Antes de tudo, você sabia que, no Brasil, a leucemia é o 9º câncer mais comum entre os homens e o 11º entre as mulheres?
Segundo dados do INCA, Instituto Nacional do Câncer, a estimativa de novos casos de leucemia por ano é de 10.810. E de novas mortes, 7.218.
A leucemia é uma doença que atua na medula óssea, que é um tecido esponjoso que preenche o centro dos ossos. É nela que são fabricadas as células do nosso sangue.
Quando há acúmulo de células doentes na medula óssea, ocorre a leucemia, que é um tipo de câncer maligno.
Quer saber mais detalhes sobre essa doença? Acompanhe.
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O que é leucemia?
Leucemia é quando uma célula sanguínea produzida na medula e que ainda não atingiu a maturidade, sofre uma mutação genética.
Essa mutação a transforma em uma célula cancerosa, que não funciona adequadamente e se multiplica mais rápido que as normais. Além disso, ela também morre menos, fazendo com que as células saudáveis sejam substituídas.
A leucemia é um câncer maligno e normalmente tem sua origem desconhecida.
As classificações dos tipos de leucemia podem ser de acordo com a velocidade com que ela evolui e torna-se grave:
Aguda: nesse tipo as células doentes não podem fazer nenhum trabalho das células sanguíneas normais. Desse modo, o número de células leucêmicas cresce de maneira rápida, agravando a doença rapidamente;
Crônica: nesse caso, as células doentes ainda conseguem fazer algum trabalho dos glóbulos brancos normais no início da doença e ela se agrava lentamente.
Além disso, os tipos de leucemia também são agrupados baseados nos tipos de glóbulos brancos que afetam, associados com a velocidade que ela evolui:
Linfóide aguda (ALL): esse tipo de leucemia afeta as células linfóides e evolui rapidamente. É o tipo mais comum em crianças pequenas, mas pode ocorrer em adultos;
Linfóide crônica (CLL): também afeta as células linfóides, mas se desenvolve de forma lenta. Comum entre pessoas com mais de 55 anos e aparece raramente em crianças;
Mielóide aguda (AML): esse tipo de leucemia afeta as células mieloides e avança rapidamente. Pode ocorrer tanto em adultos como em crianças, no entanto, tem maior incidência com o aumento da idade;
Mielóide crônica (CML): também afeta as células mieloides, mas nesse caso, com desenvolvimento lento. Mais comum em adultos.
A saber, células linfóides dão origem aos linfócitos do tipo T, que fazem parte da imunidade celular e aos do tipo B, que produzem anticorpos.
Já as células mieloides originam as hemácias, as plaquetas e os leucócitos.
Quais as causas da leucemia?
A leucemia tem causa principalmente por alteração genética adquirida, já que a divisão e morte das células são controladas por informações dentro dos cromossomos. Dessa forma, ela não é hereditária.
Sendo assim, a causa exata da leucemia é desconhecida, mas existe uma série de fatores de risco que propiciam o surgimento dela, tais como:
Agrotóxicos;
Benzeno: substância encontrada na gasolina e usada na indústria química;
Borracha: no processo da sua produção;
Desordens sanguíneas e hereditárias;
Formaldeído: produto químico popularmente conhecido como formol, está presente nas indústrias química, têxtil, entre outras. Além disso, também aparecem hospitais e laboratórios, na forma de antisséptico, desinfetante, fixador histológico e solvente. Outro uso, nesse caso, não autorizado pela Anvisa, é nos salões de beleza, durante o procedimento de alisamento capilar;
História familiar;
Idade: o risco de desenvolver leucemia aumenta com a idade. Exceto a leucemia linfoide aguda que é mais comum em crianças;
Infecção por vírus de hepatite B e C;
Pessoas com Síndrome de Down;
Pessoas com Síndrome mielodisplásica;
Poeiras;
Quimioterapia: devido à alguns medicamentos usados no tratamento do câncer e de doenças autoimunes;
Radiação ionizante: são os raios X e gama, que provêm de procedimentos médicos, como a radioterapia. Varia de acordo com a idade do paciente, da dose de radiação e da exposição;
Solventes;
Tabagismo.
Quais os sintomas?
