Por mais que tenha sido reconhecida nos anos 80, a AIDS é ainda hoje a principal causa de morte de mulheres entre 15 e 49 anos no mundo, segundo relatório da Unaids, programa das Nações Unidas que tem a função de criar soluções no combate à AIDS.
E por que isso ainda acontece? O que precisamos fazer para prevenir a AIDS? Existe tratamento? Acompanhe para saber mais.
Saiba mais: Saúde da mulher: a importância do cuidado preventivo
O que é AIDS?
AIDS é a sigla para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, ou Acquired Immunodeficiency Syndrome, em inglês. Ela é causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, que foi reconhecido em 1981.
O HIV, como o próprio nome já diz, atinge o sistema imunológico do indivíduo, o que, como resultado, faz com que ele enfraqueça e esteja sujeito a diversas outras doenças.
Já foi, por muito tempo, considerada uma doença aguda e que levava a pessoa à morte rapidamente. No entanto, hoje temos disponível a terapia antirretroviral que possibilita qualidade de vida aos infectados.
Embora muitos nem sabem que possuem a doença, elas continuam propagando. Estima-se que cerca de 135 mil pessoas vivam com o vírus sem saber.
O HIV ataca principalmente os linfócitos T CD4+, que são glóbulos brancos, um tipo de célula de defesa do nosso organismo.
Dessa forma, o sistema de defesa vai perdendo a capacidade de trabalhar, deixando o corpo vulnerável às doenças.
Assim sendo, quando a pessoa começa a ficar doente mais facilmente, sem ter forças para combater agentes externos, diz-se que ela está com AIDS.
Para definir se a pessoa tem AIDS, leva-se em consideração o número de células CD4. De acordo com a Unaids, quando o número fica abaixo de 200 células por milímetro cúbico de sangue, considera-se que se progrediu do HIV para a aids.
No caso de um indivíduo normal, por exemplo, a contagem de células CD4 fica normalmente entre 500 e 1600 células/mm3.
É importante saber que ter HIV não é a mesma coisa que ter AIDS. Em síntese, muitas pessoas que possuem o vírus não apresentam sintomas, nem desenvolvem a doença.
No entanto, é preciso afirmar que mesmo essas pessoas podem transmitir o vírus. Dessa forma, HIV é o vírus transmitido e AIDS é a síndrome causada por ele.
Estágios da infecção pelo HIV
Até chegar na AIDS, o HIV passa por diversos estágios:
São as primeiras semanas de infecção pelo HIV onde uma grande quantidade de vírus é produzida, reduzindo o número de células CD4 do organismo.
Dessa forma, nessa fase a pessoa pode manifestar a SRA – Síndrome Retroviral Aguda, com febre alta, sudoreses, náuseas e vômito, que desaparecem em torno de 4 semanas, fazendo com que o paciente confunda com uma virose.
Pode ser chamada também de fase de inatividade ou dormência, onde o vírus se reproduz de maneira lenta.
Mesmo que a fase de latência dure anos, o vírus continua atacando o corpo. Dessa forma, com o passar do tempo, começam a ocorrer prejuízos na capacidade de defesa do organismo.
Nessa fase observa-se alguns sintomas como febre baixa, sudorese noturna, infecções bacterianas de um modo geral, perda de peso, manchas vermelhas no corpo, diarreia crônica e candidíase oral.
Nesse estágio, o paciente começa a ter infecções oportunistas e neoplasia, que é a proliferação desordenada de células no organismo e, como resultado, formam uma massa anormal de tecido.
A transmissão pode ser das seguintes formas:
O vírus não é transmitido por abraço, suor, beijo, picada de mosquitos, participação em esportes, toalhas, lençóis ou uso de banheiros públicos.
Como é feito o diagnóstico do HIV
Para saber se a pessoa tem o vírus HIV são necessários exames de sangue o saliva.
Com o resultado negativo, ou seja, não reagente, a pessoa tanto não ter contraído o vírus, como pode estar na chamada janela imunológica.
A janela imunológico é o intervalo entre a exposição ao vírus e o momento que os anticorpos poderão ser detectados. Ela pode durar aproximadamente 30 dias.
Por conta, disso é necessário sempre esperar esse período para realizar o exame.
No caso de exame reagente, ou seja, positivo, é feito um segundo exame para confirmar o diagnóstico.
Os exames de carga viral devem ser feitos com frequência em pacientes confirmados com o vírus, tanto para monitoramento, como para conhecer os riscos de transmissão e as chances de evolução para a AIDS.
No caso, uma carga viral abaixo de 10.000 cópias por mm³, significa que a pessoa tem baixo risco de desenvolver AIDS. Entre 10.000 e 100.000, o risco passa a ser moderado, sendo que acima de 100.000 cópias por mm³, o risco é alto.
No caso de crianças nascidas de mulheres com HIV, elas podem dar resultado falso positivo por conta dos anticorpos anti-HIV da mãe que podem ter atravessado a placenta. Esses anticorpos podem permanecer na corrente sanguínea do bebê por até 18 meses.
Qual o tratamento da AIDS?
O tratamento do HIV é feito com medicamentos que inibem a replicação do vírus e não curam a infecção. Eles servem para controlar a doença e atrasar a progressão para AIDS.
O Sistema Único de Saúde, o SUS, garante o tratamento de todas as pessoas que vivem com o HIV, independentemente da carga viral. Assim como os testes também podem ser feitos de forma gratuita. São hoje 21 medicamentos com 37 apresentações farmacêuticas.
Qual a prevenção da AIDS?
A principal forma de prevenção à AIDS é o uso de preservativo em todas as relações sexuais. Outras medidas que também podem ser tomadas são:
Quais os riscos e complicações da AIDS?
As principais complicações para quem tem AIDS são:
Como é a vida de um soropositivo?
Se o paciente realiza tratamento, sua carga viral é reduzida, permitindo que ele tenha uma boa qualidade de vida.
No entanto, alguns cuidados devem ser associados, tais como:
Leia mais: Quais os procedimentos obrigatórios o seu plano de saúde deve cobrir?
Quer ficar com a saúde em dia?
Para manter sua saúde em dia é importante realizar com frequência seus exames de rotina, além das consultas médicas.
Dessa maneira, ter um plano de saúde vai facilitar para que você possa ter acesso às consultas sempre que necessário.
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