A herpes genital é uma doença sexualmente transmissível (DST) que pode ser a porta de entrada para outras mais graves, como o HIV ou sífilis, por exemplo. 

Leia o texto a seguir e descubra quais são os sintomas, tratamento e prevenção para essa doença que pode ser silenciosa por ser assintomática na maioria das vezes.

O que é herpes genital?

Herpes genital é uma infecção causada pelo vírus da herpes simples, também conhecido como (HSV). É uma infecção sexualmente transmissível que afeta os órgãos genitais masculinos ou femininos e provoca lesões na pele e mucosas desses órgãos.

Existem dois tipos de vírus da herpes, que são classificados como tipo HSV- 1 e HSV- 2. As lesões da herpes genital trazem desconforto para o infectado, prejudicando a sua qualidade de vida.

Embora os sintomas possam ser incômodos, muitas pessoas não manifestam nenhum sinal e não percebem essas lesões, que podem desaparecem ligeiramente. Uma vez adquirida a herpes, ela fica incubada no organismo da pessoa e não há cura. 

O vírus da herpes é altamente contagioso, sendo que o tipo 1 pode ser transmitido principalmente pelo contato oral, como o beijo, por exemplo. Por outor lado, o tipo 2 é transmitido quase que exclusivamente através das relações sexuais desprotegidas, pelo contato da pele, causando a herpes genital.

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Os sintomas da herpes genital

Como o vírus da herpes genital ataca a pele e as mucosas dessa região, as lesões se restringem aos órgão genitais. As marcas costumam aparecer entre dois a dez dias após o contágio. No início da infecção, a herpes pode causar:

  • Dores locais, no pênis ou na vagina;
  • Dores durante a micção;
  • Úlceras ou bolhas doloridas;
  • Coceira;
  • Inchaço nos gânglios;
  • Sensação de formigamento.
  • A manifestação destes sintomas varia de pessoa para pessoa, algumas sequer notam sinal algum, o que pode dificultar o diagnóstico precoce. 

    Após o período ativo do vírus, as lesões costumam regredir gradativamente sem tratamento. Essa doença é extremamente perigosa para os imunodeprimidos. 

    O vírus da herpes fica adormecido no organismo humano e pode se manifestar em diferentes etapas durante a vida da pessoa, dependendo da condição imunológica.

    Vale ressaltar que é fundamental procurar orientação médica assim que você constatar qualquer sintoma ou perceber que a relação sexual desprotegida colocou em risco a sua saúde ou de terceiros. 

    Somente o médico vai poder orientar você sobre qual será a melhor estratégia a ser adotada. A herpes genital pode trazer consequências graves caso não seja tratada, veja a seguir.

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    Os riscos da herpes genital

    Embora o vírus da herpes seja simples e tenha tratamento, ela pode comprometer a saúde futura de uma pessoa, principalmente dos imunodeprimidos. 

    Se esse vírus não for tratado, pode desencadear outros problemas, como câncer no colo do útero. Se manifestado durante a gestação, ele pode causar aborto. Além disso, a herpes genital pode ser uma porta de entrada para diversas infecções e potencializar o contágio e a infecção do vírus HIV.

    A gravidade do vírus da herpes no organismo de pessoas com imunodepressão pode ser mais severa e trazer complicações sérias para a saúde, causando inflamações nos olhos ou no cérebro.

    Para os recém nascidos, essa doença também pode ser gravíssima, podendo causar cegueira ou até mesmo a morte do bebê. Por isso, é fundamental fazer um pré-natal de qualidade durante a gestação para acompanhar a evolução da gravidez.

    Como a herpes genital é transmitida?

    A herpes genital é transmitida pelo toque na pele através de uma pessoa contaminada. Ou seja, através de relações sexuais desprotegidas, quando o vírus está ativo na pessoa que estiver contaminada.

    Outra forma de transmissão da herpes genital é a prática de sexo oral. Vale lembrar que essa doença pode ser transmitida mesmo quando não existem lesões aparentes, pois contatos com a saliva ou fluídos genitais podem estar carregando o vírus, caso ele esteja ativo no organismo da pessoa. 

