A pneumonia é uma perigosa doença pulmonar que pode ter versões silenciosas ou complicações muito sérias para a saúde das pessoas. Caracterizada por uma infecção que se instala nos pulmões, mais precisamente nos alvéolos, a doença pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou reações alérgicas. Diferente da gripe, a pneumonia não é transmitida tão facilmente, no entanto, pode causar danos bem mais preocupantes.
Para você ter uma ideia, segundo dados do Ministério da Saúde, entre 2015 e 2017 mais de 80% das mortes pela doença ocorreram em idosos. Nesse período, o registro é de 200 mil óbitos por pneumonia. Nos Estados Unidos, estima-se que 60 mil pessoas morram por ano devido a complicações da doença, segundo estimativas da MSD. Em geral, a vulnerabilidade de contrair a doença é maior entre pessoas acima de 60 anos.
É preciso lembrar que a pneumonia difere-se também da bronquite, que é a infecção nas vias aéreas (brônquios). O que identifica a pneumonia é a eliminação de muco ao tossir, dor no peito, calafrios, febre e dificuldade para respirar. Em crianças os sintomas também podem ser mais sérios. Como é uma doença que pode ser fatal, a indicação é buscar o tratamento o quanto antes.
Uma gripe forte, por exemplo, pode ser a porta de entrada para a doença. Neste post, vamos dar todos os detalhes sobre a pneumonia, os tipos, como é feito o diagnóstico, as causas, o que não se pode fazer quando se está com a doença, além da prevenção, dos riscos e das complicações. Boa leitura!
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Quais são as causas da pneumonia?
A doença pode ser causada por diferentes tipos de agentes, principalmente vírus e bactérias, passados de pessoa a pessoa. A transmissão ocorre ao tocar em superfícies infectadas e levar o germe até a boca, nariz ou garganta. Caso esses agentes cheguem ao pulmão, podem causar a infecção.
A pneumonia pode ser contraída em qualquer idade, no entanto, com mais frequência em idosos, como adiantamos no início do post, e também em jovens. Outros fatores de risco são o uso de medicamentos como corticosteroides e quimioterápicos, além de portar o HIV ou possuir outra doença como diabetes ou insuficiência cardíaca.
Há outros fatores de risco envolvidos, tais como:
COVID-19 também pode causar pneumonia
Os reflexos da contaminação por COVID-19 também podem resultar em pneumonia, considerada um quadro comum em casos de infecções moderadas ou graves pelo novo coronavírus. Em pessoas com COVID-19, a pneumonia aparece por conta das lesões do vírus nos pulmões, ou ainda da resposta exacerbada do sistema imunológico do corpo ao agente viral. É o que alguns especialistas chamam de “tempestade imunológica”.
É comum, por exemplo, o paciente com coronavírus apresentar poucos sintomas físicos, no entanto, após o exame nos pulmões, ser identificada a pneumonia em grau mais avançado.
Quais os sintomas e tratamento da doença
Os principais sintomas de pessoas com pneumonia são febre alta e calafrios, tosse acompanhada ou não de muco, dor no tórax, cansaço, dificuldade para respirar e alterações da pressão arterial. Em idosos, há ainda outros sinais como confusão mental e a não ocorrência de febre.
Já o tratamento da doença depende do micro-organismo causador. No caso de pneumonias bacterianos, por exemplo, é comum os médicos prescreverem antibióticos como amoxicilina, azitromicina e claritromicina.
Em caso de incidência por vírus, o tratamento é feito com antitérmicos e analgésicos para conter os sintomas do paciente. No entanto, em quadros mais graves, são receitados antivirais. O medicamento muda também quando a doença é causada por fungos.
É comum também os médicos orientarem maior ingestão de líquidos ou até oxigênio, além de ficar em casa durante o tratamento. Com isso, a melhora dos sintomas ocorrem em até quatro dias. Contudo, a evolução da doença requer internação, principalmente, em idosos.
Após o tratamento, pode ser indicado também realizar uma radiografia de tórax para confirmar a cura.
Como é feito o diagnóstico da pneumonia?
Na maioria das vezes o diagnóstico médico é realizado com auscultação dos pulmões quanto o paciente respira. De forma complementar, também são solicitadas radiografias de tórax. Em casos mais avançados, os médicos podem solicitar internação imediata em hospital para realização de exames de sangue, além de análise laboratorial de amostras de catarro.
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Medidas preventivas contra a pneumonia
Há algumas recomendações a serem tomadas que contribuem para afastar os riscos de ter pneumonia. Em primeiro lugar é não fumar, por conta dos riscos que as substâncias nocivas contidas no cigarro trazem ao pulmão. Em segundo lugar, ingerir bebidas alcoólicas com moderação. Outras medidas são:
Outra alternativa para reduzir os riscos de desenvolver pneumonia é buscar a imunização contra a gripe anualmente por meio de vacina. Segundo informações do Ministério da Saúde, a vacina pode diminuir em até 45% as internações em hospitais por conta de pneumonia e também em 75% as chances de óbito.
A vacina pode ser recebida prioritariamente por todas as crianças menores de 6 anos, adultos a partir de 65 anos e pessoas saúde debilitada.
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Pneumonia: cuidados com a prevenção
Referências
[3] Pneumonia causada pela COVID-19 pode ser silenciosa
[4] Mais de 80% das mortes por pneumonia no país são de idosos