Quando existe um desalinhamento da coluna, fazendo com que ela faça uma torção em seu eixo, chamamos de escoliose.
A escoliose causa um grande problema não apenas estético, como também complicações para a saúde como desconforto muscular.
Em princípio, ela pode surgir em qualquer fase da vida, podendo ser genética e hereditária.
Quer saber mais detalhes sobre a escoliose? Acompanhe!
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O que é escoliose?
Escoliose é um encurtamento da coluna.
Ela é causada pela rotação das vértebras, causando uma curvatura lateral.
Dessa forma, ela fica num formato parecido com a letra "C", quando é uma só curvatura. Da mesma forma, com a letra "S", quando tem mais de uma curvatura, pode ter vários graus e tipos diferentes.
Por mais que se pense diferente, a escoliose não acontece por conta de maus hábitos posturais.
De fato, é o contrário: a curva da coluna, muitas vezes, é responsável pela má postura, já que ela pode provocar alterações no corpo todo.
A escoliose pode ser dos seguintes tipos:
Congênita: quando o indivíduo já nasce com ela e, nesse sentido, é causada pela má formação das cartilagens de crescimento das vértebras ou pela fusão dos ossos da coluna. Ela acontece durante a gestação ou no recém-nascido;
Neuromuscular: é o caso das distrofias musculares, controle precário dos músculos, espinha bífida, pólio e da paralisia cerebral;
idiopática: quando não é possível identificar as causas, no entanto os fatores genéticos, influenciam bastante. Segundo a OMS, Organização Mundial da Saúde, 80% das escolioses são desse tipo;
Pós-traumática: surge por consequência de doenças do tecido conjuntivo ou ainda por anomalias cromossômicas;
Degenerativa do adulto: causada pela degeneração dos discos da coluna e das suas articulações de pessoas de idade avançada.
Ela também pode ter a seguinte classificação:
Estrutural: quando a deformidade óssea está relacionada com problema congênito ou adquirido, afetando determinado segmento da coluna, desse modo, na maioria das vezes é irreversível;
Funcional: também chamada de não estrutural, é quando a estrutura óssea permanece preservada. Dessa forma, o que causa a curvatura da coluna são os distúrbios de outras partes do corpo, como por exemplo, o crescimento assimétrico das pernas.
Quanto à localização, ela também pode ser dos seguintes tipos:
Cervical: atinge as vértebras C1 a C6;
Cervico-torácica: atinge as vértebras C7 a T1;
Lombar: atinge as vértebras L2 a L4;
Lombossacral: atinge as vértebras L5 a S1;
Torácica ou dorsal: atinge as vértebras T2 a T12;
Toracolombar: atinge as vértebras T12 a L1.
Muitas teorias já foram desenvolvidas sobre as causas da escoliose idiopática, no entanto, nenhuma foi conclusiva. Ela é dividida em quatro grupos:
Infantil: vai do nascimento até os 3 anos de idade;
Juvenil: vai dos 3 aos 9 anos de idade;
Adolescente: vai dos 10 aos 18 anos de idade;
Adulto: é a escoliose que se inicia depois dos 18 anos de idade.
Muitas vezes, na puberdade, a taxa de crescimento do corpo é mais rápida. Isso faz com que o risco de desenvolver a escoliose aumente, principalmente nas meninas.
Mesmo não tendo causas definidas, a escoliose idiopática pode estar relacionada a diversos fatores de risco, tais como:
Idade: a escoliose acontece maior na fase de crescimento, um pouco antes da puberdade, ou seja, dos nove aos 15 anos;
Histórico familiar: a escoliose se torna mais comum em virtude de antecedentes na família com a deformidade;
Sexo: meninas possuem um risco muito maior de desenvolver a escoliose idiopática.
Quais são os sintomas de escoliose?
Os principais sintomas da escoliose são:
Cintura e costelas desviadas para um dos lados;
Coluna vertebral curvada para um dos lados;
Corpo inclinado para um lado;
Costelas salientes em um dos lados;
Desconforto muscular;
Dores leves nos estágios iniciais, ficando mais forte quando agravar;
Escápula mais visível em apenas um dos lados;
Fadiga nas costas;
Mamilos em alturas diferentes;
Membros inferiores de tamanho desigual;
Ombros e quadris assimétricos;
Redução do espaço no tórax, dificultando a respiração nos casos mais graves.
