O que é HPV e como tratá-lo
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 291 milhões de mulheres no mundo têm HPV, sendo que um terço delas têm o tipo que desenvolve o câncer de colo do útero.
Já a AUA – Associação Americana de Urologia afirma que o HPV é a IST – Infecção Sexualmente Transmissível, mais comum no mundo e que a cada ano, 14 milhões de pessoas são infectadas, só nos Estados Unidos.
Esses dados nos mostram que, para prevenir e tratar o HPV é necessário muita informação. Dessa forma, vamos falar mais sobre isso.
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O que é HPV?
HPV é a sigla em inglês para papilomavírus humano, ou “human papilomavirus”. Ele é capaz de infectar a pele ou as mucosas, formando verrugas e lesões.
As lesões podem ocorrer nas regiões oral, que engloba lábios, boca e cordas vocais e outros, anal, genital e uretra.
O HPV já é conhecido desde a antiguidade, no entanto chamaram a atenção na década de 80, quando houve a identificação da correlação com o câncer de colo do útero.
Segundo o Ministério da Saúde, o HPV causa 85% dos cânceres de ânus, 35% dos de orofaringe e 23% dos de boca.
Existem mais de 200 tipos de HPV, no entanto 150 já foram identificados e sequenciados geneticamente.
Eles são classificados de acordo com a área do corpo que atingem, os sintomas que causam e se podem ou não se tornar um câncer.
Desses, cerca de 40 infectam o trato genital de homens e mulheres e 12 são considerados de alto risco para se tornarem câncer, são esses: 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59.
De tal forma que, os tipos 16 e 18 são os responsáveis por 70% dos câncer de colo de útero em todo o mundo e 90% dos câncer de cólon e reto. O restante dos casos de câncer estão relacionados aos tipos 31, 33, 45 e outros menos comuns.
Quais as causas do HPV?
O HPV é considerado uma IST porque 98% das transmissões ocorrem pelo contato sexual. No entanto, ao contrário de outras IST, não é necessária a troca de fluídos para que haja transmissão, basta somente o contato pele a pele.
Quais os sintomas do HPV?
A maioria das infecções pelo vírus HPV é assintomática e pode regredir de forma espontânea.
Dessa forma, as lesões podem ser microscópicas ou até não haver lesões, o que é chamado de infecção latente.
Quando há verrugas, elas têm aspecto parecido com uma couve-flor e podem aparecer tanto na pele quanto nas mucosas.
Alterações discretas só podem ser percebidas por exames, as chamadas subclínicas. No entanto, as graves podem se multiplicar e invadir tecidos vizinhos. Dessa maneira, podem formar um tumor maligno.
Os primeiros sintomas podem surgir entre 2 e 8 meses após a infecção. No entanto, muitos casos podem levar até 20 anos para aparecer algum sinal.
Como é transmitido o HPV?
A transmissão do HPV é pelo contato direto com pele ou mucosa infectada.
No caso das relações sexuais, mesmo que não haja penetração vaginal ou anal, a contaminação pode acontecer.
Durante o parto vaginal, o bebê pode ser infectado pela mãe que tem uma lesão ativa (transmissão vertical).
Como identificar o HPV?
Quando as lesões são visíveis, elas são facilmente identificáveis por conta do formato característico.
No entanto, se elas estão dentro do canal vaginal, por exemplo, só poderão ser detectadas por exames especializados, como:
Muitas vezes, o HPV acaba não tendo nenhum sintoma e é eliminado espontaneamente pelo corpo. No entanto, 30% a 40% dos tipos são sintomáticos
Como prevenir o HPV?
Para prevenir o HPV são recomendados alguns cuidados, tais como:
A vacina contra o HPV é distribuída de forma gratuita pelo SUS e é indicada para meninas de 9 a 14 anos, meninos de 11 a 14 anos, para pessoas que vivem com HIV ou ainda, para quem foi transplantado e tenha idade entre 9 e 26 anos.
É importante salientar que se já houver o aparecimento de lesões ou infecções pelo HPV, a vacina não é capaz de tratá-las.
Em fevereiro de 2019, a Organização Mundial da Saúde emitiu um comunicado oficial afirmando que a vacina contra o HPV é “segura, crítica e eficaz para a eliminação do câncer de colo de útero”.
Leia mais: Quais os procedimentos obrigatórios o seu plano de saúde deve cobrir?
Quais os tratamentos para o HPV?
O tipo de tratamento vai depender do tipo de manifestação do vírus, seu grau e localização. Os mais comuns são:
Se o paciente tiver um parceiro ou parceira, este também deve ser investigado para tratamento.
Somente um médico pode identificar não apenas o tratamento, como também a dosagem e duração. Nunca se automedique nem interrompa o tratamento sem orientação.
Em quanto tempo o HPV pode virar câncer?
Como mencionamos, pelo menos 12 tipos de vírus HPV são oncogênicos, ou seja, considerados de alto risco para provocarem lesões precursoras de tumores.
Outros fatores que podem aumentar o risco para câncer associado ao HPV são:
O HPV pode demorar até 10 anos para virar um câncer e o tratamento vai depender em qual estágio a doença está. Entretanto, existem casos que demoram bem menos tempo, apenas 1 ano.
Não. Inclusive, como já falamos, muitas vezes o sistema imunológico do paciente pode eliminar o HPV sozinho sem necessitar de intervenção médica.
No entanto, alguns tipos de HPV podem causar verrugas que se não forem diagnosticadas e tratadas, podem virar um câncer.
HPV tem cura?
Sim. Cerca de 90% das pessoas infectadas são curadas da lesão e 10% mantém o vírus.
Por conta disso é tão importante descobrir o HPV o mais cedo possível para que ele possa ser logo tratado.
Geralmente a infecção dura de 1 a 2 anos.
É possível ter uma vida normal com HPV?
Sim. No entanto, essas pessoas devem ter alguns cuidados, tais como:
No caso de mulheres que querem engravidar mas têm lesões de HPV, o ideal é tratar antes da gravidez.
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E você, está com a saúde em dia?
Para manter sua saúde em dia é importante realizar com frequência seus exames de rotina, além das consultas médicas.
Dessa maneira, ter um plano de saúde vai facilitar para que você possa ter acesso às consultas sempre que necessário.
A Zelas pode te oferecer diversas opções e, provavelmente, uma delas vai te atender.