Você já sentiu dores fortes e repentinas na sua panturrilha enquanto corria, jogava futebol ou tênis? Este evento é denominado síndrome da pedrada.

O nome "pedrada" está relacionado com a sensação de ter levado uma pedrada da panturrilha.

Caracteriza-se por dor intensa e repentina, devido ao estiramento das fibras musculares e o processo inflamatório ocasionado, sendo que o estiramento muscular de membros inferiores é um problema bastante comum em praticantes de atividades intensas.

Alguns dos sintomas podem caracterizar a síndrome, como surgimento de hematoma no local, dificuldade de apoiar o peso do corpo nos calcanhares e dificuldade de andar.

Quer saber mais sobre a síndrome da pedrada? Continue a leitura!

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O que é síndrome da pedrada?

Síndrome da pedrada é uma situação ocorrida pelo estiramento do músculo gastrocnêmio da perna. Ou seja, o rompimento das fibras musculares.

O músculo gastrocnêmio está localizado na região posterior da perna compondo a massa da panturrilha. Ele é popularmente conhecido como "batata da perna".

Assim, a lesão ocorrida no músculo da panturrilha ocorre mediante a esforços intensos, normalmente superiores aos limites fisiológicos.

Durante a atividade esportiva o grupo muscular anterior da perna se contrai para obter força e em contrapartida a panturrilha estica-se contra a resistência.

Esse movimento natural denomina-se de "contração excêntrica" e por algum motivo a panturrilha não resiste a força e tende a romper e provocar a lesão. Também pode ocorrer nas regiões posteriores e adutores dos músculos da coxa.

A lesão depende do estiramento e/ou da a quantidade de fibras musculares rompidas, podendo ser classificada em:

  • Leve: quando não há rompimento de fibras musculares;
  • Moderado: quando há rompimento parcial;
  • Grave: quando há rompimento total.
  • Alguns fatores externos podem contribuir: condições meteorológicas extremas, ou seja, muito frio ou muito calor, aquecimentos inadequados e fadiga muscular.

    De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a OMS, o CID – Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, que está relacionado com a síndrome da pedrada é: CID 10-S86, traumatismos de músculo e de tendão ao nível da perna.

    Sintomas de síndrome da pedrada

    Os sintomas ocorrem durante a atividade esportiva, tais como:

  • Aparecimento de uma "bola ou caroço" no local;
  • Desconforto para apoiar o peso do corpo nos pés e calcanhares;
  • Dificuldade em caminhar;
  • Dor na panturrilha, forte e intensa;
  • Enrijecimento do local;
  • Pode ser acompanhada de um estalido audível no momento do estiramento;
  • Produção de hematoma.
  • Dessa forma, quando a pessoa tem o estiramento dos músculos da panturrilha é difícil continuar a prática do exercício.

    Se for um estiramento muscular mais grave e dependendo dos casos, pode haver afastamento da atividade por algum tempo.

    Ainda com poucas evidências científicas, estudos apontam algumas fatores predisponentes à ocorrência do estiramentos, tais como:

  • Alteração hormonal;
  • Deficiência nutricional;
  • Desequilíbrios de força entre músculos de ações opostas, denominado de agonistas e antagonistas;
  • Exercícios mal executados, técnica incorreta, excesso de peso e fadiga muscular;
  • Pouca flexibilidade.
  • Diagnóstico da síndrome da pedrada

    O diagnóstico para a síndrome da pedrada é realizado por um exame físico com inspeção e toque dos músculos afetados, bem como teste de função.

    A história clínica auxilia no diagnóstico das possíveis causas e o acompanhamento do inchaço ou do hematoma faz-se necessário para avaliar o nível de estiramento.

    O diagnóstico precoce é importante para o tratamento adequado, uma vez que há uma alta incidência de recorrência.

    Tratamento de síndrome da pedrada

    No momento do estiramento da panturrilha o melhor é parar a atividade física e repousar a perna afetada sobre uma almofada. Ou então, elevá-la para ativar a circulação.

    Nessa hora, uma compressa de gelo no local, por no máximo 20min, aliviará a dor por ter efeito analgésico.

