A otoplastia é a popularmente conhecida como cirurgia de orelha de abano. Ou seja, é o procedimento cirúrgico realizado em crianças ou adultos para correção de orelhas proeminentes.
O problema está associado à origem genética e atinge 5% da população brasileira, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPC). No entanto, é bastante comum que seja motivo de bullying ou algum trauma devido à questão estética. Por essa razão, a cirurgia plástica é bastante procurada.
Apesar da maioria dos casos de otoplastia serem para correção estética, também é utilizada para sequelas de traumas, ou ausência congênita das orelhas, orelhas constritas, entre outras anomalias no órgão. O procedimento cirúrgico pode envolver várias técnicas diferentes, dependendo do nível da intervenção.
Por ter reflexo na autoestima, a otoplastia é mais comum em crianças e adolescentes. Inclusive, médicos recomendam que o procedimento seja feito nessa idade, caso necessário, do que na fase adulta. Em outras palavras, nesse caso, a cirurgia plástica pode ser realizada a partir dos seis anos. A partir dessa idade, as orelhas já atingem quase a totalidade do tamanho.
Neste post, vamos abordar todos os detalhes sobre a otoplastia, quanto custa a cirurgia, os tipos de técnicas, os riscos envolvidos e como é o pós-operatório. Além disso, verificar se os planos de saúde cobrem o procedimento ou se é realizado totalmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Boa leitura!
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O que é e quanto custa a otoplastia?
A otoplastia é um distúrbio caracterizado pelo afastamento das orelhas em relação à cabeça, formando o que se chama de “orelhas de abano”. Esteticamente, esse problema parece deixar as orelhas maiores do que elas realmente são. A cirurgia plástica de otoplastia ocorre com uma incisão atrás da orelha, em dois pontos principais. A concha (parte côncava do órgão), e a anti-hélix (uma das dobras).
Após o procedimento, o cirurgião extrai uma parte da cartilagem do local. Isso deixará as orelhas mais próximas da cabeça, de modo que corrijam o “abano” e deixem na proporção correta.
Após a cirurgia, o paciente fará por um dia com um curativo nas orelhas, como forma de proteção do local. Por essa razão, uma das grandes vantagens desta cirurgia é não deixar cicatrizes profundas e aparentes. Isso porque os pontos dados pelo médico após o corte ficam atrás do órgão.
No entanto, a maior vantagem da otoplastia aos pacientes é a recuperação da autoestima, que influi diretamente no bem-estar e na qualidade de vida. Principalmente, quando o problema atinge crianças e adolescentes.
Já o preço da cirurgia depende do hospital onde será realizado o procedimento, além da equipe médica envolvida. Por tanto, não é possível precisar um valor com exatidão. Além disso, há custos também com exames pré-operatórios.
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Para quem é indicada a otoplastia
Como ressaltado no início do post, a otoplastia pode reduzir deformidades, corrigir assimetrias, tamanho e angulação das orelhas. É uma cirurgia que pode ser considerada reparadora, caso seja uma deformidade de nascença, por exemplo, ou após um trauma e acidente, ou também estética, para melhorar a forma e posição. Os especialistas definiram um grau mais leve até mais elevado para as orelhas de abano.
Mas a indicação de cirurgia tem sempre como base o nível de incômodo da pessoa com o problema. Em outras palavras, a indicação pode variar bastante. Pois há pacientes com apenas pequenas alterações estéticas, no entanto, com grande incômodo. Já há outros com alterações consideráveis, porém, que não se importam com o problema ou não têm interferência em suas vidas.
A indicação dos médicos é que a otoplastia seja realizada em pacientes ainda em fase infantil, a partir dos seis anos. Nessa etapa o órgão já finalizou o crescimento e a cirurgia não irá interferir nesse sentido. Além disso, é na infância que as pessoas sentem mais incômodo por conta do bullying na escola.
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Pós-operatório e recuperação
A recuperação da otoplastia é relativamente rápida se comparar com outras cirurgias plásticas. Em duas semanas de repouso e cuidados com o local, o paciente terá uma melhora próxima de 90%. Apesar disso, a otoplastia é uma cirurgia como qualquer outra e exige cuidados por parte dos médicos e também do paciente.
O curativo utilizado no pós-operatório, que mencionamos mais acima do post, normalmente é um formato “capacete”. Depois de 24 horas, pode ser removido e substituído por uma faixa de compressão. Nesse caso, a faixa deve ser mantida no local por até 30 dias ininterruptos.
Um paciente recém-operado de otoplastia também deve evitar exposição ao sol para prevenir ações como inchaços ou manchas no local. Por esse motivo, a indicação médica é que a pessoa fica pelo menos 15 dias em repouso em casa, longe dos raios solares e sem praticar atividades físicas de maior impacto.
Uma reclamação comum dos pacientes no pós-operatório é o local apresentar coceira. No entanto, não se pode coçar o local sob risco de afetar os pontos e o período de recuperação se estender demais. Em alguns casos, com muitos descuidos, é preciso até retornar à mesa cirúrgica para refazer o procedimento.
Riscos envolvidos na cirurgia
A otoplastia é uma cirurgia como tantas outras e também envolve anestesia. No entanto, os riscos são diretamente proporcionais a um bom pré-operatório. Isso quer dizer que a otoplastia deve ser realizada por um profissional médico especializada e também no local e com equipamentos adequados ao procedimento.
Há o risco ainda de ocorrer sangramento, ou um hematoma maior do que o normal. Isso é gerado por conta de infecção no local e também pode causar dor. Mas o pior cenário é, mesmo após a cirurgia, ainda permanecer a orelha de abano, principalmente em adultos. Caso ocorra o problema, a recomendação é procurar um especialista para fazer a correção.
Estima-se que entre 10% e 15% dos pacientes precisam refazer a otoplastia em algum momento da vida. Isso porque a orelha pode retornar a sua posição original em algum momento.
Além dos riscos, há também algumas contraindicações da otoplastia. Principalmente, a pacientes com um estado de saúde inadequado, que não possibilite a interferência cirurgia. Como por exemplo, pessoas com anemia, diabetes, doenças cardíacas, entre outras. Doenças autoimunes também podem impedir a cirurgia.
Planos de saúde e o SUS cobrem a otoplastia?
Essa é uma dúvida bastante comum principalmente por pais que procuram pelo procedimento para seus filhos em fase escolar.
Apesar do Ministério da Saúde informar que o Sistema Único de Saúde (SUS) não contempla cirurgias estéticas, o paciente pode receber respaldo na rede pública em casos graves. Ou seja, quando a otoplastia é recomendada para reparar anomalias de posição da orelha, entre outras deformidades.
Nesse caso, o paciente deve procurar inicialmente uma unidade básica de saúde (UBS). Para, em seguida, ser encaminhado para médicos especializados. Em algumas capitais do país também existe o Projeto Orelhinha, uma ação voltada à população de baixa renda que oferece otoplastia a baixo custo por meio de parcerias médicas.
Outra possibilidade é o seu plano de saúde cobrir o procedimento. Isso pode ocorrer em planos premium.
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