Quando existe um desalinhamento da coluna, fazendo com que ela faça uma torção em seu eixo, chamamos de escoliose.

A escoliose causa um grande problema não apenas estético, como também complicações para a saúde como desconforto muscular.

Em princípio, ela pode surgir em qualquer fase da vida, podendo ser genética e hereditária.

Quer saber mais detalhes sobre a escoliose? Acompanhe!

Saiba mais: 11 dúvidas sobre como funciona um plano de saúde

O que é escoliose?

Escoliose é um encurtamento da coluna.

Ela é causada pela rotação das vértebras, causando uma curvatura lateral.

Dessa forma, ela fica num formato parecido com a letra "C", quando é uma só curvatura. Da mesma forma, com a letra "S", quando tem mais de uma curvatura, pode ter vários graus e tipos diferentes.

Por mais que se pense diferente, a escoliose não acontece por conta de maus hábitos posturais.

De fato, é o contrário: a curva da coluna, muitas vezes, é responsável pela má postura, já que ela pode provocar alterações no corpo todo.

A escoliose pode ser dos seguintes tipos:

  • Congênita: quando o indivíduo já nasce com ela e, nesse sentido, é causada pela má formação das cartilagens de crescimento das vértebras ou pela fusão dos ossos da coluna. Ela acontece durante a gestação ou no recém-nascido;
  • Neuromuscular: é o caso das distrofias musculares, controle precário dos músculos, espinha bífida, pólio e da paralisia cerebral;
  • idiopática: quando não é possível identificar as causas, no entanto os fatores genéticos, influenciam bastante. Segundo a OMS, Organização Mundial da Saúde, 80% das escolioses são desse tipo;
  • Pós-traumática: surge por consequência de doenças do tecido conjuntivo ou ainda por anomalias cromossômicas;
  • Degenerativa do adulto: causada pela degeneração dos discos da coluna e das suas articulações de pessoas de idade avançada.
  • Ela também pode ter a seguinte classificação:

  • Estrutural: quando a deformidade óssea está relacionada com problema congênito ou adquirido, afetando determinado segmento da coluna, desse modo, na maioria das vezes é irreversível;
  • Funcional: também chamada de não estrutural, é quando a estrutura óssea permanece preservada. Dessa forma, o que causa a curvatura da coluna são os distúrbios de outras partes do corpo, como por exemplo, o crescimento assimétrico das pernas.
  • Quanto à localização, ela também pode ser dos seguintes tipos:

  • Cervical: atinge as vértebras C1 a C6;
  • Cervico-torácica: atinge as vértebras C7 a T1;
  • Lombar: atinge as vértebras L2 a L4;
  • Lombossacral: atinge as vértebras L5 a S1;
  • Torácica ou dorsal: atinge as vértebras T2 a T12;
  • Toracolombar: atinge as vértebras T12 a L1.
  • Muitas teorias já foram desenvolvidas sobre as causas da escoliose idiopática, no entanto, nenhuma foi conclusiva. Ela é dividida em quatro grupos:

  • Infantil: vai do nascimento até os 3 anos de idade;
  • Juvenil: vai dos 3 aos 9 anos de idade;
  • Adolescente: vai dos 10 aos 18 anos de idade;
  • Adulto: é a escoliose que se inicia depois dos 18 anos de idade.
  • Muitas vezes, na puberdade, a taxa de crescimento do corpo é mais rápida. Isso faz com que o risco de desenvolver a escoliose aumente, principalmente nas meninas.

    Mesmo não tendo causas definidas, a escoliose idiopática pode estar relacionada a diversos fatores de risco, tais como:

  • Idade: a escoliose acontece maior na fase de crescimento, um pouco antes da puberdade, ou seja, dos nove aos 15 anos;
  • Histórico familiar: a escoliose se torna mais comum em virtude de antecedentes na família com a deformidade;
  • Sexo: meninas possuem um risco muito maior de desenvolver a escoliose idiopática.
  • Quais são os sintomas de escoliose?

    Os principais sintomas da escoliose são:

  • Cintura e costelas desviadas para um dos lados;
  • Coluna vertebral curvada para um dos lados;
  • Corpo inclinado para um lado;
  • Costelas salientes em um dos lados;
  • Desconforto muscular;
  • Dores leves nos estágios iniciais, ficando mais forte quando agravar;
  • Escápula mais visível em apenas um dos lados;
  • Fadiga nas costas;
  • Mamilos em alturas diferentes;
  • Membros inferiores de tamanho desigual;
  • Ombros e quadris assimétricos;
  • Redução do espaço no tórax, dificultando a respiração nos casos mais graves.
  • Quando procurar um especialista?