    Sendo assim, caso a dor persista depois de alguns dias é necessário procurar um médico ortopedista a fim de avaliar o grau de estiramento.

    Desse modo, o médico de imediato irá recomendar repouso ou uso de joelheira e muletas para evitar sobrecarregar os músculos.

    Pode-se fazer uso de medicação anti-inflamatória e relaxantes musculares, aliado a sessões de fisioterapia.

    A indicação fisioterápica tem a função de alívio da dor e melhora na função muscular. Assim, faz-se uso de algumas medidas:

  • Aparelhos como ultrassom, TENS e laser;
  • Compressas quentes ou frias;
  • Exercícios de alongamento passivo e a seguir ativo;
  • Exercícios de fortalecimento muscular e propriocepção;
  • Massagens para aliviar a dor, eliminar o caroço e soltar as fibras musculares;
  • Termoterapia com bolsas de água quente ou infravermelho;
  • Sabe-se que propriocepção está relacionada à percepção, não visual mas sensitiva, de reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais.

    Diante do nível de estiramento, o tempo de recuperação para a síndrome da pedrada varia de acordo com o nível:

  • 1 – Leve estiramento muscular : 2 semanas;
  • 2 – Estiramento muscular moderado: 8 a 10 semanas;
  • 3 – ruptura do músculo: 6 meses a 1 ano.
  • Síndrome da pedrada tem cura?

    Desde que o tratamento seja feito corretamente para seu caso e com fortalecimento do músculo e do grupo muscular adequado, é possível curar a síndrome da pedrada.

    Prevenção

    A síndrome da pedrada é recorrente em alguns casos por falta de tratamento adequado e identificação real das causas que ocasionaram o estiramento.

    A necessidade de investigação das causas do primeiro estiramento na qual as fibras musculares do local ficarão diferenciadas, pois ocorre surgimento de um tecido fibroso.

    Desse modo, é necessário a cicatrização para entrar com exercícios de fortalecimento e flexibilidade. Pulada essa etapa, o estiramento e as lesões poderão ocorrer novamente.

    Como forma de prevenção, vale seguir as seguintes regras:

  • Antes de realizar uma atividade, prepare o corpo, aquecendo e alongando;
  • Faça exercícios de acordo com sua capacidade muscular;
  • Faça treinos preparatórios de alongamento e fortalecimentos;
  • Finalizada atividade dê tempo para o corpo recuperar .
  • Como fortalecer a panturrilha lesionada?

    Realize exercício sempre sob orientação de um profissional, se certifique que passou o tempo de cicatrização e alguns dos movimentos podem ser feitos em casa:

  • Alongamento com toalha: na posição sentada e coluna ereta puxe a perna lesionada para junto do corpo, mantendo os joelhos estendidos. Mantenha por 30 segundos e repita 3 vezes para cada perna;
  • Alongamento comum: de pé com braços estendidos e suas palmas das mãos apoiadas na parede na altura do peito, distancie suas pernas para trás com os pés e calcanhares apoiados no chão, com os joelhos flexionados, não ultrapassando 60cm. Mantenha por 30 a 60 segundos e repita 3 vezes para cada perna;
  • Fortalecimento: com o auxílio de uma cadeira, apoie-se para elevar os calcanhares de maneira alternada ou com as duas pernas juntas. Mantenha esta posição por 3 segundos e, lentamente, volte à posição inicial. Repita 10 vezes e faça 3 séries.
  • O que fazer quando o músculo da perna trava?

    O ideal é procurar um fisioterapeuta para que ele possa cuidar desse estirão. Técnicas como liberação miofascial e reposicionamento articular são ótimas para essa situação.

    A fáscia é uma parte do tecido conjuntivo que envolve os músculos, fazendo com que eles se unam aos ossos e articulações. É um tecido fibroso composto de colágeno e elastina.

    Na liberação miofascial é feito um deslizamento das fáscias para que haja um equilíbrio mecânico delas e diminua a dor.

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    Sempre que você desconfiar que está com algum problema de saúde, é necessário fazer um check-up médico.

    Para isso, ter um plano de saúde pode ser o diferencial entre ter acesso a um bom tratamento ou não conseguir se tratar.

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    médica e paciente sorrindo e se olhando