prática de atividades físicas, faça somente sob a supervisão de um profissional que possa auxiliar você;
  • Tenha cuidado constante com a postura;
  • Não tome medicamentos por conta própria, sempre procure orientação médica;
  • Preste atenção aos primeiros sintomas, caso você sinta dores fortes e constantes, faça uma consulta com o médico, pois ele pedirá exames para fazer o diagnóstico e isso permitirá que você comece a se cuidar, evitando a progressão da doença.
  • Conclusão

    Como você pode perceber, o bico de papagaio é uma doença decorrente do envelhecimento. Portanto, a melhor maneira de chegar a uma idade avançada, com qualidade de vida e saúde é mantendo hábitos saudáveis e boa postura.

    O fundamental é saber envelhecer com saúde e perceber qualquer sinal estranho e que esteja prejudicando o bem-estar físico. Quando isso acontecer, busque orientação médica para que tenha o melhor tratamento precoce possível.

    Medidas tomadas no estágio inicial da doença são importantes para que ela não avance, causando complexidades maiores e exigindo ainda mais restrição da sua parte.

    Uma vez instalado o bico de papagaio, será preciso ter cuidados por toda a vida e isso é fundamental para que a progressão dela seja freada e não afete a sua rotina diária.

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    [1] https://vertebrata.com.br/blog/bico-de-papagaio-afeta-entre-70-e-80-da-populacao-com-mais-de-65-anos/

    médica cuidando de paciente