Seus olhos começam a arder e coçar e ficam totalmente vermelhos, qual o diagnóstico? Conjuntivite.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, a SBO, a conjuntivite é o principal motivo de atendimentos de emergências oftalmológicas no Brasil, com cerca de 28% das entradas dos serviços. Seguida por corpo estranho na parte externa do olho, com 13% e ceratite, com 6,5%.

Quase todas as pessoas já tiveram conjuntivite em algum momento na vida, independente do tipo. Aliás, existem inúmeros tipos de conjuntivite, vamos falar de todos eles.

Se você ficou interessado e quer saber mais sobre essa doença, acompanhe!

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O que é conjuntivite?

Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, que é a parte branca dos olhos, bem como no interior das pálpebras.

A conjuntiva é uma membrana transparente externa que recobre o globo ocular e a parte interna da pálpebra. Sua função é, principalmente, proteger os olhos das agressões externas.

A conjuntivite pode ter várias causas, entre elas: agentes tóxicos, bactérias e vírus, por exemplo.

Pode ocorrer nos dois olhos, não necessariamente ao mesmo tempo e o contágio acontece mais facilmente em ambientes fechados. Tem duração de cerca de uma semana a 15 dias.

Quais os tipos?

A conjuntivite pode ser classificada por diversos motivos, entre eles:

Conforme a forma inicial e evolução, ela pode ser:

  • Aguda;
  • Crônica;
  • Sub-aguda.
  • Conforme o tipo de secreção produzida:

  • Mucosa;
  • Pseudomembranosa;
  • Purulenta;
  • Serosa.
  • Conforme as alterações estruturais da mucosa:

  • Flictenular;
  • Folicular;
  • Papilar;
  • Papilar Gigante.
  • Se afeta ao mesmo tempo, as estruturas oculares da vizinhança:

  • Blefaroconjuntivite;
  • Ceratoconjuntivite.
  • Além disso, a conjuntivite pode ser classificada pelo seu agente microbiano infeccioso e não infeccioso. Dentre eles, pode ser:

    Ocorre principalmente por conta da alergia a ácaros ou pólen.

    De acordo com o Doutor em Ciências Visuais e Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo, Gustavo Bonfadini, as conjuntivites alérgicas acometem 15 a 20% da população.

    A conjuntivite alérgica pode ser dividida em:

  • Ceratoconjuntivite atópica: associada à dermatite atópica;
  • Papilar gigante: devido ao uso de lentes de contato;
  • Primaveril: tipo que se inicia na infância;
  • Sazonal: normalmente ocorre em pacientes que têm rinite ou asma.
  • É o tipo mais comum de conjuntivite e é contagiosa. Ela pode ser dividida em:

  • Bacteriana: não tão comum, entretanto mais perigosa, é causada por uma bactéria, que pode ser Sthaphilococcus aureus, Streptococcus pneumoniae, Moraxella catarrhalis, Pseudomonas aeruginosa ou Hemophilus influenzae. É transmitida pelo contato e os sintomas já começam algumas horas após o contágio;
  • Fúngica: é a mais rara dos tipos de conjuntivite infecciosa e ocorre quando a pessoa machuca os olhos com madeira. Como resultado, pode causar complicações permanentes;
  • Viral: a mais comum das conjuntivites infecciosas, pode ser causada por vários vírus como por exemplo o poxvírus, coxsackievírus e enterovírus. No entanto, o adenovírus é o mais comum de todos. A transmissão é através das secreções oculares, bem como tosse e espirro.
  • Esse tipo de conjuntivite não é contagiosa e ocorre principalmente quando alguma substância tóxica entra em contato com os olhos.

    Essas substâncias podem ser: produtos químicos, produtos de beleza, shampoos, pesticidas e inseticidas, por exemplo.

    Também conhecida como ophthalmia neonatum, esse tipo de conjuntivite ocorre no primeiro mês de vida.

    É uma conjuntivite química, que acontece por conta do colírio de nitrato de prata que é aplicado no recém-nascido com a finalidade de prevenir a conjuntivite gonocócica.

    Esse colírio atualmente tem sido substituído de forma gradual nas maternidades por outros medicamentos com menores riscos de causar a conjuntivite química.

    Já a conjuntivite gonocócica é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae proveniente da mãe e transmitida apenas durante o parto vaginal, ela se manifesta já nas primeiras horas de vida. Causa secreção abundante e pode evoluir para úlcera corneana.

    A conjuntivite é contagiosa? Quais as causas?

    Sim. Se a conjuntivite foi infecciosa, ela é contagiosa e passa para outras pessoas uma vez que elas utilizam objetos contaminados.

    No entanto, se for conjuntivite for alérgica ou tóxica, ela não é transmissível.

    Muitas vezes, o paciente acaba, inclusive, contaminando o outro olho por passar a mão no olho doente e depois tocar o saudável, ou ainda por toalhas ou lenços.

