Você sabia que, segundo o Hospital Albert Einstein, a fibrilação atrial é uma taquicardia extremamente frequente no consultório dos cardiologistas? Além disso o Estudo de Framingham afirmou ela que atinge cerca de 10% dos idosos acima de 70 anos.

Esse ritmo irregular dos átrios, que são os coletores de sangue do coração, está intimamente está relacionada ao AVC em pacientes com fatores de risco e ao desenvolvimento de doenças cardíacas.

Mas afinal, o que é fibrilação atrial? Quais são as causas e sintomas? Existe tratamento?

Vamos falar sobre tudo isso. Acompanhe!

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O que é fibrilação atrial?

Como mencionamos, os átrios recebem o sangue para dentro do coração. Quando eles têm um ritmo irregular por conta da atividade elétrica, o coração não enche o suficiente para que os ventrículos bombeiem sangue para o corpo.

Dessa maneira, a pressão arterial cai e o indivíduo pode apresentar alguns sintomas.

A fibrilação atrial é um subtipo de arritmia cardíaca e é muito comum, atingindo, segundo o Hospital Albert Einstein, entre 1% e 2% da população geral, além disso, aumenta com o envelhecimento e com a presença de doenças cardíacas.

Também segundo dados fornecidos pelo hospital ela é responsável por 33% de todas as internações por arritmia.

Existem 4 tipos de fibrilação arterial:

  • Paroxística: dura menos de uma semana e se converte espontaneamente em ritmo sinusal, ou seja, o ritmo cardíaco normal;
  • Persistente: dura mais de uma semana e precisa de intervenção;
  • Persistente de longa duração: dura mais de um ano, no entanto tem possibilidade de restaurar o ritmo normal;
  • Permanente: não pode ser convertida em ritmo sinusal.
  • A fibrilação atrial pode não ter nenhuma causa ou ainda, estar relacionada a alguns fatores de risco:

  • Alteração nas concentrações de alguns componentes no sangue;
  • Alteração na tireoide;
  • Após uma cirurgia cardíaca;
  • Atletas de meia idade (mais de 40 anos);
  • Colesterol alto;
  • Distúrbios da válvula tricúspide ou mitral;
  • Doença arterial coronariana;
  • Doenças cardíacas congênitas;
  • Doenças pulmonares crônicas;
  • Doença valvar cardíaca;
  • DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica;
  • Excesso de cafeína;
  • Embolia pulmonar;
  • Hipertensão;
  • Hipertireoidismo;
  • Infecções;
  • Ingestão de álcool;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Miocardiopatia;
  • Miocardite;
  • Obesidade;
  • Pericardite;
  • Sedentarismo;
  • Tabagismo;
  • Uso de drogas.
  • Quais os sintomas da fibrilação atrial?

    A fibrilação atrial pode desde não provocar nenhum sintoma a ter diversos. Alguns dos sintomas mais comuns são:

  • Cansaço aos esforços;
  • Desmaios;
  • Dor no peito;
  • Fadiga;
  • Falta de ar;
  • Palpitação;
  • Tontura.
  • Além disso, algumas doenças já existentes podem piorar por conta a fibrilação atrial, tais como:

  • Doença coronariana: faz aumentar os episódios de angina;
  • Insuficiência cardíaca: aumenta a falta de ar o inchaço.
  • Qual exame detecta a fibrilação atrial?

    Para detectar a fibrilação atrial, é necessário fazer um exame físico, com ausculta do coração e é confirmada através dos seguintes exames;

  • Eletrocardiograma: eletrodos são colocados no tórax, braços e pernas para registrar os impulsos elétricos cardíacos;
  • Holter de 24 horas: é colocado um aparelho portátil no paciente, que grava o eletrocardiograma por 24 horas;
  • Monitor de eventos (looper): tem a mesma função do Holter, no entanto para períodos mais longos, como semana ou meses;
  • Teste ergométrico: serve para diagnosticar a fibrilação atrial durante esforços físicos.
  • Qual o tratamento da fibrilação atrial?

    Existem 4 tipos de tratamento, baseados em pontos chaves, que são:

  • Tratamento da causa básica: são feitas cirurgias para corrigir os problemas nas válvulas do coração, tratamento nas artérias coronárias e tratamento do hipertireoidismo. Além disso, há uma mudança no estilo de vida, evitando o uso de álcool, cigarro, cafeína em excesso e drogas e realização de exercício físico;
  • Controle da frequência cardíaca: através de medicações ou da ablação do nó atrioventricular e marcapasso. Dessa forma, é feito o fechamento do canal que comunica os impulsos elétricos que vêm do átrio para os ventrículos;
  • Restauração do ritmo sinusal: também podem ser usadas medicações, cardioversão elétrica (choque elétrico) e ablação por cateter ou cirurgia;
  • Prevenção da formação de coágulos: também com medicações.
  • É fundamental que o paciente que tenha fibrilação atrial faça um tratamento, principalmente pelo aumento do risco de insuficiência cardíaca e AVC.

