Com um difícil diagnóstico, o câncer de pâncreas corre o risco de ser descoberto somente quanto já está em estágio avançado.

Dessa forma, manter um estilo de vida saudável, evitando principalmente o cigarro e a obesidade podem ser boas formas de tentar passar longe da doença.

Mas você sabe como funciona o câncer de pâncreas, quais os tratamentos e se existe cura?

Continue acompanhando para mais informações sobre esse assunto.

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O que é câncer?

Segundo o site do Inca – Instituto Nacional do Câncer, câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças, onde todas têm em comum o crescimento desordenado de células.

Essas células invadem tecidos e órgãos, de maneira agressiva e descontrolada, que se dividem rapidamente formando tumores que podem se espalhar para outras regiões do corpo.

Quando o câncer começa em tecidos epiteliais como pele e mucosas, é chamado carcinoma. Se são os tecidos conjuntivos o ponto de partida, como ossos, músculos ou cartilagem, é chamado sarcoma.

Outra diferenciação é a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos, a chamada metástase.

O que é câncer de pâncreas?

O pâncreas é um órgão do corpo humano localizado na parte superior do abdômen. Ele é responsável por produzir os sucos digestivos, a insulina e ajudar a controlar a glicose no sangue.

Segundo o Inca, o tipo mais comum de câncer de pâncreas, responsável por 90% dos diagnósticos, é o adenocarcinoma, ou seja, que se origina no tecido glandular que reveste o canal pancreático.

Além disso, a maioria também afeta a cabeça do órgão, ou seja, o lado direito. É um câncer com alta mortalidade por ser de difícil detecção e ser bastante agressivo.

É responsável por 2% de todos os tipos de câncer e 4% do total de mortes pela doença no Brasil, sendo mais comum entre os homens.

A idade média do diagnóstico é 55 anos e, segundo a UICC – União Internacional para o Controle do Câncer, os casos aumentam com o avanço da idade.

  • Cistadenocarcinoma do pâncreas: se desenvolve a partir de um tumor benigno cheio de líquido, chamado cistadenoma. Geralmente, causa dor abdominal. Tem um prognóstico muito melhor do que o adenocarcinoma já que apenas 20% têm metástase;
  • Tumor papilar-mucinoso ductal: caracterizado pela dilatação do ducto pancreático principal, pela produção excessiva de muco. Pode causar dor ocasional. Pode progredir e transformar-se em câncer.
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    Quais os sinais e sintomas do câncer de pâncreas?

    Os sintomas mais comuns do câncer de pâncreas são:

  • Diarreia;
  • Dor abdominal;
  • Dores nas costas;
  • Falta de apetite;
  • Fraqueza;
  • Náuseas;
  • Olhos amarelados;
  • Pele amarelada;
  • Perda de apetite;
  • Perda de peso;
  • Surgimento recente de diabetes;
  • Tontura;
  • Urina escura.
  • No entanto, essa combinação de sintomas não é específico do câncer de pâncreas, o que faz com que o diagnóstico da doença seja tardio.

    O que pode causar câncer de pâncreas?.

    O câncer de pâncreas tem alguns fatores de risco que são:

  • Álcool: a relação com o câncer é incerta, no entanto, o consumo excessivo de álcool pode levar à pancreatite crônica que é um fator de risco;
  • Diabetes: não se sabe a razão de ser um fator de risco, no entanto o tipo mais comum é o tipo 2, que começa na fase adulta e normalmente está ligado à obesidade;
  • Dieta: existem alguns estudos que ligam o consumo de carne vermelha e processada e baixo consumo de frutas e vegetais ao câncer de pâncreas;
  • Exposição ocupacional: solventes, tetracloroetileno, estireno, cloreto de vinila, epicloridrina, HPA e agrotóxicos podem aumentar o risco do câncer de pâncreas;
  • Histórico familiar: o risco aumenta por conta de uma síndrome hereditária;
  • Idade: quase todos os pacientes têm mais de 45 anos e dois terços têm pelo menos 65 anos;
  • Inatividade física: ainda não é um consenso mas existem pesquisas que sugerem a falta de atividade física com o risco de ter o câncer;
  • Infecções: algumas pesquisas associam a infecção do estômago por bactérias Helicobacter pylori (H. pylori) ou por Hepatite B podem aumentar o risco de câncer;
  • Obesidade: pessoas acima do peso têm maior probabilidade de desenvolver a doença;
  • Pancreatite crônica: por mais que a maioria dos pacientes dessa doença nunca tenham desenvolvido câncer, a sua forma hereditária têm risco aumentado em desenvolver o câncer de pâncreas;
  • Ser do sexo masculino: devido principalmente ao maior consumo de tabaco;
  • Ser da raça negra: não existem razões claras para isso e podem estar relacionadas a outros fatores de risco;
  • Síndromes genéticas: genes derivados de mutações genéticas hereditárias são responsáveis por 10% dos cânceres de pâncreas;
  • Tabagismo: cerca de 25% dos casos de câncer de pâncreas são causados pelo cigarro e o uso de produtos derivados do tabaco.
  • Existe cura para o câncer de pâncreas?