    Esse é um vírus de fácil contágio e muitas vezes uma pessoa pode não saber que está infectada e estar transmitindo a doença por falta de informação ou percepção dos sintomas.

    Como prevenir a herpes genital 

    A principal maneira de prevenir essa doença é através da utilização de camisinha feminina ou masculina, inclusive no sexo oral. 

    Outra forma de prevenir a doença é evitar fazer sexo desprotegido caso você tenha notado os sintomas da herpes em você ou no seu parceiro (a).

    Tratamento para a herpes genital

    Uma vez adquirido o vírus da herpes, seja o VSH- 1 ou o VSH-2, a pessoa o carregará para sempre e ele poderá eventualmente causar crises durante a vida.

    Embora não tenha cura, o tratamento para a herpes pode ser indicado pelo urologista, ginecologista ou clínico-geral. Os medicamentos mais utilizados para tratar uma crise são os antivirais, como: Aciclovir ou Valaciclovir em comprimidos ou pomadas. Esses remédios servem para aliviar os sintomas e prevenir as complicações da doença.

    O tratamento consiste em diminuir a taxa de replicação do vírus no corpo, o que potencializa a diminuição do risco da taxa de transmissão. Como as lesões da herpes podem ser dolorosas, o médico pode recomendar pomadas específicas para aliviar o desconforto. Isso pode ajudar a hidratar o local e anestesiar a área afetada.

    Como o vírus não é eliminado do organismo e entra em latência, é importante a pessoa sempre fazer uma boa higienização dos genitais e das mãos, além de cuidar da imunidade, pois uma queda imunológica pode reativar o vírus e causar uma nova crise.

    O diagnóstico da herpes genital

    O diagnóstico da herpes genital é feito pelo médico após o paciente relatar os sintomas que serão observados pelo profissional. Para que seja confirmado, o médico pode solicitar exames específicos, como sorologia, para identificar os anticorpos da doença ou o teste direto, que consiste na raspagem das lesões para serem analisadas em laboratório.

    Mas de modo geral, o diagnóstico já pode ser apontado na consulta médica quando os sintomas da herpes estão ativos. A partir dessa constatação, o médico indicará qual serão as recomendações e a estratégia que você deverá seguir.

    Saiba mais sobre os tipos de herpes

    De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS)[1], cerca de 3,7 bilhões de pessoas no mundo abaixo de 50 anos portam o primeiro tipo do vírus da herpes. E cerca de 491 milhões de pessoas entre 15 e 49 anos no mundo têm o segundo tipo. 

    Ou seja, estima-se que cerca de 67% da população mundial tenha o VSH-1 e 13% o VSH-2. Saiba um pouco mais sobre cada um:

  • VSH-1: esse é o vírus mais comum da herpes, que atinge boa parte do globo e costuma atacar os lábios e outras partes do corpo. Ele é muito comum na infância e pode ser transmitido por secreções orais, como espirro ou tosse.
  • VSH-2: esse é o principal responsável pela herpes genital e é transmitido exclusivamente através de relações sexuais desprotegidas. É perigoso porque pode ser a porta de entrada para outras doenças sexualmente transmissíveis.
  • Conclusão

    Agora que você sabe mais sobre herpes genital, certamente pode perceber que a melhor maneira de evitar essa doença é se prevenir.

    As doenças sexualmente transmissíveis são um problema de saúde pública em todo mundo. Apesar de medidas simples como o uso de camisinha serem suficientes para evitá-las, elas são muito frequentes. 

    Se não tratadas no início, a maioria delas pode trazer complicações para a saúde. Por isso, a importância de se fazer consultas médicas periódicas e exames de rotina, assim será mais fácil detectá-las cedo.

    Não deixe que consultas e exames médicos sejam uma dor de cabeça para você, faça um plano de saúde e tenha acesso fácil e imediato aos melhores profissionais da saúde. Faça já a sua cotação na Zelas Saúde. 

    médica e paciente sorrindo e se olhando

    [1] https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/herpes-simplex-virus