Caso você sinta dores nos cotovelos após uma atividade física de repetição, pode estar diante da chamada epicondilite medial.

Essa é uma doença inflamatória, parecida com a tendinite e também conhecida por "cotovelo de golfista". Isso porque, na maioria dos casos, atinge os jogadores de golfe. O processo inflamatório ocorre no tendão que liga o punho ao cotovelo.

Mas a patologia também é diagnosticada em praticantes de musculação intensa, crossfit, agricultores, lançadores de dardos, jogadores de futebol americano, beisebol ou esportes que fazem uso de raquetes ou bastão.

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O que é epicondilite medial?

A epicondilite medial é uma doença inflamatória degenerativa do músculo pronador flexor. Em outras palavras, os tendões flexores do antebraço, provocada por movimentos repetitivos.

Pode-se dizer que é um tipo de tendinite do grupo de músculos e tendões responsáveis pelo movimento de flexão dos dedos e agarre.

Assim, quando fazemos um simples movimento de dobrar o punho e/ou os dedos em direção ao antebraço a dor é sentida e o movimento fica comprometido.

Como mencionamos, a doença atinge na sua grande maioria praticantes de golfe, por isso o nome "cotovelo de golfista".

Estudos mostram que a epicondilite medial atinge, cerca de 0,5% da população, compreendendo a faixa etária entre 40 e 45 anos, ou seja, aqueles em atividade plena.

Por ser uma doença provocada por exercícios repetitivos, o simples fato de evitá-los ou cessá-los, faz com que as dores e a inflamação diminuam progressivamente. Porém, dependendo do caso, é necessário o uso de medicamentos.

Entretanto, a inflamação não tratada pode gerar um rompimento na região do cotovelo junto à inserção no epicôndilo medial.

Em suma, epicôndilos são as saliências ósseas pertencentes à parte inferior do úmero, que é o osso do membro superior que se localiza no braço articulando com a escápula.

Sendo que, a borda do lado de fora do cotovelo chama-se epicôndilo lateral e a interna, epicôndilo medial.

Dessa forma, os tendões fazem a ligação entre esses epicôndilos e os músculos compreendidos entre o punho e o cotovelo.

O que causa epicondilite medial?

A causa principal da epicondilite medial está na sobrecarga ao tendão responsável pela flexão do pulso contra a resistência em direção à palma da mão.

Os movimentos de repetição e a carga utilizada, aliados ao não descanso necessário à recuperação do músculo, favorecem o aparecimento da dor.

Praticantes de golfe são os que mais sofrem da doença decorrente do movimento de trazer o taco de golfe com o braço oposto à pegada para o topo da tacada. A pressão dos músculos flexores é intensa e repetida em vários momentos durante uma partida.

Além dos praticantes de golfe ou de atividades físicas, as pessoas que trabalham com alvenaria, martelagem e tipagem sanguínea podem sofrer desse mal. Pessoas que realizam atividades domésticas que utilizam esse músculo também estão predispostas a desenvolver a doença de epicondilite medial.

Alguns fatores auxiliam para a probabilidade de ocorrer lesão, tais como:

  • Atividades de repetição seja esportiva ou não;
  • Desequilíbrio muscular;
  • Falta de flexibilidade muscular;
  • Idade maior que 40 anos.
  • Sintomas

    Os principais sintomas da epicondilite medial são:

  • Apresentação de formigamento no antebraço ou nos dedos anelar ou o mínimo;
  • Dificuldade para fazer o movimento de dobrar o cotovelo;
  • Dor na parte interna do cotovelo que pode irradiar para o antebraço;
  • Existência de dor ao esticar o braço e a palma da mão, virada para cima;
  • Falta de força para segurar um copo de água ou abrir a torneira;
  • Limitação ao flexionar o pulso e da palma da mão por razão da dor;
  • O ato de dar o aperto de mão fica comprometido;
  • Vermelhidão na região e calor excessivo.
  • A região interna do cotovelo compreende do interior do cotovelo até o dedo mínimo.

