Uma em cada oito pessoas terá pedra nos rins em algum momento da vida, segundo o Hospital Israelita Albert Einstein.

Também chamada de cálculo renal, a pedra nos rins pode se formar em qualquer local do sistema urinário.

Mas quais são as causas da pedra nos rins? Existe algo que se possa fazer para preveni-la? Saiba mais agora!

Saiba mais: Plano de saúde para a família: como escolher a melhor opção?

O que é pedra nos rins?

Pedra nos rins são formações causadas pelo acúmulo de cristais que estão presentes na urina.

Esses cristais endurecem nos rins ou nas vias urinárias e podem não ter sintomas ou provocar muita dor, necessitando de atendimento hospitalar.

Quando essa pedra obstrui o escoamento da urina, provoca a cólica renal, que é, de fato, um dos eventos mais dolorosos que uma pessoa pode experimentar na vida.

O que diferencia os tipos de pedra nos rins são a sua formação, tais como:

  • Ácido úrico: corresponde a 7% dos cálculos renais e ocorre em pacientes que têm ácido úrico elevado;
  • Cálcio: é o tipo mais comum e ocorre principalmente em homens entre 20 e 30 anos de idade. As principais causas são a ingestão excessiva de proteína animal e sódio;
  • Cistina: comum em pessoas que têm uma doença hereditária chamada cistinúria. Pode afetar homens e mulheres;
  • Estruvita: esse tipo de pedra é decorrente de infecções urinárias, bem como é mais comum em mulheres.
  • Mais de 70% das pedras são compostas por sais de cálcio. Esses sais podem ser o oxalato de cálcio, fosfato de cálcio, ácido úrico, magnésio, amônia, fosfato e cistina, por exemplo.

    A pedra ocorre quando a quantidade de água na urina não é suficiente para dissolver os sais que estão presentes ou há excesso deles, então eles retornam a sua forma sólida e se aglomeram.

    Quais as causas de pedra nos rins?

    As principais causas de pedra nos rins são:

  • Alimentação rica em sódio, açúcar e proteínas;
  • Alterações anatômicas;
  • Clima muito seco;
  • Complicações de infecção do sistema urinário;
  • Diabetes;
  • Distúrbios metabólicos do ácido úrico ou da glândula paratireóide;
  • Doenças como a Hiperoxalúria primária ou secundária;
  • Doenças do trato gástrico como inflamação gastrointestinal e diarreia crônica;
  • Fator genético;
  • Ganho rápido de peso;
  • Grande quantidade de sais como: cálcio, fosfatos, oxalatos, cistina, ou falta de citrato, por exemplo;
  • Hipertensão;
  • Homens mais que mulheres têm maior propensão;
  • Idade acima dos 40 anos;
  • Medicamentos diuréticos em excesso;
  • Obesidade;
  • Obstrução das vias urinárias;
  • Pouca ingestão de líquidos;
  • Urina supersaturada de sais;
  • Volume insuficiente de urina.
  • Quais os sintomas de pedra nos rins?

    Quando as pedras estão dentro dos rins, elas normalmente não causam sintomas. No entanto, se forem maiores que 3 milímetros, quando começam a passar pelo ureter, causando muita dor.

    Os principais sintomas de pedra nos rins são:

  • Ardência ou dor para urinar;
  • Dificuldade para se movimentar ou deitar;
  • Dor intensa na parte de baixo das costas que pode irradiar para a virilha;
  • Enjoo;
  • Falta de urina se a pedra obstrui o canal de passagem;
  • Febre acima de 38º C;
  • Infecção urinária;
  • Sangue na urina;
  • Urina rosa, vermelha ou marrom;
  • Vômitos;
  • Vontade de evacuar mas sem eliminar nada;
  • Vontade de urinar frequentemente.
  • Quando a pedra nos rins tem pelo menos 4 milímetros, ela pode causar a chamada cólica renal pois obstrui e dilata o sistema urinário.

    Ela é caracterizada por uma dor excruciante na lombar, sendo, antes de tudo, a pior dor que o paciente já teve na vida e não tendo posição para aliviar. Nesse sentido, ela pode vir acompanhada de náuseas e vômito

    O tempo de duração da crise costuma ter três fases:

    Como é feito o diagnóstico?

