Você sabia que existe o Dia Mundial do Coração? A data é lembrada todos os anos em 29 de setembro, quando ocorrem ações em todo o país em torno da importância de uma vida saudável para prevenir doenças coronárias. Uma delas é a temida insuficiência cardíaca, que ocorre quando o coração não consegue mais atender às necessidades de sangue do corpo.
Para você ter uma ideia, segundo estimativas médicas ligadas à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), em 2017 o Brasil contabilizou por volta de 100 mil pessoas com insuficiência cardíaca. De uma maneira prática, o coração é uma espécie de bomba, que leva o sangue e os nutrientes para todos os demais órgãos. Desse modo, quando não funciona adequadamente, afeta a qualidade de vida e pode trazer várias complicações.
Isso pode ocorrer por causa da fraqueza ou rigidez do músculo cardíaco. Na verdade, na maioria dos casos, a insuficiência cardíaca é decorrente de outras doenças coronárias. Inicialmente, é comum os pacientes não apresentarem sintomas, no entanto, sentirem falta de ar e cansaço com o passar do tempo.
O tratamento é feito por medicação. No entanto, é a prevenção o melhor caminho, com uma mudança no estilo de vida e na alimentação. Neste post, vamos dar todos os detalhes sobre a insuficiência cardíaca, as causas, os cuidados, o diagnóstico e se é possível levar uma vida normal com a doença.
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O que é a insuficiência cardíaca?
O papel do coração é transportar o sangue e, assim, o oxigênio e nutrientes para o restante do corpo humano. Quando essa função não é desempenhada normalmente, o corpo começa a sentir. Isso não significa que o coração parou de funcionar – o que é chamado de parada cardíaca.
Na verdade, com a insuficiência cardíaca, há um menor bombeamento de sangue. Com isso, o líquido volta aos pulmões ou outras partes do corpo, o que pode dificultar a respiração e causar inchaço. A doença afeta também os rins, que produzem menos urina. Isso faz com que o corpo acumule mais líquido, a chamada “congestão”.
A insuficiência cardíaca pode acometer qualquer pessoa e até crianças. Nesse caso, a incidência é maior quando há algum defeito no órgão já ao nascer. No entanto, a ocorrência da doença é certamente mais comum em pessoas idosas.
Em outras palavras, idosos têm mais chances de apresentar outros problemas que podem resultar na insuficiência. Além de estarem mais suscetíveis à hipertensão e a diabetes.
Uma estimativa do Hospital Albert Einsten, de São Paulo, calculou que a insuficiência cardíaca incide de forma progressiva com o avanço da idade, sendo que mais de 10% da população de 70 anos possui a doença. Após os 55 anos, há um risco aproximado de 30% de desenvolver a enfermidade.
As principais causas da doença
Como falamos anteriormente, a insuficiência cardíaca pode ser resultante de agressões e outras doenças prévias no coração. Além disso, há vários fatores de risco cardiovasculares ou independentes que contribuem para o aparecimento da doença. Entre eles, está a hipertensão arterial, além de diabetes, tabagismo, dislipidemia e o sedentarismo.
A insuficiência cardíaca pode levar a um infarto agudo do miocárdio ou reduzir de forma drástica a performance do coração, com efeitos bastante nocivos para o corpo.
Quais os sintomas e tratamento da doença
Para identificar a insuficiência cardíaca, alguns dos sinais mais evidentes são o cansaço, a falta de ar e o inchaço nos membros inferiores. Ou seja, caso alguma pessoa verificar alguns desses sintomas e já ter apresentado uma doença cardíaca, deve procurar imediatamente um médico.
Outros sintomas associados à insuficiência cardíaca:
Uso de medicamentos pode estancar doença
A insuficiência cardíaca pode ser tratada por meio de medicamentos, o que pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Nesse caso, o remédio vai agir no distúrbio que está causando a insuficiência cardíaca. Há muitos tipos de medicações diferentes para tratar a doença. As mais comuns são:
Em casos mais graves, quando não há resposta aos medicamentos, os médicos podem recomendar o transplante cardíaco. Ou ainda um aparelho mecânico para ajudar a bombear o sangue para o restante do corpo.
Como é feito o diagnóstico da insuficiência cardíaca?
A insuficiência cardíaca é diagnosticada pelos médicos de forma clínica, por meio da história do paciente. Ou seja, relatos de falta de ar, cansaço e inchaço dos membros inferiores são os indicativos. Além disso, é solicitado um exame físico que pode detectar acúmulo de sangue nos pulmões e em outras partes do corpo.
No entanto, para confirmação da doença, é necessário realizar o ecocardiograma, além de identificar substâncias produzidas pelo coração de forma insuficiente. No diagnóstico o objetivo é conhecer a causa da doença, o que pode orientar o tratamento.
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Prevenção no combate à doença
Uma das maneiras mais efetivas para enfrentar a insuficiência cardíaca é a prevenção dos fatores de risco cardiovasculares. Isso inclui, por exemplo, o tratamento adequado da hipertensão arterial, da diabetes, do tabagismo, etc. Além disso, a realização de exercício físico com acompanhamento de um profissional da área é muito importante para tornar o estilo de vida mais saudável.
Também é recomendado a melhorar a higiene da moradia, para reduzir as chances de doença reumática e doença de Chagas, além de evitar consumir bebidas alcoólicas.
Como conviver com a insuficiência cardíaca
É possível conviver com a insuficiência cardíaca com mudanças de atitude para uma melhor qualidade de vida. Como por exemplo, buscar mais conforto para o corpo, erguendo as pernas ao sentar e dormir com mais travesseiros para melhorar a respiração. Além de controlar a ingestão dos medicamentos e ficar em contato frequente com o médico.
No entanto, as medidas mais importantes são as que resultam em um estilo de vida mais saudável. Confira algumas dicas práticas:
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Referências