Em princípio, o coração tem um ritmo pré-determinado para bombear o sangue para o nosso corpo. Quando esse ritmo muda de alguma maneira, chamamos de arritmia cardíaca.

Ela pode acontecer em qualquer fase da vida, no entanto, é possível preveni-la e tratá-la.

Se você quer saber mais sobre a arritmia cardíaca, continue acompanhando!

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O que é arritmia cardíaca?

Arritmia cardíaca é quando os batimentos do coração ficam irregulares, de tal sorte que pode ser de maneira mais lenta ou mais rápida. Ela é uma consequência da alteração na geração ou condução do estímulo elétrico do coração.

Nosso coração tem um ritmo de batimentos que varia entre 60 e 100 batidas por minuto. No entanto, quando realizamos uma atividade física, eles podem subir para 120 ou 180 bpm. Do mesmo modo, quando dormimos, esse ritmo pode cair para até 40 bpm.

Segundo dados do Serviço de Arritmias Cardíacas do hospital HCor, a arritmia pode atingir pessoas de qualquer idade. Entretanto, ela é mais comum entre pessoas de 45 a 74 anos.

É uma condição que está muito associada ao envelhecimento e que cresceu muito na população brasileira, de tal forma que chegou a 2 milhões de casos, segundo os mesmos dados.

A arritmia cardíaca pode ser benigna ou maligna.

Benigna é, acima de tudo, quando não altera o desempenho das funções do coração e não oferece risco de morte, o que representa cerca de 30% dos casos.

Já a maligna provoca sintomas que comprometem a vida do paciente, oferecendo risco de morte ou sequelas graves.

Quando não diagnosticada e não tratada da maneira correta, como resultado, pode provocar parada cardíaca, doenças do coração e até a morte súbita, que é a parada instantânea do coração.

Quais os tipos de arritmia cardíaca?

Existem diversos tipos de arritmia, tais como:

Quando o coração bate em ritmo mais lento, isto é, cerca de 50 bpm ou abaixo. Pode ocorrer por diversas causas:

  • Bloqueio cardíaco;
  • Doença cardíaca congênita;
  • Efeitos colaterais de alguns medicamentos para o coração;
  • Envelhecimento;
  • Síndrome do nó sinusal, que é quando o marca-passo natural funciona de forma inadequada;
  • Tecido cicatricial por conta de ataque cardíaco.
  • Quando o coração bate em ritmo mais acelerado, isto é, acima de 100 bpm em repouso. Pode ocorrer por diversas causas:

  • Abuso de drogas;
  • Arteriosclerose, ou seja, doença arterial coronariana;
  • Cardiomiopatia, ou seja, doença do músculo do coração;
  • Desequilíbrio eletrolítico, que é a má função dos rins;
  • Doenças da tireoide;
  • Doenças pulmonares;
  • Doença valvular cardíaca;
  • Estresse;
  • Excesso de cafeína;
  • Hipertensão;
  • Infecções;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Tumores;
  • Uso excessivo de álcool.
  • Esse tipo de arritmia cardíaca é quando os batimentos são irregulares e, dessa forma, são chamados de taquiarritmias ventriculares ou supraventriculares.

    Ela varia de acordo com a área que dá origem ao problema, sendo que as causas mais comuns são:

  • Cardiopatia alcoólica;
  • Doença de chagas;
  • Infarto agudo do miocárdio;
  • Lesão do miocárdio;
  • Miocardite.
  • Quais as causas da arritmia cardíaca?

    Os principais fatores de risco para a arritmia cardíaca são:

  • Anemia;
  • Ansiedade;
  • Apneia do sono;
  • Baixos níveis de oxigênio no sangue;
  • Cardiomiopatia;
  • Choque elétrico;
  • Desgaste do tecido do coração;
  • Diabetes;
  • Distúrbios do coração;
  • Doença da artéria coronária;
  • Doença de válvulas cardíacas;
  • Estresse e medo;
  • Excesso de bebidas alcoólicas;
  • Febre;
  • Hipertensão;
  • Hipertireoidismo;
  • Infarto;
  • Prática de exercícios;
  • Predisposição genética;
  • Poluição;
  • Sedentarismo;
  • Sobrepeso e obesidade;
  • Tabagismo;
  • Uso de drogas;
  • Uso de remédios para emagrecer;
  • Ventilação excessiva.
  • Quais os sintomas da arritmia cardíaca?

    Os principais sintomas são:

  • Ansiedade;
  • Cansaço contínuo;
  • Confusão mental;
  • Coração lento ou acelerado;
  • Desmaios;
  • Dores no peito;
  • Escurecimento da vista;
  • Falta de ar;
  • Fraqueza;
  • Mal-estar;
  • Palidez;
  • Palpitações;
  • Pressão baixa;
  • Suor excessivo;
  • Tonturas.
  • Como é o diagnóstico da arritmia cardíaca?

    Primeiramente, se você perceber que seu coração está batendo de forma inadequada, procure sempre um cardiologista para fazer uma avaliação.