    A American Heart Association recomenda tratamento agressivo mesmo que não haja percepção dos sintomas.

    Segundo a empresa de tecnologia médica americana Medtronic, os principais objetivos do tratamento são:

  • Aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente;
  • Controlar a frequência cardíaca para que os ventrículos tenham tempo suficiente para serem preenchidos com sangue;
  • Prevenir coágulos e reduzir o risco de AVC;
  • Restaurar o ritmo cardíaco para que os átrios e os ventrículos trabalhem em conjunto.
  • Ainda segundo a empresa Medtronic, as opções de tratamento são:

  • Ablação por cateter, que é quando o médico passa um tubo fino e flexível pelos vasos sanguíneos até o coração;
  • Ablação por cirurgia minimamente invasiva ou cirurgia aberta, quando é em conjunto com outra cirurgia cardíaca;
  • Cardioversão, que é um choque elétrico no coração, para que o ritmo volte ao normal;
  • Medicação para controle da frequência cardíaca;
  • Terapia anticoagulante para evitar a formação de coágulos;
  • Uso de marca-passos e desfibriladores para detectar e tratar a fibrilação atrial precocemente.
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    Fibrilação atrial tem cura?

    Muitos pacientes que têm fibrilação atrial, terão pro resto da vida, já que somente alguns casos podem ser revertidos.

    Existem medicamentos anticoagulantes mais modernos que não precisam ser monitorados mensal ou semanalmente e que oferecem 70% menos risco de sangramento se comparados aos remédios do passado. Isso quem afirmou foi o cardiologista do Instituto de Cardiologia da FMUSP, Rodrigo Noronha.

    Segundo o médico, existem pelo menos cinco novos medicamentos, sendo que um deles possui um agente reversor, como se fosse um "botão de liga e desliga".

    Isso se faz necessário pois caso o paciente precise de um procedimento cirúrgico ou tenha um sangramento e precise reverter o efeito anticoagulante, um agente pode ser usado para reverter.

    Quais os riscos da fibrilação atrial, é grave?

    Às vezes, a fibrilação atrial também pode causar formação de coágulos no coração. Dessa maneira, eles podem se desprender e levar entupir as artérias, causando uma embolização em diversas partes do corpo.

    Esse entupimento pode causar não apenas um acidente vascular cerebral, o AVC, se for no cérebro, como também causar trombose em outras partes do corpo, como rins, intestino, braços e pernas.

    Dessa forma, segundo o Estudo de Framingham, que é um estudo sobre o sistema cardiovascular, que está sendo feito desde 1948 nos habitantes da cidade norte-americana de Framingham, a fibrilação arterial pode aumentar em até 5 vezes as chances de ter um AVC.

    Esse risco é aumentado em pacientes idosos, com doença reumática valvular, hipertireoidismo, hipertensão, diabetes, disfunção sistólica ventricular esquerda ou eventos tromboembólicos anteriores.

    Além disso, a fibrilação atrial também pode prejudicar o débito cardíaco, que é o volume de sangue sendo bombeado pelo coração em um minuto, em cerca de 10% da frequência cardíaca normal, podendo haver insuficiência cardíaca, segundo o Manual MSD para Profissionais de Saúde.

    Qual a diferença entre fibrilação e arritmia?

    Arritmia, que também é conhecida como disritmia ou palpitação é quando há alteração nos batimentos cardíacos.

    O coração pode bater muito rápido, tendo o nome de taquicardia. Ou ainda, pode bater muito devagar, a chamada bradicardia.

    Dessa maneira, um coração descansado deve ter entre 60 a 100 batidas por minuto.

    As arritmias podem ser benignas, causando desconforto ou malignas, com risco de morte súbita.

    A fibrilação atrial é um tipo de arritmia, inclusive, o tipo mais comum. Ela ocorre, como já mencionamos, quando há um ritmo irregular dos átrios.

    Leia mais: Como criar hábitos alimentares saudáveis?

    Para estar sempre em dia com seus exames e poder perceber os sintomas com antecedência é importante ter bons profissionais a sua disposição.

    Dessa forma, ter um plano de saúde faz com que você tenha diversas opções de profissionais e planos.

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