Os sintomas da leucemia variam de acordo com a condição de saúde inicial da pessoa, sendo que os principais são:
Anemia, pela redução da produção dos glóbulos vermelhos;
Aumento do fígado ou do baço;
Baixa imunidade;
Calafrios;
Convulsões;
Desconforto abdominal;
Desorientação;
Dores de cabeça;
Dor nas articulações;
Dor nos ossos;
Fadiga;
Falta de ar;
Febre;
Fraqueza;
Gânglios linfáticos inchados, principalmente no pescoço e axilas;
Hematomas;
Hemorragias, pela redução da produção de plaquetas;
Infecções, pela redução da produção dos glóbulos brancos;
Manchas vermelhas ou roxas;
Menos appetite;
Palpitação;
Perda de controle muscular;
Perda de peso sem esforço;
Petéquias;
Transpiração excessiva, principalmente a noite;
Visão dupla;
Vômito.
Como fazer o diagnóstico da leucemia?
Quanto mais cedo o diagnóstico da leucemia, melhores são as chances de reabilitação.
Dessa forma, quando houver algum dos sintomas descritos, é importante buscar orientação médica com um hematologista, clínico geral ou oncologista.
Alguns dos exames que podem ser feitos para detectar a leucemia:
Análise da pele, inchaços e aumento de fígado e baço;
Biópsia da medula óssea, onde se pega um pedaço do osso da bacia para enviar ao patologista;
Exames de bioquímica e de coagulação;
Exames de sangue, como hemograma para ver o número de leucócitos, hemácias e plaquetas;
Mielograma, que é um exame da medula óssea onde se retira o sangue da medula para análise citológica, citogenética, molecular e imunofenotípica.
Qual o tratamento da leucemia?
O tratamento da leucemia visa destruir as células doentes para que a medula volte a fabricar as células normais.
Para isso, o tratamento consiste em:
Combate da doença no Sistema Nervoso Central;
Controle das complicações infecciosas e hemorrágicas;
Quimioterapia: pode ser apenas um medicamento ou uma combinação de drogas;
Radiação: danifica as células leucêmicas e para seu crescimento;
Terapia biológica: tratamento que ajuda o sistema imunológico a reconhecer e atacar as células doentes;
Terapia direcionada: ataca as vulnerabilidades específicas;
Transplante de medula óssea.
O tratamento é feito em etapas, sendo a primeira tem duração de cerca de um mês com a poliquimioterapia. Esse resultado é chamado de fase de indução de remissão e, nesse caso, os exames de sangue e da medula óssea não apresentam mais células doentes.
No entanto, existe uma doença residual, já comprovada por pesquisas, onde algumas células leucêmicas resistem ao tratamento. Dessa forma, ele é continuado para que não haja recaída.
Nessas próximas etapas, que são a consolidação e a manutenção, o tratamento vai variar de acordo com o tipo de célula afetada pela leucemia.
LLA: são três fases: indução de remissão, consolidação e manutenção;
LLC: o tratamento é feito com agentes quimioterápicos, imunológicos e orais;
LMA: só há etapa de manutenção para o subtipo especial chamado leucemia promielocítica aguda;
LMC: como essa leucemia ocorre por conta do surgimento do gene BCR-ABL, não é feita a quimioterapia, e sim utilizado um medicamento oral inibidor da proteína anormal.
O tempo de sobrevida da leucemia varia de acordo com o tipo e de como é a saúde do paciente.
Dessa forma, pode-se viver meses ou anos, dependendo de quando foi o diagnóstico e quão eficiente foi o tratamento.
Leucemia tem cura?
A leucemia pode ter cura, no entanto, ela depende de diversos fatores, principalmente o tempo que demorou para ser diagnosticada.
Dessa forma, quanto mais cedo ela for descoberta, maiores são as chances de cura.
Quais os riscos da leucemia?
Os principais riscos do não tratamento da leucemia são:
Anemia grave;
Complicações nos testículos;
Comprometimento do Sistema Nervoso Central;
Hemorragias;
Infecções;
Morte;
Sepse.
Como prevenir a leucemia?
Não é possível prevenir a leucemia em si, somente evitar os fatores de risco para seu aparecimento.
Leia mais: Educação em saúde: saiba mais sobre a importância deste tema
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