    O tratamento do câncer de pâncreas depende do tipo do tumor, da avaliação do paciente e dos exames.

    As chances curativas vêm da cirurgia. No entanto, por conta do diagnóstico feito, na maioria das vezes em fase avançada da doença, ela acaba não sendo possível ser realizada.

    Então apenas de 10% a 20% das pessoas faz a cirurgia, que pode extrair o pâncreas ou também o duodeno.

    Dessa forma, o tratamento acaba sendo com radioterapia e quimioterapia.

    Sendo assim, menos de 2% de pessoas com adenocarcinoma do pâncreas têm sobrevida acima de cinco anos depois do diagnóstico.

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    Como se prevenir do câncer de pâncreas?

    Assim como a maioria dos cânceres, a melhor forma de prevenir o de pâncreas é ter um estilo de vida saudável.

    Principalmente pelo fato de que o câncer de pâncreas é de difícil diagnóstico. Dessa maneira, o ideal é tentar interferir nos fatores de risco para a doença.

    Não fumar é fundamental já que cigarro aumenta em três vezes a chance de desenvolver o câncer de pâncreas.

    Praticar atividade física e se alimentar de forma saudável para evitar o sobrepeso e obesidade também contribuem para a prevenção. Por mais que ainda não existam estudos conclusivos sobre o assunto, essa combinação sempre traz benefícios para a saúde de modo geral.

    Além disso, o sobrepeso é fator de risco para diabetes que, por sua vez, é fator de risco para câncer de pâncreas.

    Limitar o uso do álcool também é uma maneira de prevenir, principalmente por conta da pancreatite.

    Enfim, limitar a exposição ocupacional a produtos químicos de risco.

    O diagnóstico da doença é feito por exames de imagem, como a ultrassonografia, por exemplo. Além disso, também são feitos exames de sangue.

    A detecção precoce é fundamental para poder encontrar um tumor em fase inicial. Dessa forma, há uma maior chance de tratamento. 

    Seguem os exames que são realizados:

  • Angiografia: mostra se o fluxo de sangue está bloqueado ou sendo comprimido pelo tumor;
  • Colangiografia trans-hepática percutânea: serve para coletar amostras de tecido ou líquido;
  • Colangiopancreatografia: avalia se existe bloqueio, estreitamento ou dilatação nos ductos pancreáticos e biliares. Pode ser feita do tipo endoscópica retrógrada ou por ressonância magnética;
  • Ressonância magnética: permite determinar o tamanho e a localização do tumor, assim como a presença de metástases;
  • Tomografia computadorizada: ela mostra o pâncreas com bastante clareza, podendo perceber se a doença se disseminou ou não para os linfonodos ou outros órgãos;
  • Tomografia por emissão de pósitrons: mede variações nos processos bioquímicos e também serve para diagnosticar a disseminação da doença;
  • Ultrassom: pode ser do tipo abdominal ou endoscópica, sendo essa segunda mais precisa e, provavelmente, a melhor maneira de diagnosticar o câncer de pâncreas.
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    Estar em dia com a sua saúde é fundamental para prevenção do câncer de pâncreas, bem como demais doenças.

    Se você quer se prevenir consultando regularmente seu médico, adquira um plano de saúde adequado às suas necessidades.

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    médica e paciente se olhando e sorrindo