O que é a Organização Mundial da Saúde 

Sempre que acontece alguma situação de emergência em relação à saúde em alguma parte do mundo, como uma epidemia ou uma guerra, por exemplo, sempre vemos a intervenção da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Você sabe o que é a OMS? Para que ela foi criada e quem faz parte dela? Conheça agora.

Neste artigo você encontra:

• O que é a Organização Mundial da Saúde
• Conceito de Saúde OMS
• Qual a função da Organização Mundial da Saúde OMS
• Princípios da OMS
• Desafios da Organização Mundial da Saúde OMS
• Quem faz parte da Organização Mundial da Saúde OMS
• Quem é atualmente o Diretor Geral da OMS

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A Organização Mundial da Saúde (OMS), ou World Health Organization (WHO), é um organismo internacional ligado ao Sistema da Organização das Nações Unidas (ONU). Seu objetivo é promover acesso à saúde de qualidade por todos os povos do mundo.

A OMS foi fundada em 7 de abril de 1948, pois havia sido discutida nas reuniões do surgimento da ONU em 1945, sobre a necessidade de um organismo já que havia falta de acesso global à saúde.

Atualmente, todo dia 7 de abril é comemorado o Dia Mundial da Saúde. A data serve para reforçar campanhas educativas no mundo todo, para estar atento aos principais problemas da atualidade e incentivar ações de promoção e cuidados com a saúde. A data é celebrada junto ao aniversário da OMS, agência especializada das Nações Unidas, criada com o objetivo de cuidar das questões relacionadas à saúde global e a cada ano, um tema diferente é escolhido.

Em 1948 foram publicados os Registros Oficiais da OMS. Lá constava a definição de saúde OMS que é: “um estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas como a ausência de infecções ou enfermidades”.

Por conta disso, a OMS vai além do combate às doenças, mas também trabalha na prevenção e no bem-estar das pessoas. Dessa maneira, também estimula o consumo de uma alimentação saudável, redução do uso do tabaco, promoção de igualdade de gênero e de saúde mental.

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A OMS tem principalmente a função de aconselhar os países nas questões de saúde e na adoção de medidas baseadas em seus estudos. Dessa forma, a OMS elabora estudos e estatísticas sobre a situação da saúde no mundo todo.

Esses estudos são constantemente divulgados em documentos e relatórios no próprio site da OMS.

Além de atuar nas situações de emergência, a ONU também atua na prevenção de doenças. Para isso foi criado o Programa Ampliado de Imunização que distribui vacinas e medicamentos, por exemplo.

Em 1980, a varíola foi a primeira doença erradicada como resultado do esforço humano. Isso graças à OMS e a parceria com os países membros da organização.

Outro objetivo da Organização Mundial de Saúde é levantar informações sobre as doenças, sendo que ela é responsável pela seguintes classificações: Classificação Estatística Internacional de Doenças (CID), Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) e Classificação Internacional de Intervenções de Saúde (ICHI). Estas permitem a padronização das doenças e facilitam as análises estatísticas e as estratégias de combate.

Em 1946 foi publicada a Constituição da OMS. Nela constam, além de outras definições, os princípios da OMS:

• A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade;
• Gozar do melhor estado de saúde que é possível atingir constitui um dos direitos fundamentais de todo o ser humano, sem distinção de raça, de religião, de credo político, de condição econômica ou social;
• A saúde de todos os povos é essencial para conseguir a paz e a segurança e depende da mais estreita cooperação dos indivíduos e dos Estados;
• Os resultados conseguidos por cada Estado na promoção e proteção da saúde são de valor para todos;
• O desigual desenvolvimento em diferentes países no que respeita à promoção de saúde e combate às doenças, especialmente contagiosas, constitui um perigo comum;
• O desenvolvimento saudável da criança é de importância basilar; a aptidão para viver harmoniosamente num meio variável é essencial a tal desenvolvimento;
• A extensão a todos os povos dos benefícios dos conhecimentos médicos, psicológicos e afins é essencial para atingir o mais elevado grau de saúde;
• Uma opinião pública esclarecida e uma cooperação ativa da parte do público são de uma importância capital para o melhoramento da saúde dos povos;
• Os Governos têm responsabilidade pela saúde dos seus povos, a qual só pode ser assumida pelo estabelecimento de medidas sanitárias e sociais adequadas.