Quando procurar um especialista?
Quando houver um ou mais sintomas dos que mencionamos, o ideal é procurar um fisioterapeuta, médico ortopedista ou clínico geral, para avaliar se existe ou não a escoliose.
Primeiramente, é feito um exame físico chamado Teste de Adams.
O teste consiste em: paciente em pé com as pernas afastadas na largura do quadril, de tal forma que tenta inclinar-se para frente, tentando tocar as mãos no chão com as pernas esticadas, sem forçar. Dessa forma, o profissional pode observar se um lado da coluna está mais alto que o outro.
Além disso, é possível observar giba torácica, que é a proeminência dos arcos costais num lado do tórax e da giba lombar, que é o deslocamento dos músculos que estão acima das vértebras.
Os demais exames para o diagnóstico são os seguintes:
Raio X;
Ressonância magnética;
Tomografia computadorizada.
O exame de Raio X, mostra as vértebras da coluna e quadril para, principalmente, poder avaliar o ângulo de Cobb, que indica o grau da escoliose.
Existe tratamento para escoliose?
Existem diversos tipos de tratamento para escoliose. No entanto, ele depende do grau medido no exame de imagem:
Até 30 graus de desvio: neste caso o tratamento é conservador, ou seja, com exercícios de fisioterapia ou RPG, Reeducação Postural Global, que trabalha o desenvolvimento de consciência corporal e equilíbrio;
Acima de 30 graus: o tratamento é feito com fisioterapia, bem como uso de um colete especial chamado Charleston, que deve ser usado na hora de dormir e o colete de Boston, para ser usado durante o dia e retirado somente no banho;
Acima de 50 graus: pode-se tratar com cirurgia, dependendo se a curva está comprimento órgãos vitais, ou conservadora, se não estiver.
Entretanto, o tratamento, mesmo sendo conservador, não exclui o uso de medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos ou relaxantes musculares para aliviar a dor.
Prevenção da escoliose
Para prevenir a escoliose, deve-se ter uma série de cuidados com a coluna vertebral. Desse modo, esses cuidados devem começar ainda na infância, com o estímulo em manter a postura correta no dia a dia.
Outras orientações para prevenir a escoliose:
Alimentar-se de forma saudável, rica em cálcio por conta da saúde dos ossos;
Cuidado ao transportar objetos pesados, carregando-os junto ao corpo;
Escolha o tipo de calçado e a altura dos saltos, para não forçar as estruturas da coluna vertebral;
Manter um peso adequado, já que a obesidade aumenta o risco dos desvios da coluna;
Não se automedique;
Não ser sedentário, porque a prática regular de exercícios físicos fortalece a musculatura das costas, dos quadris e do abdômen;
Procurar o médico quando perceber algum desvio patológico da coluna.
O que acontece se a escoliose não for tratada
É muito importante que a escoliose seja tratada. Caso contrário, pode surgir uma série de complicações, tais como:
Artrite na lombar;
Aumento da curvatura;
Danos na medula;
Danos no nervo espinhal;
Dificuldade do encaixe dos ossos;
Dor na lombar em adultos;
Infecção na coluna;
Problemas emocionais e de baixa autoestima;
Problemas respiratórios.
Escoliose tem cura?
A cura da escoliose depende, antes de mais nada, da causa, da localização e da gravidade da curvatura da coluna. Quanto maior a curva, menores as chances.
Os casos mais simples, que se utilizam de tratamentos feitos com fisioterapia e/ou colete, em princípio costumam ser resolvidos.
De maneira idêntica, aquelas que têm escoliose idiopática e que fizeram cirurgia também recuperam-se bem e podem levar uma vida normal.
No entanto, os pacientes que têm escoliose neuromuscular costumam ter tratamento diferenciado. Nesses casos, a cirurgia é feita para permitir que a criança consiga se sentar na cadeira de rodas.
Enquanto isso, os bebês com escoliose congênita costumam realizar inúmeras cirurgias.
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A prática de exercícios físicos e os cuidados constantes com a saúde podem se dar através do check up médico.
Para isso, ter um plano de saúde pode ser o diferencial entre ter acesso a um bom tratamento ou não conseguir se tratar.
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