Quando envelhecemos nosso organismo como um todo vai perdendo características importantes e não é diferente com os nossos ossos. Eles perdem a densidade óssea, o que é normal com o envelhecimento. Nessa hora que pode surgir a osteopenia.

Apesar de nossos ossos aparentarem serem sólidos e rígidos, eles estão sempre se renovando. Desse modo, novas células são produzidas constantemente, enquanto as velhas vão sendo absorvidas.

Quando esse sistema entra em desequilíbrio, ocorre a desmineralização e, de tal forma, acontece a perda de massa óssea. Esse desequilíbrio pode causar diversos problemas nos ossos tais como a osteoporose e a osteopenia.

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O que é osteopenia?

Como mencionamos, o desequilíbrio na renovação dos ossos causa a desmineralização e a perda de massa óssea. Essa perda acima dos níveis normais causa a osteoporose, que é uma doença degenerativa, crônica e incurável.

O pico de densidade mineral óssea, ou DMO acontece aos 30 anos de idade. Dessa forma, depois dessa data, a produção e reabsorção das células começa a ficar desequilibrada.

As células dos ossos são as seguintes:

  • osteoblastos: produzem a matriz óssea da composição de todo o esqueleto;
  • osteócitos: são células maduras que regulam a quantidade de cálcio e outros minerais no tecido ósseo;
  • osteoclastos: células gigantes que reabsorvem a massa óssea envelhecida, como falamos.
  • Logo antes de a osteoporose se instalar, acontece a osteopenia, que é a queda da quantidade de cálcio e uma redução reversível na massa óssea.

    A palavra osteopenia vem do grego, onde osteo significa osso e penia, falta.

    Como ela não tem sintomas clínicos, precisa ser detectada o quanto antes para que não evolua para osteoporose.

    Pode afetar tanto homens quanto mulheres, no entanto, as mulheres que tenham menopausa precoce ou que estejam na pós-menopausa, principalmente pacientes brancas e asiáticas com baixo peso e altura, são mais vulneráveis.

    Isso acontece porque existe baixa produção de estrogênio, que é o hormônio que contribui para a absorção do cálcio.

    No entanto, não é apenas o cálcio que é necessário para o bom funcionamento dos ossos, outros minerais são essenciais, tais como: fósforo, citrato, magnésio, potássio e sódio. Assim como vitaminas e proteínas.

    Em outras palavras, a osteopenia é uma desordem na estrutura do osso, o que faz com que ele fique frágil e diminua sua densidade mineral. Quando a perda é de menos de 30% de massa óssea, podemos afirmar que há osteopenia.

    O Código da Classificação Internacional de Doenças, CID da osteopenia, é o CID 10 – M85.8 – Outros transtornos especificados da densidade e da estrutura ósseas.

    A osteoporose é caracterizada quando a perda de massa óssea é entre 30 e 40%. Ela também tem maior risco de fraturas e é considerada uma doença ou uma disfunção.

    Já a osteopenia não é uma doença e sim, uma condição pré-clínica que indica que há perda de massa óssea e que o paciente precisa ficar atento para não ter osteoporose.

    O que causa osteopenia?

    Como a osteopenia é classificada pela baixa densidade mineral óssea, podemos afirmar quais são os fatores de risco para que isso aconteça, tais como:

  • Alcoolismo;
  • Alimentação com pouca proteína rica em cálcio;
  • Anorexia nervosa;
  • Atividade física irregular;
  • Baixa ingesta de bebidas lácteas e derivados do leite;
  • Cafeína em exagero;
  • Desnutrição;
  • Diarréias crônicas;
  • Diminuição na produção de testosterona nos homens e estrogênio nas mulheres;
  • Doenças da tireoide e paratireoide ou reumatológicas autoimunes, como artrite reumatóide, espondilite e lúpus;
  • Doenças do fígado ou rins;
  • Envelhecimento;
  • Exposição insuficiente ao sol;
  • Falta de vitamina D;
  • Fatores genéticos e hereditários;
  • História de fraturas de baixo impacto;
  • Idade da menopausa;
  • Peso corporal muito alto ou muito baixo;
  • Quimioterapia;
  • Sedentarismo;
  • Sexo feminino;
  • Tabagismo;
  • Uso prolongado de medicamentos anticonvulsivantes, corticóides e hormônios tireoidianos.
  • Quais os sintomas?

