Saiba tudo sobre o vírus HIV

Isolado pela primeira vez em 1983 pelo cientista Luc Montagnier do Instituto Pasteur na França, o vírus HIV já infectou 75,7 milhões de pessoas no mundo todo, segundo relatórios do Unaids.

Mas o que é o vírus HIV? HIV e AIDS são a mesma coisa? Saiba tudo sobre esse assunto agora.

Saiba mais: Você sabe o que é saúde?

O que é HIV?

HIV é a sigla em inglês para o Vírus da Imunodeficiência Humana. Ele ataca o sistema imunológico, que, dessa forma, diminui as defesas do organismo.

É o vírus causador da AIDS – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. No entanto, nem todo mundo que tem o vírus HIV, tem AIDS.

Vários soropositivos podem viver anos sem apresentar nenhum sintoma e sem desenvolver a doença. Entretanto, é importante lembrar que mesmo assintomáticos, eles transmitem o vírus.

O HIV ataca principalmente os linfócitos T CD4+, que são glóbulos brancos, um tipo de célula de defesa do nosso organismo.

Dessa forma, o sistema de defesa vai perdendo a capacidade de trabalhar, deixando o corpo vulnerável às doenças.

Quais os tipos de HIV?

Existem dois tipos de HIV:

  • HIV-1: foi identificado na França em 1992, no entanto só recebeu esse nome em 1986, ao passo que, é a causa da maior parte das infecções pelo vírus;
  • HIV-2: é estruturalmente parecido ao HIV-1, no entanto, com menos pessoas infectadas, cerca de 1 a 2 milhões de pessoas.
  • Estágios da infecção pelo HIV

    São as primeiras semanas de infecção pelo HIV e, como resultado, uma grande quantidade de vírus é produzida, reduzindo o número de células CD4 do organismo.

    Dessa forma, nessa fase a pessoa pode manifestar a SRA – Síndrome Retroviral Aguda, com febre alta, sudoreses, náuseas e vômito, que desaparecem em torno de 4 semanas, fazendo com que o paciente confunda com uma virose.

    Pode ser chamada também de fase de inatividade ou dormência, onde o vírus se reproduz de maneira lenta.

    Mesmo que a fase de latência dure anos, o vírus continua atacando o corpo. Dessa forma, com o passar do tempo, começam a ocorrer prejuízos na capacidade de defesa do organismo.

    Nessa fase observa-se alguns sintomas, sendo principalmente febre baixa, sudorese noturna, infecções bacterianas de um modo geral, perda de peso, manchas vermelhas no corpo, diarreia crônica e candidíase oral.

    Nesse estágio, o paciente começa a ter infecções oportunistas e neoplasia, que é a proliferação desordenada de células no organismo e, como resultado, formam uma massa anormal de tecido.

    Quais os sintomas do HIV?

    Após a infecção do HIV, dificilmente aparecem logo os sintomas característicos.

    Como já mencionamos, na fase de infecção aguda podem haver sintomas parecidos com uma gripe.

    Após um tempo, outros sintomas podem ocorrer, como: perda de peso, anemia, perda de memória e doenças oportunistas, como por exemplo: hepatites, tuberculose, pneumonia e outras.

    sintomas do HIV

    Pessoas que não fazem nenhum tratamento podem levar de 1 até 10 anos para manifestar.

    Como diagnosticar o HIV?

    Para saber se a pessoa tem o vírus HIV são necessários exames de sangue o saliva.

    Os exames de carga viral devem ser feitos com frequência em pacientes confirmados com o vírus, tanto para monitoramento, como para conhecer os riscos de transmissão e as chances de evolução para a AIDS.

    Qual o tratamento do HIV?

    O tratamento do HIV é feito com medicamentos que inibem a replicação do vírus, no entanto, o não curam. Eles servem para controlar a doença e atrasar a progressão para AIDS.

    O Sistema Único de Saúde, o SUS, garante o tratamento de todas as pessoas que vivem com o HIV, independentemente da carga viral.

    Assim como os testes também podem ser feitos de forma gratuita. São hoje 21 medicamentos com 37 apresentações farmacêuticas.

