Segundo a Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia, uma em cada quatro pessoas no mundo morre por condições causadas pela trombose.
Além disso, estima-se que cerca de 180 mil novos casos de trombose do tipo venosa surgem no Brasil a cada ano.
A trombose é uma doença grave, no entanto muitas pessoas não conhecem as suas causas, os sintomas, nem como preveni-la.
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O que é trombose?
Trombose é quando há uma formação de um ou mais coágulos sanguíneos que obstruem e inflamam a parede da veia ou artéria.
A trombose pode prejudicar ou até bloquear o fluxo de sangue na região. Além disso, pode se soltar e se mover para um órgão.
O local mais comum onde ocorre a trombose é nas pernas e, de tal forma que causa inchaço, vermelhidão e dor no local.
As chances de ter trombose aumentam em pessoas que fumam, são obesas ou têm varizes.
Os diferentes tipos de trombose podem ter a ver com a área do corpo onde ela está localizada:
Arterial: quando o coágulo de sangue bloqueia uma artéria, como a aorta. Pode causar AVC – Acidente Vascular Cerebral e infartos. É o tipo mais grave;
Cerebral: quando o coágulo se desloca de onde se originou para o cérebro e, dessa forma, bloqueia suas artérias. É um tipo de AVC, sendo que a parte do cérebro que não recebe sangue, morre;
Hemorroidaria: quando há desenvolvimento de um nódulo com edema e de coloração arroxeada na margem anal;
Pulmonar: acontece quando o coágulo se desloca de onde se originou para o pulmão, podendo causar embolia pulmonar;
Venosa: é o tipo mais comum de trombose e acontece quando o coágulo de sangue bloqueia uma veia. Pode causar embolia pulmonar e normalmente está localizada na parte inferior do corpo, como coxas e panturrilhas, por exemplo.
Também pode ser classificada em:
Aguda: nesse tipo de trombose, o corpo utiliza de mecanismos para dissolver o coágulo;
Crônica: quando, mesmo depois da dissolução do coágulo, ficam sequelas no interior das veias, o que destrói a estrutura das válvulas e prejudica o retorno do sangue. Dessa forma, aparecem inchaço, varizes, escurecimento e endurecimento da pele e feridas.
Quais as causas da trombose?
São inúmeras as causas e fatores de risco da trombose, tais como:
Acidente grave que tenha grandes ferimentos musculares;
Aterosclerose;
AVC;
Câncer;
Cirurgia que tenha durado mais de uma hora, principalmente artroplastia do joelho ou quadril;
Colesterol alto;
Diabetes;
Distúrbios de hipercoagulabilidade, que é quando a pessoa já nasce com predisposição à trombose;
Doença de Behçet;
Doença pulmonar;
Fratura de ossos;
Gravidez por conta do aumento da pressão sobre as veias da pelve e pernas, sendo que o risco continua até seis semanas depois do parto;
Hipertensão;
Histórico de trombose anterior;
Idade igual ou superior a 65 anos;
Infarto;
Insuficiência cardíaca congestiva;
Longas internações hospitalares com grande período de imobilidade;
Macroglobulinemia de Waldenstrom, que é uma doença linfoplasmacítica;
Mieloma múltiplo, que é uma doença que pode danificar os ossos, o sistema imunológico, os rins e a contagem de glóbulos vermelhos;
Obesidade: também aumentam a pressão sobre as veias dos membros inferiores;
Predisposição genética;
Reposição hormonal;
Tabagismo;
Uso contínuo de medicamentos anticoncepcionais, pois estas têm efeito sobre a coagulação do sangue;
Varizes dos membros inferiores;
Viagens prolongadas em ônibus e avião.
Quais os sintomas?
