Você já teve ou conhece alguém que teve um cisto de Baker? Já ouviu falar nesse tipo de lesão?
Em primeiro lugar, se você não conhece o cisto de Baker, ele é um cisto que fica localizado nas articulações do joelho e que pode causar muito incômodo e dor.
Ele pode surgir em qualquer fase da vida, entretanto, é mais comum em pessoas mais velhas.
Quer saber mais detalhes sobre o cisto de Baker e como tratá-lo, continue acompanhando!
Saiba mais: O que um plano de saúde cobre?
O que é cisto de Baker?
Também chamado de cisto poplíteo, o cisto de Baker é um cisto sinovial. Em outras palavras, é uma lesão benigna que forma um cisto no joelho.
Ela se forma principalmente entre a cabeça medial do músculo gastrocnêmio medial, que é o músculo da panturrilha, e os tendões semimembranosos, que ficam na região posterior e medial do joelho.
Assim sendo, essa lesão é caracterizada pelo extravasamento do líquido sinovial da articulação da região poplítea, que fica atrás do joelho. O líquido sinovial é um líquido lubrificante que serve para reduzir o atrito das articulações.
O cisto de Baker se apresenta como um nódulo abaixo da pele e pode ser palpável e visível. Além disso, pode provocar dificuldade de movimentação do joelho.
Ele é um cisto móvel, ou seja, não se adere a outras estruturas ao redor.
Normalmente está associado a um trauma no joelho, artrite reumatoide, osteoartrite, artrose, ou algum outro problema nas articulações.
Nas crianças é uma formação cística mais rara, chamada de cisto congênito e pode ocorrer entre os 4 e 7 anos. Já nos adultos, o cisto de Baker é comum dos 35 aos 70 anos.
Quais os sintomas de cisto de Baker?
Muitas vezes o cisto de Baker pode ser assintomático, sobretudo nas crianças. No entanto, quando apresenta sintomas, são os seguintes:
Pode haver piora nos sintomas depois da realização de exercícios físicos ou após longos períodos em pé ou na mesma posição.
O que provoca o cisto de Baker?
Uma das causas do cisto de Baker é, principalmente, a produção excessiva do líquido sinovial, chamada sinovite. Desse modo, essa produção ocorre normalmente por conta de inflamações na articulação do joelho.
Algumas das inflamações que causam a produção excessiva de líquido sinovial:
Algumas condições favorecem a inflamação no joelho que faz surgir o cisto, como por exemplo, a idade. Indivíduos com mais de 60 anos têm maior chance de ter essas inflamações posto que há um processo degenerativo das articulações com o passar do tempo.
Diagnóstico do cisto de Baker
Se você sentir algum dos sintomas relatados, pode procurar os seguintes profissionais da saúde: médico clínico geral, reumatologista, dermatologista, ortopedista ou ainda o profissional de fisioterapia.
Todos eles estão aptos a diagnosticar o cisto de Baker. Nesse sentido, muitas vezes percebe-se o cisto apenas no exame físico.
No entanto, alguns sintomas do cisto também são sintomas de outras doenças como trombose, linfoma, aneurisma ou tumor, que pode ser benigno ou maligno. Dessa forma, o médico precisa solicitar alguns exames de imagem para descartar essas possibilidades.
Os exames são: ultrassonografia, que facilita a percepção do tamanho e localização do cisto e ressonância magnética.
Como tratar o cisto de Baker?
Na maioria das vezes, o tratamento do cisto de Baker é feito somente com sessões de fisioterapia. Dessa forma, com o fortalecimento dos músculos do joelho, a pressão sobre a articulação é diminuída, reduzindo a dor.
Assim também, algumas vezes ele desaparece por conta própria, não necessitando de um tratamento específico.
Alguns medicamentos, como corticoides para reduzir a inflamação e aliviar a dor, também podem ser utilizados. No entanto, eles não impedem que o cisto volte e, além disso, podem causar efeitos colaterais.
O uso de meias de compressão também pode auxiliar na redução do inchaço do joelho. Além disso, aliviam a dor e facilitam o movimento da articulação para que o risco de trombose diminua.
Compressas geladas atrás do joelho também reduzem inchaço e dor.
Também é comum fazer a drenagem do líquido por aspiração, injetando um corticoide com o auxílio de um ultrassom.
Outro tratamento é a artroscopia, onde se faz uma injeção intra-articular com um glicocorticoide. Cerca de 2/3 dos pacientes conseguem ter uma boa redução não apenas dos sintomas, como também do tamanho do cisto em uma semana com esse procedimento.
E, se nenhum tratamento for eficaz, pode-se realizar uma cirurgia de remoção do cisto. Principalmente quando ele é muito grande e pode comprimir estruturas vasculares e nervosas da região.
Em crianças o cisto pode desaparecer entre 10 e 20 meses. Caso isso não aconteça e os sintomas persistirem, pode-se realizar a cirurgia de remoção.
Uma observação importante: não basta tratar o cisto somente. É preciso também resolver o que está causando o problema para que ele não volte.
Complicações do cisto de Baker
Se o cisto crescer muito ou se romper, pode provocar um quadro que facilmente pode ser confundido com trombose venosa profunda dos membros inferiores.
O crescimento também pode causar muita dor e edema na perna.
Além disso, também pode haver reação inflamatória se o cisto se romper e o líquido escorrer pelos músculos. Dessa forma, provoca dor, vermelhidão e inchaço na panturrilha.
Cisto de Baker tem cura?
A grande maioria dos pacientes melhora com o passar do tempo, depois dos tratamentos ou cirurgia. Dessa forma, o cisto não costuma causar prejuízos a longo prazo.
Cirurgia do cisto de Baker
Como mencionamos, a cirurgia para remoção do cisto de Baker raramente é necessária. Desse modo, ela somente é feita em situações onde o volume do cisto é tão grande que está comprimento as estruturas vasculares do joelho.
Em suma, a cirurgia que é feita é a artroscópica ou artroscopia que é um procedimento cirúrgico onde o profissional consegue olhar dentro da articulação do paciente através de um equipamento chamado artroscópio.
Esse equipamento é uma haste com uma câmera na ponta com a finalidade de permitir ver os ligamentos, a cartilagem e as outras estruturas do joelho.
Esse tipo de cirurgia é mais vantajosa que uma cirurgia aberta pois é menos dolorosa e tem tempo de recuperação mais rápido.
Ela normalmente é definitiva para resolver o cisto de Baker.
Os riscos são os mesmos de qualquer outra cirurgia no joelho, e podem ser:
Após a cirurgia é necessário que se faça mobilização precoce e carga imediata para que o paciente se recupere o mais rapidamente possível.
Ele também precisa de reabilitação individual que vai variar de acordo com a sua idade, nível de atividade e o tipo de problema que ele tem.
Atletas, em especial, precisam seguir protocolos específicos que são preparados cuidadosamente para que possam se recuperar e voltar rapidamente para a prática esportiva.
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Sempre que você desconfiar que está com algum problema de saúde, é necessário fazer um check-up médico.