Infarto agudo do miocárdio, também conhecido apenas como infarto ou ataque cardíaco, é a doença que mais causa óbitos no Brasil[1]. Sua fatalidade é grande porque na maioria das vezes a pessoa é pega de surpresa e o ataque é súbito e fulminante.

Essa é uma doença cardiovascular causada, principalmente, por falta de hábitos saudáveis, como sedentarismo e alimentação desregrada. Esses fatores contribuem para o entupimento das veias e artérias. 

Veja a seguir o que é essa doença, quais as suas causas, sintomas e como evitá-la.

O que é o infarto agudo do miocárdio?

O infarto agudo do miocárdio é a necrose de uma parte do músculo cardíaco decorrente da falta de irrigação sanguínea ao coração. De modo geral, o infarto é o resultado de uma série de eventos acumulados ao longo dos anos e que comprometem o fluxo de sangue nas artérias.

O infarto agudo do miocárdio está diretamente ligado a ateromas, que são espécies de placas formadas por gordura e tecido fibroso que se fixam na base das paredes dos vasos sanguíneos. 

Isso faz com que o fluxo de sangue seja diminuído de forma progressiva, causando o entupimento das artérias ou liberando fragmentos que causam a obstrução dos vasos sanguíneos responsáveis por irrigar o coração.

Essa complexidade de eventos decorrente da gordura acumulada dentro do sistema cardiovascular é responsável pela morte das células que compõem o músculo do coração, causando assim o infarto agudo do miocárdio. 

Como essa doença se desenvolve lentamente e de maneira progressiva, ela acaba sendo silenciosa e ataca uma pessoa de maneira súbita e repentina com consequência fatal na maioria dos casos.

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O que causa o infarto agudo do miocárdio?

A principal causa do infarto agudo do miocárdio é o acúmulo de gordura dentro do sistema cardiovascular. Isso também provoca o enrijecimento das artérias, também conhecido como aterosclerose.

O infarto também pode ser o resultado de outras patologias, como doenças coronarianas não ateroscleróticas, alterações hematológicas, alterações genéticas, entre outras.

Mas o principal fator que causa o infarto é a soma de abusos cometidos ao longo dos anos, como consumo excessivo de bebidas alcoólicas, tabagismo, drogas, refrigerantes, gorduras, sódio, entre outros. 

Além disso, o infarto também está diretamente ligado a uma vida sedentária e desregrada, com uma alimentação pobre em fibras e com baixo teor nutritivo.

Quais os sintomas do infarto agudo do miocárdio?

O sintoma universal dessa doença é uma dor aguda no peito, que dá uma sensação de aperto nesta região, mais especificamente no lado esquerdo. Essa dor pode variar conforme a intensidade, sendo muito fraca ou muito forte, e durar em torno de 30 minutos.

Além da dor aguda no peito, outros sintomas podem se manifestar, podendo inclusive ser facilmente confundidos com azia, que é uma sensação de ardor no peito que geralmente está associada à ingestão de alimentos.

A dor no peito que a pessoa sente também pode se irradiar para outras localidades, como mandíbula, ombros e peito, frequentemente do lado esquerdo do corpo. Além disso, a pessoa pode manifestar suor e sensação de mal-estar, como náuseas, vômitos, tonturas e desmaios.

Vale lembrar que todos esses sintomas dão a sensação de morte iminente, ansiedade, agitação e cansaço. E sempre é importante ressaltar que os sintomas se manifestam quando a pessoa está sofrendo o infarto, o que faz com que seja fundamental chamar um serviço de emergência nos primeiros sinais para que o atendimento seja rápido, com a possibilidade de evitar consequências fatais e outras complicações.

O infarto agudo do miocárdio é grave e a pessoa não pode negligenciar qualquer mínimo sinal, seja ele uma dor moderada no peito ou sensação de formigamento no braço. 

Algumas pessoas podem não apresentar nenhum sintoma prévio, o que torna a doença ainda mais perigosa e como se fosse uma bomba-relógio prestes a explodir.