Nem sempre a trombose apresenta sintomas. No entanto, alguns desses abaixo podem ocorrer:
Alteração da cor na área onde o coágulo ocorre. Essa pode ser vermelha, azul ou arroxeada;
Ardência;
Aumento do calibre das veias ou varizes;
Calor no local do coágulo;
Dificuldades de locomoção;
Dor no local;
Dor no peito e costas;
Fraqueza em um lado do corpo;
Inchaço;
Mudança de estado mental;
Pele mais dura;
Respiração curta e rápida no caso da trombose pulmonar;
Rigidez nos músculos da região;
Sensação de peso no local;
Tosse com sangue na trombose pulmonar.
Como é feito o diagnóstico de trombose?
Sempre que algum dos sintomas ocorrer, é necessário ir ao hospital ou pronto-socorro o quanto antes para ser orientado pelo clínico geral, angiologista ou cirurgião vascular.
Dessa forma, são feitos exames como ultrassom, angiografia, ressonância magnética ou tomografia computadorizada. Esses exames ajudam a localizar onde está o coágulo.
Também pode ser solicitado um exame de sangue chamado D-dímero, utilizado principalmente para confirmar a suspeita da trombose. Bem como hemograma completo para verificar substâncias na corrente sanguínea que podem facilitar a coagulação.
Outro exame é a venografia, onde um corante é injetado nas veias para identificar em quais locais ocorreu a coagulação. No entanto, esse é um exame muito invasivo e quase não é mais utilizado.
Qual o tratamento?
O tratamento da trombose varia de acordo com o tipo, se é aguda ou crônica.
A aguda se cura sozinha em virtude de seguir as recomendações médicas. Em contrapartida, a crônica precisa de medicamentos anticoagulantes.
Esse tipo de medicação dificulta a formação e crescimento do coágulo, bem como o agravamento da doença.
Os anticoagulantes podem ser injetáveis, que têm ação mais rápida ou em comprimidos.
Podem ser usados também medicamentos fibrinolíticos ou antitrombolíticos, que dissolvem o coágulo.
Esses são utilizados, principalmente quando os anticoagulantes não dão conta do tratamento ou quando já há complicações graves.
Nos casos graves de trombose venosa profunda ou quando não se consegue diluir o coágulo com os medicamentos, pode ser realizada uma cirurgia.
A cirurgia serve para retirar o coágulo ou ainda para colocar um filtro na veia para que o coágulo não passe para os pulmões.
Trombose tem cura?
Sim, a trombose tem cura, desde que o seu tratamento seja feito da maneira correta e o quanto antes.
No entanto, a doença pode retornar. Dessa forma, é importante continuar monitorando a doença com o especialista e os medicamentos que foram ministrados.
Quais os riscos e complicações da trombose?
O risco da trombose varia de acordo com o segmento de veia acometido. Quanto mais perto do coração ou quanto maior a veia, maiores são as chances de levar à morte.
Algumas das complicações da trombose:
Eczema, que é uma coceira muito forte que pode causar feridas difíceis de cicatrizar;
Embolia pulmonar, com alto índice de mortalidade, cerca de 5 a 15%;
Inchaço crônico da perna afetada;
Insuficiência venosa crônica;
Mudanças na pele, podendo ficar mais escura e seca;
Perda de uma perna ou a morte se ocorrer em veias profundas do abdômen, pelve ou virilha;
Síndrome pós-trombótica, que é quando a dor e o inchaço na perna comprometida persistem, mesmo após tratamento completo da trombose venosa.
Como prevenir a trombose?
Algumas atitudes podem ser tomadas para prevenir a trombose, tais como:
Beber bastante água;
Controlar o peso;
Evitar o cigarro;
Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
Fortaleça as panturrilhas;
Manter uma alimentação equilibrada;
Movimentar as pernas quando ficar sentado por longos períodos;
Não praticar esportes de alto impacto que façam força para baixo;
Não utilizar pílula anticoncepcional, principalmente associada ao cigarro;
Praticar atividade física;
Se houver insuficiência venosa, usar meias elásticas com orientação médica;
Tratar as varizes;
Usar roupas e calçados confortáveis em viagens;
Visitas regulares ao angiologista.
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