A doença de Parkinson, conhecida popularmente como mal de Parkinson, é neurológica e sem causa específica. Ela foi descoberta pelo médico inglês James Parkinson no início do século 19 e batizada com seu sobrenome.

Essa é uma doença crônica, progressiva e que atinge especificamente o cérebro, causando diversas limitações físicas e motoras. Ela está entre as principais doenças que atingem a terceira idade e é considerada grave porque é progressiva e não tem cura.

Para saber mais sobre o mal de Parkinson, leia este texto até o final e descubra o que é a doença, quais os seus sintomas, causas, tratamento e como é feito o diagnóstico.

O que é mal de Parkinson?

O mal de Parkinson é uma doença que atinge especificamente o cérebro e é conhecida por causar tremores ou rigidez constante. Ela provoca grandes prejuízos para a coordenação motora, trazendo dificuldades de movimentação.

Essa doença é progressiva, sem cura e crônica, sendo um dos principais distúrbios motores que afetam a terceira idade.

Embora seja uma doença mais comum em idosos, ela também pode afetar pessoas jovens. Um caso que ficou mundialmente famoso foi do ator Michael J. Fox, astro do filme “De volta Para o Futuro”, que descobriu o mal de Parkinson ainda jovem. 

Quando a doença afeta pessoas com menos de 21 anos ela é chamada de Parkinson precoce ou Parkinson juvenil. 

Uma das condições dessa doença é a diminuição na produção de um neurotransmissor conhecido como dopamina. Quando ocorre a queda dele no corpo humano, há também o comprometimento no sistema nervoso central, isso vai aumentando progressivamente, conforme a pessoa atinge idades mais avançadas, e também afeta todas as partes do corpo. 

Conforme é a gravidade da doença, o mal de Parkinson pode invalidar a pessoa, fazendo com que ela tenha sérios problemas de locomoção e coordenação motora. Essa condição impõe que o portador de Parkinson necessite de cuidados constantes para que consiga realizar todas as suas atividades habituais. 

Leia também: 5 mudanças de hábito para manter a saúde do coração

Quais os sintomas do mal de Parkinson?

Os sintomas do mal de Parkinson podem variar entre um paciente e outro, mas, de modo geral, ele tem um início quase imperceptível, o que dificulta a descoberta precoce da doença. 

É comum que parentes e amigos percebam os primeiros sintomas antes mesmo da própria pessoa quando eles começam a se manifestar. Os mais comuns são:

  • Tremedeira;
  • Rigidez muscular;
  • Acinesia (redução dos movimentos);
  • Distúrbios da fala;
  • Depressão;
  • Tontura;
  • Dores musculares;
  • Distúrbios do sono;
  • Distúrbios respiratórios;
  • Incontinência urinária;
  • Dificuldade para engolir.
  • É importante buscar orientação médica tão logo os primeiros sintomas comecem a aparecer para iniciar um tratamento rápido com o objetivo de retardar o avanço da doença. 

    Como essa é uma doença de progressão lenta, quanto antes começar o tratamento, melhor é a eficácia para frear os agravos que o Parkinson pode causar.

    Para quem acredita que o mal de Parkinson se resume a tremedeiras, saiba que isso não passa de um mito. Na verdade, a doença é mais complexa, causando rigidez muscular e, à medida em que ela avança, torna-se mais difícil ter controle para executar ações básicas, como falar e caminhar.

    Leia também: Como funciona o plano de saúde familiar?

    Como é feito o diagnóstico?

    Quem faz o diagnóstico do mal de Parkinson é o neurologista. Ele é feito com base no relato e nas observações do histórico de vida do paciente.

    Para uma confirmação mais precisa, o médico poderá solicitar exames neurológicos. Exames de imagem, como tomografia e ressonância magnética, podem ser solicitados para ajudar a confirmar a doença.

    Pode demorar um pouco para que o diagnóstico seja feito com precisão. Isso ocorre porque, embora degenerativa, essa doença tem progressão lenta. Desse modo, é preciso acompanhamento médico regular com neurologistas para avaliar a condição e os sintomas ao longo do tempo.

    Faça uma cotação grátis e encontre o melhor plano de saúde para você

    Quais as causas do mal de Parkinson?

