Você já ouviu falar em cisto sinovial? Ele é um nódulo que pode aparecer no punho, na mão e em outras partes do corpo.
Sendo indolor e até imperceptível muitas vezes, o cisto sinovial também pode ser bem aparente e incômodo, podendo, inclusive, diminuir a mobilidade das articulações.
Mas você sabe qual especialista consultar para resolver um cisto sinovial? Saiba agora!
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O que é cisto sinovial?
O cisto sinovial ou gangliônico, é um aumento de volume na mão, normalmente perto de um tendão ou articulação. É formado por uma bolsa preenchida de líquido sinovial.
O líquido sinovial é uma espécie de lubrificante que permite que os ossos das articulações possam deslizar com menos atrito e causando menos desgaste.
Quando o líquido sinovial extravasa, por conta de diversos fatores, tais como o desgaste das articulações, o corpo, para se defender desse vazamento, forma uma cápsula cheia de líquido.
O cisto sinovial é um tumor benigno no formato de um nódulo arredondado e com consistência mole. Seu conteúdo é um líquido claro e viscoso, parecido com um gel.
Pode ocorrer em mais de uma articulação, entretanto, não se espalha para outros locais.
O cisto sinovial pode surgir não apenas na mão, como nos dedos ou no punho.
Por mais que o cisto sinovial na mão possa ocorrer em praticamente todas as articulações, ele é mais comum na região dorsal do punho, conforme mencionamos.
Quando ele ocorre na região palmar do punho, normalmente está associado a patologias intra articulares.
Também chamado de cisto de Baker, o cisto sinovial no joelho ocorre de maneira mais frequente na parte de trás do joelho.
O que causa o cisto sinovial?
Não existe nenhuma causa estabelecida do cisto sinovial, no entanto, ele normalmente está ligado ao desgaste celular das articulações, tendões e bainhas dos tendões.
Também é associado a lesões da cápsula articular por trauma ou esforço repetitivo que acabam causando um extravasamento do líquido sinovial, originando o cisto.
Defeito na formação da articulação também pode ser uma outra causa.
Quais os sintomas?
O primeiro sintoma que aparece quando o paciente tem um cisto sinovial é a aparição de um abaulamento no local.
Seu diâmetro costuma ser entre 1 e 3 cm. Pode-se comprimi-lo e sua consistência pode ser tanto emborrachada quanto variável. Normalmente é redondo ou oval e não aderente à pele.
Quando colocado sob a luz, fica avermelhado, o que demonstra o conteúdo líquido.
Normalmente aumenta de tamanho lentamente e/ou aumenta e diminui por conta de atividade ou repouso. Isso se dá por conta do pedículo, que é o canal de comunicação entre o cisto e a articulação.
Através do pedículo, o líquido pode retornar para a articulação, o que faz com que o cisto diminua de tamanho.
Além disso, ele pode também se romper por conta de trauma.
Pode haver dor, formigamento, falta de força na articulação e diminuição da sensibilidade. Se houver dor ou fraqueza maior, pode estar associado a algo mais grave.
Existem alguns cistos que são tão pequenos que não se pode percebê-los, mas que ficam perto de nervos e tendões. Dessa forma, podem causar dor e só serão descobertos com exames de imagem.
Além disso, por conta do seu formato, podem ser confundidos com tumores malignos.
Por mais que o cisto sinovial seja um tumor benigno, o que não significa riscos à saúde do paciente, ele pode causar dor e diminuição na mobilidade e força da articulação.
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Qual médico cuida do cisto sinovial?
Se você desconfia que está com um cisto sinovial, deve ir ao médico ortopedista ou especialista em mãos, se for essa a localização.
É feito exame físico minucioso e normalmente solicitado algum exame de imagem.
No exame de radiografia, não é possível visualizar o cisto, no entanto, pode-se perceber alterações degenerativas. Já a ultrassonografia é a melhor maneira de identificar a origem e o conteúdo da lesão.
Pode-se também solicitar a ressonância magnética, caso seja necessária, principalmente para descartar outras doenças.
Como tirar o cisto?
Não é estritamente necessário que se retire o cisto sinovial já que, muitas vezes, ele regride espontaneamente.
Além disso, não há relatos de que o cisto tenha se tornado maligno. Sendo assim, eles não prejudicam as articulações.
No entanto, se houver sintomas como dor ou grande volume, pode-se utilizar analgésicos e anti-inflamatórios. Muitas vezes, imobilizar a articulação pode ser uma ação efetiva.
Evita-se fazer punção do cisto, por mais que até pouco tempo esse era um procedimento de rotina entre os médicos ortopedistas. Isso porque há uma alta taxa de retorno do cisto em um curto espaço de tempo, além risco grande de infecção.
Quando é feito o procedimento da punção, não se trata ou fecha o pedículo, sendo que o líquido sinovial pode voltar para a bolsa. Essa chance é de 90% de retorno do cisto.
No entanto, quando feito é injetado um corticoide que alivia os sintomas e resolve o problema de 30% dos pacientes.
Pode-se fazer cirurgia para retirada do cisto, junto com sua origem na cápsula articular ou bainha do tendão. Essa deve ser feita com todo cuidado possível com os vasos, tendões e nervos adjacentes.
Ela pode ser feita de forma aberta ou artroscópica. As duas apresentam os mesmos resultados, no entanto, a artroscópica tem melhor recuperação e menor cicatriz.
Mesmo a cirurgia tendo sido feita com todos os cuidados, pode haver, como complicação: rigidez articular, dificuldade na cicatrização, hematomas, diminuição na mobilidade, entre outros problemas pós-cirúrgicos.
Além disso, há o risco do cisto retornar e, nesse caso, será necessário fazer uma nova cirurgia. Consulte o especialista para tirar suas dúvidas se vale a pena fazer o procedimento.
Recomenda-se a cirurgia normalmente quando o uso de medicamentos não foi o suficiente para diminuir os sintomas ou ainda, já foi tentada a punção sem sucesso.
Sendo assim, a cirurgia é feita com anestesia local ou geral, depende de onde estiver localizado o cisto e ela retira o nódulo completamente.
Pede-se repouso por uma semana e sessões de fisioterapia de dois a quatro meses para ajudar na recuperação.
Também pode ser aplicado ultrassom, feita compressão ou exercícios no local, como alongamentos ou resistidos para que a inflamação diminua e o cisto seja mais facilmente drenado.
A taxa de recidiva do cisto aumenta muito quando não é feita a recuperação necessária no pós-cirúrgico, principalmente a retirada da tala ou a realização de esforços no local sem orientação médica.
Ainda sim, mesmo com todos os cuidados, a chance do cisto voltar com a cirurgia é de 5%, provavelmente pela formação de um novo nódulo e não de preenchimento do mesmo.
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Sempre que você desconfiar que está com algum problema de saúde, é necessário fazer um check-up médico.