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Os 13 maiores desafios da OMS para a próxima década foram estabelecidos em janeiro de 2020. São eles:

1. Serviços de saúde limpos: 1 em cada 4 centros de saúde no mundo não tem água potável;
2. Debate sobre clima: a crise climática é considerada uma crise de saúde. Mais de 80 cidades de 50 países assumiram o compromisso de cumprir as regras sobre a qualidade do ar em 2019;
3. Locais de conflito e crises: países afetados por conflitos têm os maiores surtos de doenças;
4. Cuidados de saúde mais justos: as pessoas que habitam países mais ricos têm expectativa de vida mais alta que as dos países pobres em 18 anos;
5. Acesso a medicamentos: um terço da população mundial não tem acesso a medicamentos, vacinas ou demais produtos de saúde;
6. Doenças infecciosas: a OMS afirma que há uma necessidade de serviços de imunização e combate de efeitos da resistência a antibióticos;
7. Epidemias: se gasta mais recursos nos surtos de doenças que na sua prevenção. Dessa maneira, deve-se investir em serviços que mantenham as populações seguras;
8. Produtos Perigosos: a OMS quer limitar o consumo de gordura trans até 2023 por conta das doenças causadas por dietas pouco saudáveis;
9. Funcionários de Saúde: segundo a OMS, serão necessários mais 18 milhões de trabalhadores na área da saúde em países de renda mais baixa;
10. Adolescentes seguros: acidentes de carro, HIV, suicídio, doenças respiratórias e violência são as principais causas da morte de mais de 1 milhão de adolescentes por ano;
11. Confiança: as fake news, como o movimento anti-vacinas, por exemplo, contribuíram para o aumento do número de doenças que poderiam ter sido prevenidas;
12. Novas tecnologias: manipulação genética e outras tecnologias vieram para resolver diversos problemas, mas precisam de monitoramento e regulação;
13. Medicamentos: o uso desenfreado de antibióticos tem aumentado a resistência das bactérias.

São 194 os Estados-membros da OMS, sendo todos membros da ONU, mais Niue e as Ilhas Cook.

Existem também os membros associados. Estes têm acesso total à informação mas tem participação limitada nas assembleias. Além disso, também existem os Estados Observadores, como a Palestina e o Vaticano.

A Assembleia Geral de Saúde Mundial é onde são decididos os nomes do Diretor Geral da OMS e a Direção Executiva. O Diretor Geral tem um mandato de 5 anos e os 34 membros da Direção Executiva ficam 3 anos.

Na Assembleia é onde são discutidos outros assuntos como o orçamento, que é praticamente oriundo de doações de fundações filantrópicas ou indústrias farmacêuticas.

Mesmo não fazendo parte da Direção Executiva, muita gente trabalha para a OMS. São 7000 pessoas em 150 países, a maioria médicos, pesquisadores e especialistas em diversas áreas como saúde, economia, administração e outros. Cada um desses 150 países tem um escritório da OMS e a sede é em Genebra, na Suíça.

Eleito em 2017, Tedros Adhanom Ghebreyesus tem 55 anos e ficou mundialmente conhecido por conta dos discursos quase diários sobre a situação da pandemia da Covid 19.

Ele é nascido na cidade de Asmara, na Eritreia, tem doutorado em Saúde Comunitária pela Universidade de Nottingham e um mestrado em Imunologia de Doenças Infecciosas pela Universidade de Londres.

É formado em biologia sendo o primeiro Diretor Geral que não é formado em medicina, no entanto, é pesquisador e diplomata da saúde. Além disso, é experiente em operações de respostas emergenciais à pandemias.

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1. Organização Mundial da Saúde (OMS)

2. OMS: Uma visão geral