    Para detectar a pedra que está alojada no interior do rim é necessário ir ao médico urologista e fazer um exame de imagem, como o ultrassom ou a tomografia, por exemplo. Isso porque nessa fase, provavelmente não há dor ou outro sintoma.

    Exames de raio x do abdômen ou urografia excretora também servem para diagnosticar as pedras. E, além disso, esses exames também podem medir o tamanho das pedras.

    Exames como os de sangue e urina podem identificar o fator que formou as pedras e tentar prevenir a formação de novas.

    Como é o tratamento de pedra nos rins?

    Um tratamento que serve para todos os tipos é a ingestão de aproximadamente 3 litros de água por dia e repouso. Assim, as pedras poderão ser expelidas pelo organismo naturalmente.

    Além disso, o uso de medicamentos para a dor ou antiespasmódicos também são necessários.

    É importante salientar que se o paciente estiver em uma crise renal, não deve consumir tanta água para que a pressão no rim não aumente as dores.

    Segundo a classificação, o tratamento será diferente:

  • Ácido úrico: o tratamento pode ser feito com medicamento e dieta com baixo teor de purina, como carne vermelha, frutos do mar, peixes, ervilha, lentilha e feijão e cerveja, por exemplo;
  • Cálcio: o tratamento pode ser feito com uma alimentação com baixo teor de sódio e de proteínas, e o uso de diuréticos. O uso de suplemento de cálcio pode facilitar a fixação do oxalato no intestino;
  • Cistina: esse tipo de cálculo é de origem hereditária e pode ser tratado com o consumo de líquidos e medicamentos, quando necessário;
  • Estruvita: nesse caso é necessário o uso de antibióticos e cirurgia para retirada dos cálculos. Isso porque as pedras tendem a ser maiores.
  • Segundo informações da Associação Americana de Urologia, 60% dos cálculos entre 5 e 7 milímetros são eliminados sem tratamento e a taxa cai para menos de 50% com os tamanhos entre 7 e 9 milímetros.

    Já no caso de pedras com mais de 9 milímetros, somente 25% saem sozinhas e somente se estiverem na parte final do ureter. As maiores de 10 milímetros não saem sozinhas pois são maiores que o diâmetro do ureter.

    Essas podem causar a dilatação do rim, chamada de hidronefrose, que é a obstrução da passagem da urina.

  • Cirurgia convencional: nesse caso, o rim necessita ser aberto para retirada das pedras;
  • Litotripsia extracorpórea (LECO): as pedras são quebradas através de ondas de choque eletro-hidráulicas, que causa fortes vibrações;
  • Nefrolitotomia percutânea: retirada de pedras maiores por um pequeno corte feito nas costas do paciente;
  • Ureterolitotripsia: ondas de choque são aplicadas diretamente nas pedras através de endoscópio que é inserido pela uretra até o ureter;
  • Ureteroscopia: as pedras são retiradas através de um tubo inserido na uretra do paciente.
  • Quais os riscos de ter pedra nos rins? Existem complicações?

    Se o paciente tem pedra nos rins e não é tratada, ela pode evoluir para uma infecção urinária por conta do acúmulo de bactérias no local.

    Pode também haver lesão renal quando o cálculo bloqueia o trato urinário por muito tempo, fazendo com que, dessa forma, a urina retorne para os rins, dilatando-o.

    Também pode acontecer choque séptico no paciente, que pode levar a óbito.

    Como prevenir pedra nos rins?

    As principais formas de prevenir pedra nos rins são as seguintes:

  • Alimentar-se de comidas ricas em cálcio;
  • Beber bastante água durante o dia;
  • Evitar comidas ricas em oxalato, como espinafre, nozes, batata-doce e chocolate, por exemplo;
  • Ingerir pelo menos 1 copo de suco de laranja ou limão diariamente;
  • Reduzir as quantidades de sal e proteína.
  • Leia mais: Educação em saúde: saiba mais sobre a importância deste tema

    Sempre que você desconfiar que está com algum problema de saúde, é necessário fazer um check-up médico.

    Para isso, ter um plano de saúde pode ser o diferencial entre ter acesso a um bom tratamento ou não conseguir se tratar.

    A Zelas Saúde tem um time de especialistas a sua disposição. Faça uma cotação sem compromisso e confira o plano de saúde que possa atender às suas necessidades.

    médica cuidando de paciente