    Desse modo, o médico fará um exame físico com ausculta do coração e solicitará uma série de exames, tais como:

  • Ecocardiograma: também conhecido como EcoDopplercardiograma. Ele é uma ultrassonografia que mostra imagens do coração;
  • Eletrocardiograma: uma série de eletrodos são colocados na pele no tórax, braços e pernas. É usado não apenas para avaliar o ritmo do coração do paciente, como também o número de batimentos por minuto;
  • Estudo eletrofisiológico: é um teste realizado por meio de cateteres para avaliação completa do sistema elétrico do coração;
  • Holter 24 horas: quatro eletrodos são colados no tórax e conectados por meio de cabos a um gravador e ficam ativos por 24 horas;
  • Monitores de eventos: utilizados para gravar o eletrocardiograma por 7 a 15 dias. Eles são acionados pelo próprio paciente, quando a crise aparece;
  • Teste ergométrico: detecta arritmias que aparecem durante o esforço físico;
  • Tilt-teste: indicado para pessoas que têm desmaios, tonturas, visão turva ou sudorese. Dessa forma, o paciente é deitado em uma mesa que se inclina e a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos são monitorados.
  • Quais os riscos da arritmia cardíaca?

    Segundo um levantamento do Serviço de Arritmias Cardíacas do hospital HCor realizado entre janeiro de 2010 e agosto de 2018, com 5.357 pacientes, 61% destes precisaram de tratamento cirúrgico com a finalidade de controle da arritmia cardíaca.

    Segundo o cardiologista Dr. Enrique Pachón do Serviço de Arritmias Cardíacas do HCor, com toda a certeza, ela representa uma grande ameaça à saúde da população em geral. Principalmente para as pessoas que já tiveram infarto ou tem outros tipos de doenças cardiovasculares.

    Além disso, as arritmias malignas podem causar morte súbita e AVC.

    Sim. O estresse e a ansiedade podem causar todos os sintomas da arritmia cardíaca.

    A Síndrome de Burnout, por exemplo, que é um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema relacionada ao trabalho, frequentemente causa hipertensão e aumento da adrenalina. Isso tudo pode facilitar o aparecimento de diversas doenças cardíacas.

    Estresse emocional também pode causar alterações do coração, como por exemplo a Síndrome do Coração Partido, que são os sintomas semelhantes aos de um infarto, e que surge quando há algum estresse emocional, como uma separação ou falecimento.

    Como funciona a arritmia cardíaca em jovens?

    Existem muitos casos de jovens que praticam esportes e acabam sofrendo morte súbita. De acordo com dados do Ministério da Saúde, são cerca de 300 mil casos de morte súbita no Brasil por conta de algum tipo de arritmia cardíaca.

    Por mais que os esportes sejam amplamente recomendados por toda a comunidade médica é preciso atenção antes de iniciar uma atividade física.

    Muitos jovens não fazem avaliação médica antes de começarem a prática esportiva. Dessa forma, os que sofrem de arritmia e não sabem, correm o risco de complicações quando submetidos a esforços durante os esportes.

    Além disso, o sedentarismo, combinado com o uso de álcool e drogas pode aumentar os riscos para a morte súbita e outras doenças.

    Qual o tratamento da arritmia cardíaca?

    O tratamento varia conforme o tipo de arritmia e do paciente, no entanto ele pode incluir:

  • Ablação por cateteres levados até o coração;
  • Cardioversão elétrica, que tipo um choque elétrico dado no tórax para restaurar o ritmo, quando medicações falham;
  • Cirurgia cardíca
  • Controle da saúde em geral para casos mais leves;
  • Desfibrilação;
  • Drogas antiarrítmicas endovenosas em casos de urgência em taquiarritmias;
  • Medicamentos via oral;
  • Uso de marca-passos e desfibriladores implantáveis, em casos graves de arritmia;
  • Como prevenir a arritmia cardíaca?

    Primeiramente, é importante saber que a arritmia cardíaca pode ser evitada com algumas mudanças de atitude, tais como:

  • Cuidado com a saúde emocional;
  • Evitar e diminuir as causas que mencionamos que são fatores de risco para arritmia;
  • Ir ao cardiologista, pelo menos 1 vez por ano, a partir dos 30 anos;
  • Ir ao cardiologista antes dos 30 anos, se tiver casos de taquicardia na família.
  • Leia mais: Como criar hábitos alimentares saudáveis?

    Você já fez alguma avaliação para saber se tem arritmia cardíaca? Será que não está na hora de realizar um check-up médico?

    Para isso, o ideal é que você tenha um bom plano de saúde, de tal forma que tenha cobertura dos exames que você necessita.

    A Zelas pode te oferecer diversas opções e, provavelmente, uma delas vai te atender.

    Para isso, a Zelas Saúde tem um time de especialistas à sua disposição. Faça uma cotação sem compromisso e confira o plano de saúde que tenha todas as coberturas que você deseja.

    médica cuidando de paciente