Para evitar a surpresa de uma ataque repentino e fulminante, é primordial que se faça exames de rotina para identificar qualquer doença crônica, como hipertensão, por exemplo. Isso garante um cuidado maior com a saúde e o monitoramento frequente da condição clínica.

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Como funciona o diagnóstico do infarto agudo do miocárdio?

O principal exame que identifica de maneira precisa o infarto agudo do miocárdio é o eletrocardiograma (ECG). É ele que possibilita detectar o tipo específico do infarto que a pessoa esteja sofrendo e que garante mais agilidade e eficiência no tratamento.

Além desse exame, também existem marcadores sanguíneos que podem analisar com precisão cada caso. Vale lembrar que esses exames são realizados quando o paciente já foi submetido aos devidos cuidados clínicos de emergência, servindo apenas como um norteador para um tratamento contínuo.

O ideal para tratar essa doença é identificar complicadores ou potenciais riscos previamente, de forma a evitar um ataque. Por isso, é tão importante um acompanhamento médico de rotina, principalmente para quem tem problemas crônicos, como hipertensão, por exemplo. 

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Como funciona o tratamento para essa doença?

A agilidade no atendimento a um paciente que sofreu um infarto do miocárdio é fundamental para reduzir os riscos de morte e de complicações.

Quando constatado o infarto pelo eletrocardiograma, inicialmente uma aspirina pode ser dada ao paciente com o objetivo de “afinar” o sangue. Caso a pessoa tenha alergia ao ácido acetil salicílico (AAS), outro medicamento, com mesma propriedade, pode ser administrado.

Além disso, outros remédios podem ser recomendados para diminuir a ansiedade, a dor e fazer o coração trabalhar com menos intensidade, o que pode ser fundamental para ganhar tempo até a resolução do problema.

A partir das primeiras ações emergenciais concluídas, parte-se então para a desobstrução das artérias ou da artéria comprometida. Isso pode ser feito por meio de diversos procedimentos, dependendo muito do quadro clínico que o paciente esteja apresentando.

Um dos procedimentos mais comuns para desobstrução de artérias é o cateterismo, no qual é inserido um cateter no paciente, que serve para implantar no ponto da obstrução um stent, uma endoprótese expansível que tem como finalidade alargar o local.

Dependendo da condição clínica do paciente, outro procedimento conhecido é a ponte de safena, que consiste na vascularização do miocárdio, desviando o sangue da aorta para as coronárias.

Como evitar o infarto agudo do miocárdio?

O fundamental para evitar essa doença é ter um hábito de vida saudável e evitar os excessos. Além disso, é primordial investir em exames de rotina e visitar o médico para avaliações regulares.

Também é recomendado que a pessoa faça atividades físicas regulares e tenha uma boa qualidade de horas de sono, o que garante não apenas mais disposição, mas também uma qualidade de vida melhor.

Isso não apenas ajuda você a prevenir o infarto, como também a identificar doenças crônicas, para que possam ser tratadas a tempo, evitando futuras complicações decorrentes delas.

Os fatores de risco

Quem comete abusos e leva uma vida sedentária tem mais chance de sofrer o infarto agudo do miocárdio. Mas é importante ressaltar que a obesidade, hipertensão, diabetes são doenças crônicas que também aumentam os riscos e é preciso sempre investigá-las para que a pessoa não seja pega de surpresa.

Conclusão

O infarto agudo do miocárdio é uma doença grave e muitas vezes silenciosa. Embora seja muitas vezes fatal, ele pode ser evitado através de hábitos saudáveis e visitas frequentes ao médico para fazer os exames de rotina.

Portanto, não deixe que essa doença pegue você de surpresa e invista na sua saúde através de uma alimentação saudável, atividades físicas regulares e na investigação de doenças crônicas que possam fazer parte da sua vida.

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[1] http://datasus1.saude.gov.br/noticias/atualizacoes?start=155#:~:text=O%20infarto%20agudo%20do%20mioc%C3%A1rdio,%C3%B3bitos%20anuais%20devidos%20%C3%A0%20doen%C3%A7a

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