    Diagnóstico

    O diagnóstico realiza-se, principalmente, por exames de imagem para confirmação de casos de epicondilite medial em sua fase inicial.

    Exames de ultrassom e ressonância magnética são utilizados para um diagnóstico mais preciso e prescrição do melhor tratamento.

    Outros exames também poderão ser recomendados, tais como:

  • Análises de sangue;
  • Análises de urina;
  • Cintigrafia óssea;
  • Densitometria óssea;
  • Eletromiografia;
  • Tomografia computadorizada.
  • Tratamento para epicondilite medial

    O tratamento inicial indicado quando estamos diante de um caso de epicondilite medial é fazer compressas de gelo durante 20 minutos, no máximo.

    Normalmente, a dor ocorre nos tendões responsáveis pelo movimento do punho e da palma da mão e surge logo após uma atividade física.

    Assim, o gelo tem função anti-inflamatória e proporcionará alívio da dor. Se ocorrer persistência , é necessário procurar um médico especialista para melhor orientação.

    Contudo, dependendo da gravidade da inflamação o médico poderá prescrever outros tratamentos, tais como:

  • Anti-inflamatórios não esteroides orais e tópicos, para alívio da dor;
  • Infiltrações nos casos de dores mais persistentes;
  • Órteses e imobilizações;
  • Reabilitação para alongar a musculatura antagonista e fortalecimento.
  • A saber, órteses ou ortótese, conforme definição da ISO, são aparelhos ou dispositivos ortopédicos colocados no corpo do paciente para modificar os aspectos funcionais ou estruturais do seu sistema neuro-músculo-esquelético.

    Dessa forma, o paciente passa a ter alguma vantagem mecânica ou ortopédica. São de uso provisório ou não e têm a função de alinhar, prevenir ou corrigir deformidades ou ainda, melhorar a função das partes móveis do corpo.

    Se o paciente passar de 9 a 12 meses sem resultados satisfatórios, o procedimento cirúrgico será indicado.

    A cirurgia consiste na remoção da cicatriz do tecido e recolocação dos tecidos lesados.

    Uma das técnicas mais utilizadas é a descompressão da região do túnel cubital. O nome de túnel corresponde ao trajeto estreito por onde o nervo cubital, que percorre todo o membro superior, tem contato com o cotovelo.

    Após a retirada do tecido inflamado há a necessidade de fazer o reparo do tendão e a revitalização do osso com micro perfurações.

    Com isso, ocorre a ativação da circulação do sangue na região afetada e o processo de cicatrização torna-se mais rápido.

    A intervenção cirúrgica é simples e sem muitas complicações. Além disso, tem recuperação rápida, com duração de algumas semanas.

    Como aliviar a dor da epicondilite medial?

    A dor provocada pela epicondilite medial que ocorre na região do cotovelo normalmente não costuma ser um problema grave. O desconforto inicial da dor pode ser pelo uso de compressas de gelo.

    Como mencionado, o gelo por sua ação anti-inflamatória auxilia muito para a não evolução do caso. Aliado ao repouso e ao retorno gradual dos exercícios físicos, a dor vai diminuindo aos poucos.

    Mas, quando a dor persistir, a prescrição de anti-inflamatórios poderá ser necessária.

    Qual a diferença entre epicondilite medial e epicondilite lateral

    Os sintomas da epicondilite medial e lateral são exatamente os mesmos, o que diferencia é sua localização.

    Na epicondilite medial, a dor está na região medial, de dentro do cotovelo, ou seja, a inflamação ocorre nos tendões flexores do punho. Sendo essa também uma doença mais rara que a epicondilite lateral.

    Já na epicondilite lateral, a região afetada é a de fora do cotovelo, onde localizam-se os tendões extensores radiais do punho.

    Normalmente a dor inicia no tendão extensor radial curto do punho e pode se estender para o tendão extensor radial longo do punho.

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    Sempre que você desconfiar que está com algum problema de saúde, é necessário fazer um check-up médico.

    Para isso, ter um plano de saúde pode ser o diferencial entre ter acesso a um bom tratamento ou não conseguir se tratar.

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