    Quem tem plano de saúde também tem ampla cobertura, conforme o Rol de Procedimentos da Agência Nacional de Saúde.

    Dessa forma, o paciente que for contratar um plano de saúde deve se declarar soropositivo para poder fazer todos os exames que seu contrato cobre. No entanto, é importante observar se há período de carência para doenças preexistentes.

    O tratamento coberto pelo plano envolve o acompanhamento pelos profissionais da área da saúde, os exames que o paciente necessitar e o uso de medicamentos antirretrovirais.

    Como é a transmissão do HIV?

    A transmissão pode ser das seguintes formas:

  • Contato com sangue de pessoa infectada através de compartilhamento de objetos perfurocortantes e recebimento de sangue em uma transfusão;
  • Da mãe para o filho durante a gestação, no parto ou na amamentação (transmissão vertical).
  • Relação sexual sem uso de preservativo, já que é transmitido pelo esperma e secreção vaginal e feridas na boca.
  • O vírus não é transmitido por abraço, suor, beijo, picada de mosquitos, participação em esportes, toalhas, lençóis ou uso de banheiros públicos.

    Qual a prevenção do HIV?

    A principal forma de prevenção ao HIV é o uso de preservativo em todas as relações sexuais. Outras medidas que também podem ser tomadas são:

  • Acompanhamento pré-natal de mulheres grávidas;
  • Atenção às normas de biossegurança para profissionais da área da saúde;
  • PEP – profilaxia pós-exposição
  • PrEP – profilaxia pré-exposição
  • Reduzir o número de parceiros sexuais;
  • Testar o sangue antes de transfusões;
  • Utilizar seringas e agulhas descartáveis.
  • Quais as complicações do HIV?

    As principais complicações para quem tem HIV são:

  • Câncer: o de linfoma é o mais comum;
  • Coração: pelo aumento da produção de lipídios no organismo pode aumentar a chance de doenças cardíacas;
  • Fígado: por conta da toxicidade dos remédios do coquetel de tratamento;
  • Nervos: aumentam o formigamento e dor nos nervos periféricos;
  • Olhos: inflamação da retina é uma das doenças oportunistas;
  • Pneumonia: pode levar pessoas fragilizadas pelo vírus à morte;
  • Rins: pelos processos inflamatórios ocasionados pelo vírus.
  • HIV tem cura?

    Ainda não oficialmente. No entanto, os cientistas têm evoluído muito nas pesquisas.

    Em julho de 2020 na 23ª Conferência Internacional da Aids, foi apresentado o caso de um homem brasileiro de 35 anos que já estava há mais de 57 semanas sem sinais do vírus no corpo e sem tomar nenhum medicamento durante esse período. Ele era soropositivo desde 2012.

    O tratamento realizado a partir de um estudo da Universidade Federal de São Paulo. Esse caso foi apresentado como o "primeiro caso de remissão a longo prazo do HIV sem um transplante de medula".

    Isso porque já existem dois casos de transplantes de medula que foram considerados curados do HIV, um na Alemanha e um no Reino Unido.

    Dá pra ter uma vida normal com HIV?

    Se o paciente realiza tratamento, sua carga viral é reduzida, permitindo que ele tenha uma boa qualidade de vida.

    No entanto, alguns cuidados devem ser associados, tais como:

  • Alimentação saudável: ajuda na absorção dos medicamentos e reduz os efeitos colaterais dos mesmos;
  • Atividade física: desde que o paciente não apresente complicações, a atividade física ajuda a prevenir problemas concomitantes ao vírus;
  • Cigarro: o tabagismo aumenta as chances do HIV evoluir para AIDS;
  • Planejamento reprodutivo: há possibilidade de pais soropositivos terem filhos negativos tomando uma série de cuidados específicos;
  • Vacinas: o uso de vacinas para outros vírus deve ser avaliado pelo médico por serem produzidas com vírus enfraquecidos;
  • Vida sexual: usar sempre preservativo e, em caso de relacionamentos fixos, o parceiro utilizar PrEP e PEP;
  • Leia mais: Quais os procedimentos obrigatórios o seu plano de saúde deve cobrir?

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    médica e paciente se olhando e sorrindo