    Quando houver um ou mais sintomas dos que mencionamos, o ideal é procurar um fisioterapeuta, médico ortopedista ou clínico geral, para avaliar se existe ou não a escoliose.

    Primeiramente, é feito um exame físico chamado Teste de Adams.

    O teste consiste em: paciente em pé com as pernas afastadas na largura do quadril, de tal forma que tenta inclinar-se para frente, tentando tocar as mãos no chão com as pernas esticadas, sem forçar. Dessa forma, o profissional pode observar se um lado da coluna está mais alto que o outro.

    Além disso, é possível observar giba torácica, que é a proeminência dos arcos costais num lado do tórax e da giba lombar, que é o deslocamento dos músculos que estão acima das vértebras.

    Os demais exames para o diagnóstico são os seguintes:

  • Raio X;
  • Ressonância magnética;
  • Tomografia computadorizada.
  • O exame de Raio X, mostra as vértebras da coluna e quadril para, principalmente, poder avaliar o ângulo de Cobb, que indica o grau da escoliose.

    Existe tratamento para escoliose?

    Existem diversos tipos de tratamento para escoliose. No entanto, ele depende do grau medido no exame de imagem:

  • Até 30 graus de desvio: neste caso o tratamento é conservador, ou seja, com exercícios de fisioterapia ou RPG, Reeducação Postural Global, que trabalha o desenvolvimento de consciência corporal e equilíbrio;
  • Acima de 30 graus: o tratamento é feito com fisioterapia, bem como uso de um colete especial chamado Charleston, que deve ser usado na hora de dormir e o colete de Boston, para ser usado durante o dia e retirado somente no banho;
  • Acima de 50 graus: pode-se tratar com cirurgia, dependendo se a curva está comprimento órgãos vitais, ou conservadora, se não estiver.
  • Entretanto, o tratamento, mesmo sendo conservador, não exclui o uso de medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos ou relaxantes musculares para aliviar a dor.

    Prevenção da escoliose

    Para prevenir a escoliose, deve-se ter uma série de cuidados com a coluna vertebral. Desse modo, esses cuidados devem começar ainda na infância, com o estímulo em manter a postura correta no dia a dia.

    Outras orientações para prevenir a escoliose:

  • Alimentar-se de forma saudável, rica em cálcio por conta da saúde dos ossos;
  • Cuidado ao transportar objetos pesados, carregando-os junto ao corpo;
  • Escolha o tipo de calçado e a altura dos saltos, para não forçar as estruturas da coluna vertebral;
  • Manter um peso adequado, já que a obesidade aumenta o risco dos desvios da coluna;
  • Não se automedique;
  • Não ser sedentário, porque a prática regular de exercícios físicos fortalece a musculatura das costas, dos quadris e do abdômen;
  • Procurar o médico quando perceber algum desvio patológico da coluna.
  • O que acontece se a escoliose não for tratada

    É muito importante que a escoliose seja tratada. Caso contrário, pode surgir uma série de complicações, tais como:

  • Artrite na lombar;
  • Aumento da curvatura;
  • Danos na medula;
  • Danos no nervo espinhal;
  • Dificuldade do encaixe dos ossos;
  • Dor na lombar em adultos;
  • Infecção na coluna;
  • Problemas emocionais e de baixa autoestima;
  • Problemas respiratórios.
  • Escoliose tem cura?

    A cura da escoliose depende, antes de mais nada, da causa, da localização e da gravidade da curvatura da coluna. Quanto maior a curva, menores as chances.

    Os casos mais simples, que se utilizam de tratamentos feitos com fisioterapia e/ou colete, em princípio costumam ser resolvidos.

    De maneira idêntica, aquelas que têm escoliose idiopática e que fizeram cirurgia também recuperam-se bem e podem levar uma vida normal.

    No entanto, os pacientes que têm escoliose neuromuscular costumam ter tratamento diferenciado. Nesses casos, a cirurgia é feita para permitir que a criança consiga se sentar na cadeira de rodas.

    Enquanto isso, os bebês com escoliose congênita costumam realizar inúmeras cirurgias.

    Leia mais: Como criar hábitos alimentares saudáveis?

    A prática de exercícios físicos e os cuidados constantes com a saúde podem se dar através do check up médico.

    Para isso, ter um plano de saúde pode ser o diferencial entre ter acesso a um bom tratamento ou não conseguir se tratar.

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    médica cuidando de paciente