    São diversas as causas da conjuntivite e elas dependem do tipo. As principais são:

  • Bactérias;
  • Baixa imunidade;
  • Calor intenso;
  • Cloro de piscina;
  • Corpos estranhos;
  • Doenças autoimunes;
  • Doenças virais;
  • Erros refrativos (miopia, astigmatismo e hipermetropia) sem correção adequada;
  • Exposição a algo que a pessoa seja alérgica;
  • Fumaça;
  • Fumos;
  • Gases irritantes;
  • Herpes;
  • Maquiagem;
  • Pólen;
  • Poluentes;
  • Produtos cáusticos;
  • Produtos de limpeza;
  • Raios ultravioleta;
  • Uso de lentes de contato;
  • Vírus.
  • Quais os sintomas da conjuntivite?

    Os principais sintomas da conjuntivite são:

  • Ardência;
  • Coceira;
  • Dor nos olhos;
  • Febre e dor de garganta na conjuntivite viral;
  • Fotofobia;
  • Olhos lacrimejantes;
  • Pálpebras grudadas quando acorda;
  • Pálpebras inchadas;
  • Secreção esbranquiçada se a conjuntivite for viral
  • Secreção purulenta se a conjuntivite for bacteriana;
  • Sensação de ter algo nos olhos;
  • Vermelhidão nos olhos, a chamada hiperemia ocular;
  • Visão borrada;
  • Visão embaçada.
  • A conjuntivite costuma durar cerca de 7 a 15 dias.

    Tenho que procurar um médico?

    Considerando que alguns dos sintomas citados podem ser para qualquer tipo de conjuntivite, bem como outras condições nos olhos, o ideal é procurar um médico oftalmologista.

    Principalmente pelo fato de que, se você tiver uma conjuntivite infecciosa, você pode transmiti-la para outras pessoas, pois ela é altamente contagiosa.

    Além do médico oftalmologista, você pode consultar um alergista ou ainda um clínico geral.

    Para diagnosticar a conjuntivite é necessário realizar um exame oftalmológico utilizando uma lâmpada de fenda. Desse modo, o equipamento, que é uma fonte de luz de alta intensidade, junto com um microscópio observam as estruturas do olho.

    Também pode ser feito um exame de coleta da secreção para análise.

    Como tratar?

    Primeiramente, se a conjuntivite for viral, não existe um tratamento específico, somente diminuir os sintomas e o desconforto.

    Para isso, pode-se tomar as seguintes ações:

  • Compressas com água gelada depois de filtrada e fervida;
  • Compressas de soro fisiológico gelado;
  • Cuidado para não encostar o frasco de colírio ou pomada no olho;
  • Limpeza frequente dos olhos;
  • Não compartilhar lençóis, toalhas e travesseiros;
  • Não usar lentes de contato durante a recuperação;
  • Uso de colírios com corticoides, lubrificantes e lágrimas artificiais;
  • Uso de óculos escuros.
  • Contudo, o uso de qualquer medicamento deve ser unicamente por indicação médica. No caso da conjuntivite bacteriana, o tratamento é com colírios antibióticos prescritos pelo médico.

    Quais os riscos da conjuntivite?

    Uma das complicações da conjuntivite é a infecção da córnea, a chamada ceratite, que precisa sobretudo de tratamento com antibióticos.

    Além disso, a conjuntivite pode causar úlcera de córnea, principalmente em pacientes que usam lente de contato, ou ceratocone, que é uma condição crônica que a córnea se curva para fora.

    Como prevenir a conjuntivite?

    Algumas atitudes que você pode tomar para preveni-la:

  • Cuidados ao utilizar lentes de contato;
  • Cumprimentar pessoas infectadas de longe, sem abraços e beijos;
  • Dormir em cama separada da pessoa infectada;
  • Evitar aglomerações;
  • Evitar piscinas de academias ou clubes;
  • Lavar as mãos e o rosto com frequência;
  • Limpar bem a casa para evitar acúmulo de poeira;
  • Não coçar os olhos;
  • Não compartilhar toalhas do banheiro;
  • Trocar as fronhas dos travesseiros todos os dias;
  • Trocar as toalhas do banheiro com frequência;
  • Usar óculos de proteção se trabalhar com produtos químicos;
  • Usar produtos de beleza próprios.
  • Leia mais: Educação em saúde: saiba mais sobre a importância deste tema

    Sempre que você desconfiar que está com algum problema de saúde, é necessário fazer um check-up médico.

    Para isso, ter um plano de saúde pode ser o diferencial entre ter acesso a um bom tratamento ou não conseguir se tratar.

    A Zelas Saúde tem um time de especialistas à sua disposição. Faça uma cotação sem compromisso e confira o plano de saúde que possa atender às suas necessidades.

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