    O fator responsável por causar o mal de Parkinson é a queda de produção de uma substância chamada dopamina. Essa substância é um neurotransmissor responsável por fazer o corpo produzir movimentos suaves e controlados.

    Quando ocorre a falta de produção ou degeneração dessa substância, a capacidade de locomoção e coordenação motora da pessoa fica comprometida. Logo, quanto maior a perda de dopamina no organismo, mais severo e rápido é o avanço da doença, o que acarreta na piora dos sintomas que serão sentidos pelo portador do mal de Parkinson.

    Embora seja comprovado que a queda da dopamina seja um fator desencadeante para o Parkinson, ainda é desconhecido pela ciência porque as células produtoras de dopamina se degeneram, fator que torna a causa dessa doença ainda desconhecida.

    É importante ressaltar que outras células do cérebro também se degeneram com o mal de Parkinson. Isso pode contribuir para que o paciente tenha sintomas que não estão relacionados diretamente com a doença.

    Além disso, outros fatores, como processos celulares disfuncionais, inflamação e estresse podem contribuir, de certa forma, para os danos celulares cerebrais. Desse modo, suspeita-se que fatores ambientais e genéticos podem estar relacionados à perda de dopamina.

    Como funciona o tratamento?

    Não existe um tratamento que possa curar o Parkinson, ele serve para atenuar os sintomas e retardar o avanço da doença. O tipo de terapia a ser seguido varia de acordo com a condição clínica da pessoa e com o grau de comprometimento e complexidade da doença.

    Pode ser recomendado tratamento com psicoterápicos e, dependendo do caso e em situações muito específicas, o paciente pode ser submetido a um procedimento cirúrgico.

    Em geral, o tratamento consiste no uso de drogas neuroprotetoras, que têm como objetivo retardar a progressão da doença e imitar a ação da dopamina. Essa medicação melhora a condição da coordenação motora e movimentação do paciente. Mas é preciso ter cuidado, pois o uso prolongado desse tipo de medicamento acaba causando reações adversas.

    Atualmente, tem se explorado terapias alternativas, que utilizam células produtoras de dopamina derivadas de células-tronco. Embora essa terapia tenha um grande potencial, os estudos sobre ela ainda estão em andamento e não existe nenhuma comprovação científica que seja robusta o suficiente para que esse tipo de tratamento seja sustentado. 

    Quanto tempo de vida tem uma pessoa com Parkinson?

    A progressão e gravidade da doença variam entre uma pessoa e outra. Há casos de pessoas que desenvolvem o Parkinson e levam uma vida produtiva até os últimos dias. 

    A gravidade da doença está mais relacionada à propensão a quedas e acidentes, o que pode causar outros traumas e assim abreviar a vida do paciente.

    No entanto, a expectativa de vida de quem tem Parkinson é aproximadamente a mesma da população normal. A maioria das pessoas que têm essa doença, a desenvolvem com 60 anos de idade ou mais. Desse modo, conforme se aumenta a expectativa de vida, o índice da doença também aumenta, conforme a longevidade da população mundial.

    O Parkinson é hereditário?

    Pessoas que têm parentes em primeiro grau com mal de Parkinson têm maior chance de desenvolver a doença. Isso não quer dizer que ela vá desenvolver a patologia  ao longo da vida, mas é importante ter atenção ainda maior aos sinais da patologia e consultar um médico neurologista periodicamente.

    Conclusão

    O mal de Parkinson é uma doença crônica e ainda sem cura. A gravidade da doença ocorre pelas limitações que ela impõe à pessoa, aumentando as chances de acidentes ou quedas por conta da falta de equilíbrio ou dificuldades de movimentação.

    Diante disso, dependendo do grau de gravidade, é recomendado que pacientes com mal de Parkinson sejam sempre acompanhados de outra pessoa e evitem algumas atividades que geram maior risco de acidentes. 

    Embora seja uma doença sem cura, a progressão da doença pode ser atenuada com o tratamento. Mas para isso, é fundamental buscar orientação médica assim que perceber os primeiros sintomas.

    Agora que você já sabe tudo sobre o mal de Parkinson, que tal fazer uma cotação gratuita na Zelas Saúde e ver qual o melhor plano de saúde para você?

    médica cuidando e paciente