    A osteopenia em si não tem nenhum sintoma. A não ser que a pessoa tenha alguma fratura e investigue sua densidade óssea.

    Dessa forma, ela acaba sendo muito perigosa pois quando a pessoa percebe, ela já está com os ossos comprometidos pela osteoporose.

    Qual é o médico que cuida da osteopenia?

    Como mencionamos, a osteopenia não tem sintomas, dessa forma é preciso estar atento aos fatores de risco e manter as consultas médicas e exames em dia.

    Para isso, você pode consultar diversos profissionais, tais como: reumatologista, geriatra, endocrinologista, fisioterapeuta, nutrólogo, nutricionista e clínico geral.

    Para ter o diagnóstico é necessário fazer um exame de densitometria óssea que avalia a densidade mineral óssea. O exame mede a quantidade de cálcio por centímetro quadrado no fêmur e na coluna vertebral.

    Para ser considerado osteopenia, a densidade deve estar entre -1% e -2,4%. No caso de resultado inferior a -2,5% já é considerado osteoporose.

    Outros exames podem ser solicitados, como os de sangue, por exemplo, que avaliam as causas da degeneração óssea.

    Dessa maneira, mulheres que tenham mais de 65 anos e homens com mais de 70 devem fazer a densitometria óssea anualmente para poder detectar precocemente a condição.

    Se houver outros fatores para osteoporose, o paciente deve realizar o exame todos os anos quando chegar aos 50.

    Como tratar?

    Como mencionamos, a osteopenia não é uma doença. Dessa forma, é possível adotar medidas que podem corrigi-la.

    O tratamento pode ser feito com medicamentos que aumentem a absorção de cálcio e sua deposição nos ossos. Além disso, também podem ser usadas suplementação de cálcio e vitamina D.

    As mudanças de estilo de vida também são fundamentais, por isso o diagnóstico precoce é tão importante. O paciente deve levar uma vida mais saudável, com boa alimentação e exercícios físicos regulares.

    É importante salientar que exercícios como natação ou hidroginástica não são indicados para quem tem osteopenia pois a água diminui o impacto e a ação da gravidade no corpo. Dessa forma, acaba reduzindo a força que os músculos exercem sobre os ossos.

    Para alimentos ricos em cálcio você pode optar por leite e derivados, sardinha, amêndoas, linhaça, folhas verdes escuras, como brócolis, espinafre e couve. Já aqueles ricos em vitamina D, consuma ovo, salmão, atum e outros peixes de água salgada, bem como cereais. Entretanto, é indispensável o acompanhamento de um nutricionista ou nutrólogo para determinar sua dieta.

    Tomar sol 15 minutos por dia no rosto, braços e pescoço sem protetor solar é importante para a absorção de vitamina D. No entanto, faça isso somente nos horários em que o sol não causa tantos danos como no início da manhã e final da tarde.

    Não fumar e não beber também é necessário para se prevenir uma piora na degeneração dos ossos. Bem como diminuir a ingestão de cafeína.

    Para reverter o quadro de osteopenia é muito difícil, dessa forma, o tratamento é mais eficaz na prevenção contra a osteoporose, ou seja, a evolução da osteopenia.

    Complicações possíveis

    Como mencionamos, a principal complicação da osteopenia é a evolução para a osteoporose. Quando o paciente tem muita perda óssea ele corre muitos riscos como fraturas.

    A osteopenia tem cura?

    Sim. A osteopenia pode ser revertida ou pelo menos estabilizada quando feito o tratamento correto e a mudança de hábitos.

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    Sempre que você desconfiar que está com algum problema de saúde, é necessário fazer um check-up médico.

    Para isso, ter um plano de saúde pode ser o diferencial entre ter acesso a um bom tratamento ou não conseguir se tratar.

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