Presente na América desde o tempo da colonização, a sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) que pode ser fatal se não tratada a tempo. 

De origem desconhecida, a doença é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum, que possui tratamento e pode ser evitada por medidas simples de prevenção. 

As DSTs são um problema de saúde pública e consideradas as patologias transmissíveis mais comuns, que afetam a qualidade de vida e a saúde das pessoas no mundo todo.

Embora seja de fácil prevenção, a sífilis ainda não foi erradicada. Caso ela não seja tratada a tempo, pode colocar em risco não apenas a vida de adultos, mas de recém-nascidos durante a gestação.

Veja a seguir quais são as causas, sintomas, tratamento e prevenção da sífilis e fique por dentro!

Sífilis, o que é?

Sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum. Ela se divide em estágios diferentes (primária, secundária e terciária), com períodos de latência entre uma fase e outra.

Esta doença pode ser silenciosa, ou seja, não apresentar sintomas, o que pode agravar a condição e a eficácia do tratamento, ocasionando o óbito da pessoa infectada. 

O problema principal dessa doença é que os primeiros sinais, lesões indolores nas partes genitais, aparecem em média 4 dias após a relação sexual desprotegida e somem em seguida. Portanto, a falta de informação também pode ser algo que agrave a infecção e prejudique a condição sanitária de pessoas que tenham contraído sífilis.

Durante as duas primeiras fases da doença, o risco de contágio é maior e os sintomas nem sempre observáveis. 

Como as lesões desaparecem em pouco tempo sem causar dor, é comum que nem sejam notadas ou que não sejam levadas a sério. Isso porque quando somem, a pessoa acredita ter se tratado de algo que já se curou naturalmente. 

Isso faz com que se chegue ao terceiro estágio da doença, fase que pode trazer sérias complicações. 

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Como identificar a sífilis

Os sintomas da sífilis podem ser diferentes e variar de acordo com a condição clínica da pessoa e o estágio da doença. 

Como no primeiro estágio os sintomas desaparecem naturalmente, é comum que entre um estágio e outro da doença o vírus fique adormecido e a pessoa nem perceba que está infectada.

Veja a seguir quais os sintomas de cada uma das etapas da doença.

Esse é o primeiro estágio da doença e se manifesta, na maioria dos casos, como uma úlcera na região de entrada da bactéria, como pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais da pele. Esses sintomas podem aparecer em um período entre 10 até 90 dias após a contaminação. As lesões são indolores e desaparecem naturalmente após 10 dias. 

Esse nome é dado à sífilis não tratada no primeiro estágio. Os sinais e sintomas dessa fase costumam aparecer entre seis semanas ou seis meses após o desaparecimento ou cicatrização das primeiras lesões.

Podem ocorrer manchas pelo corpo, que geralmente não coçam, principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés. Como essas lesões são ricas em bactérias, a possibilidade de contágio também é maior. Nesse estágio, a pessoa pode ter febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas espalhadas pelo corpo.

Se não tratada no primeiro nem no segundo estágios, a sífilis evolui para esta etapa que pode surgir até 40 anos após o início da infecção. Nesse estágio, o doente apresenta lesões cutâneas, ósseas, neurológicas e cardiovasculares, podendo chegar a estado crítico e correr risco de morte. 

Vale ressaltar que entre o estágio secundário e terciário da sífilis, também existe o período latente. Esse período é a fase assintomática da doença e pode ser dividido entre duas fases: latente recente, com menos de dois anos de infecção, e latente tardia, com mais de dois anos de infecção. 

Para identificar corretamente os sintomas da sífilis é fundamental procurar orientação médica logo em seguida da relação sexual desprotegida ou no surgimento dos primeiros sintomas. Após a avaliação, o médico pedirá exames específicos para detectar a doença.

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Como funciona o diagnóstico para sífilis

O diagnóstico de sífilis pode ser feito pelo exame chamado VDRL (do inglês Venereal Disease Research Laboratory), que detecta a bactéria Treponema pallidum. Além do exame de sangue, também pode ser feita coleta de material na lesão entre o estágio primário ou secundário.

Somente um médico pode fazer a avaliação correta e emitir a requisição específica do exame. Por isso, ao notar sintomas, procure ajuda profissional.

Os testes classificam-se entre não treponêmicos ou treponêmicos. Os não treponêmicos são aqueles que detectam os anticorpos que não são específicos do treponema pallium, nesse caso, o VDRL . 

Já os treponêmicos são aqueles que detectam antígenos específicos da t. Pallium, como ELISA, testes rápidos, testes de hemaglutinação, entre outros. 

Como se transmite a sífilis

A sífilis pode ser transmitida de duas maneiras: através de relações sexuais desprotegidas com uma pessoa infectada ou de mãe para filho na gestação. Nesses casos de relações sexuais sem o uso de preservativo, essa infecção é classificada como sífilis adquirida, que se desdobra em recente e tardia.

Quando a transmissão ocorre na gestação, o nome dessa infecção é sífilis congênita. Por isso, é fundamental fazer um pré-natal para saber como está a condição de saúde da gestante e identificar qualquer problema que possa comprometer o feto ou até mesmo a mãe e a gestação. 

O exame de sangue para detecção de sífilis é requisição obrigatória durante o acompanhamento da gestação. 

Qual o tratamento para a sífilis

Embora a sífilis seja uma doença grave, ela pode ser curada desde que identificada cedo. Ela pode ser tratada tranquilamente com penicilina. Mas para saber quais os procedimentos corretos, somente sob orientação médica. Pois é o médico que vai indicar a dosagem mais adequada e vai identificar qual estágio da doença o paciente está.

Vale ressaltar que para um tratamento pleno e eficaz, o diagnóstico deve ser feito precocemente. Pois no terceiro estágio da sífilis, a possibilidade de cura é remota e a doença pode ter diversas complexidades, tornando o quadro de saúde de difícil solução.

Prevenção

A prevenção contra a sífilis pode ser bem simples e eficaz. A melhor maneira de prevenir essa doença é usar camisinha masculina ou feminina durante as relações sexuais e evitar sempre fazer sexo sem proteção.

Além dessa medida, a gestante deve buscar fazer um pré-natal de qualidade para acompanhar como está seu quadro clínico e se não tem nenhuma doença, entre elas a sífilis. Para saber isso, o médico pedirá uma bateria de exames que servirão como histórico de paciente para acompanhamento médico durante a gravidez.

Quais os riscos da sífilis?

Sem o tratamento precoce, a sífilis pode evoluir e se tornar porta de entrada para outras doenças infecciosas, como o HIV, por exemplo. Além disso, a evolução da sífilis sem o devido tratamento pode causar problemas ósseos, cardiológicos, neurológicos, entre outros.

É importante ressaltar que o tratamento para sífilis pode evitar danos futuros, mas não pode reverter aqueles que podem ter sido causados anteriormente. Além de trazer riscos para os adultos, a sífilis é muito perigosa durante a gestação, podendo causar aborto ou a morte do bebê nos primeiros dias de vida.

Por isso, é importante sempre buscar orientação médica assim que desconfiar de algo. O que pode garantir a qualidade de vida no futuro para quem contrai essa doença é o tratamento precoce.

Para ter certeza que a sua saúde está em dia, procure ter consultas de rotina com o ginecologista, no caso das mulheres, ou urologista ou clínico-geral no caso dos homens. 

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médica e paciente sorrindo e se olhando