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Quais os tipos de surdez que existem?

Jovem segurando uma caneta azul contendo uma coroa.

Por Ana Paula de Oliveira

Analista de conteúdo

Há aproximadamente 28 milhões de pessoas com surdez no Brasil, segundo dados do ano de 2018 da Organização Mundial da Saúde.

Muitas pessoas não realizam tratamento de sua perda auditiva, quer seja por falta de informação, quer seja por não saber a relevância da doença. Principalmente as pessoas mais velhas.

E você sabe quais os tipos de surdez que existem e o que causa a perda auditiva? Saiba tudo agora!

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O que é surdez?

Surdez, ou hipoacusia, é quando há algum tipo de dificuldade ou impossibilidade de ouvir.

Audição é o sistema de canais que conduzem o som até o ouvido interno. Lá, as ondas sonoras transformam-se em estímulos elétricos que são enviados ao cérebro.

A surdez por acontecer não apenas na captação, como também na condução e na percepção dos estímulos sonoros.

Segundo o decreto 5.626, que regulamenta a Lei nº 10.436, existe uma definição para surdez: "considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais - Libras."

A surdez pode ser congênita, que é quando a pessoa nasce com ela, ou ser perdida aos poucos ou subitamente. Também é classificada pela capacidade de escutar em um ou nos dois ouvidos, podendo ser unilateral ou bilateral.

Além disso, pode ser temporária e reversível, passível de tratamento. Ou ainda, ser permanente, onde não se pode restabelecer a capacidade auditiva.

Muitas vezes, não se percebe a perda auditiva. Principalmente os idosos podem ter perda lenta e gradativa, que pode vir acompanhada de vertigem, zumbido ou desequilíbrio.

Quais os tipos de surdez?

Pessoas com audição normal, ouvem em torno de 20 dB (decibéis). Isso é equivalente a um sussurro, canto de pássaros ou uma torneira pingando, por exemplo.

Por conta do nível ou grau de perda auditiva

Agora, os tipos de perda auditiva podem ser:

  • Leve: ouvem entre 25 a 40 dB. Essas pessoas possuem dificuldade em manter uma conversa em tom baixo, quase sussurrando ou têm dificuldade em ouvir sons como: motor de uma geladeira ou um ar-condicionado, por exemplo. Não costuma causar atrasos na linguagem;
  • Moderada: ouvem entre 40 a 70 dB. Essas pessoas têm dificuldade em manter um diálogo e não ouvem bem quase nenhum som em nível de voz natural, ou sons como: um aspirador de pó ou um bebê chorando, por exemplo. Já há dificuldade na aquisição da linguagem;
  • Severa: ouvem entre 70 a 90 dB. Essas pessoas não ouvem nenhum som de fala. Além disso, se percebem poucos sons, tais como um piano tocando forte ou um cachorro latindo forte, por exemplo. Há necessidade de fazer leitura labial;
  • Profunda: ouvem acima de 90 dB. Essas pessoas ouvem pouquíssimos sons, tais como a decolagem de um avião a jato ou uma britadeira, por exemplo. Necessita de linguagem gestual;
  • Cofose: surdez completa com ausência total de sons.

Por conta dos tipos de perda auditiva

  • Condutiva: esse tipo de perda afeta as orelhas externa e média e é causada por um problema na maneira como o som viaja para o ouvido;
  • Neurossensorial: já este, afeta a orelha interna e o nervo da audição, causada por problema no transporte de informações do ouvido para o cérebro. Tende a ser permanente;
  • Mista: existe alteração não apenas condutiva, como também sensorioneural.

Por conta da causa da perda auditiva

  • Congênita: quando a pessoa já nasce sem a capacidade de ouvir ou com com a habilidade reduzida ou diminuída;
  • Gradativa: é a mais perigosa pois acontece muitas vezes sem que o paciente perceba. Normalmente é causada por longa exposição a ruídos;
  • Súbita: também acontece por conta da exposição ao som alto, no entanto, mais fortes como fogos de artifício ou explosões.

Quais os principais sinais de surdez?

Na surdez de grau leve pode ser difícil de perceber quando há perda auditiva. Já quando ela se torna mais intensa, os sons podem ficar distorcidos e pode haver maior dificuldade de entender as palavras.

Quando muitas pessoas estão conversando ou a pessoa está em um local com eco, é difícil entender o que está sendo falado.

Pode haver dor, febre, zumbido ou vertigens.

Um sintoma importante é quando a pessoa só consegue entender o que é falado quando a outra pessoa está de frente para ela, para que, dessa forma, se faça a leitura labial.

Também pode haver intolerância a sons intensos, principalmente em caso de perda auditiva de frequências altas e consoantes. Dessa forma, falar alto perto dessas pessoas pode causar desconforto.

Isolamento social e depressão também são sintomas da surdez, já que ela tem grande impacto na vida da pessoa e sua autoestima.

Bebês recém-nascidos não se assustam com sons altos. E crianças têm dificuldade no desenvolvimento da linguagem.

Quais as causas da surdez?

Alguns dos motivos que podem causar a surdez:

  • Acúmulo de cera no ouvido;
  • Alergias;
  • Atividades recreativas como: fogos de artifício, bicicross, motociclismo ou uso de armas de fogo, por exemplo;
  • Baixo peso ao nascer;
  • Casos na família;
  • Defeitos congênitos;
  • Degeneração neurológica;
  • Envelhecimento;
  • Exposição a ruídos de alta intensidade;
  • Fístula perilinfática;
  • Genética;
  • Imobilização de um ou mais ossos do ouvido;
  • Infecções congênitas, principalmente sífilis, toxoplasmose e rubéola;
  • Meningite;
  • Nascimento prematuro;
  • Otite;
  • Presbiacusia: diminuição auditiva relacionada ao envelhecimento;
  • Problemas metabólicos;
  • Processos imunológicos;
  • Ruídos ocupacionais;
  • Traumas na cabeça;
  • Tumores;
  • Uso de medicamentos ou drogas;
  • Viroses.

Quando procurar um especialista?

Quando houver algum dos sintomas citados, é importante realizar um exame físico com diapasão e audiometria, de preferência.

Se houver tontura, é preciso avaliar também o labirinto e o sistema nervoso central, com testes específicos.

No entanto, para detectar tumores, é necessário fazer uma ressonância magnética.

Como prevenir a surdez?

No caso da surdez congênita, ela pode ser prevenida ao evitar certos tipos de doenças em gestantes, tais como: sífilis, rubéola e toxoplasmose.

Para isso, é necessário orientação médica no pré-natal e tomar vacina contra rubéola.

Nos recém-nascidos, é necessário fazer o teste da orelhinha para verificar anormalidades auditivas.

Em pessoas que não tenham perda auditiva congênita, é possível prevenir a surdez tomando alguns cuidados, tais como:

  • Evitar introduzir objetos pontiagudos nos ouvidos, como canetas e grampos, por exemplo, inclusive mantê-los longe do alcance das crianças;
  • Observar se há atraso no desenvolvimento de fala das crianças;
  • Usar sempre equipamentos de proteção no caso do trabalho exposto a ruídos, bem como acompanhamento da saúde auditiva desses trabalhadores.

Qual o tratamento para surdez?

Na verdade, o ideal é prevenir a surdez, mais do que tratá-la. No entanto, mesmo assim, muitas vezes existe cura para a perda auditiva.

Importante saber que alguns tipos de surdez são irreversíveis e não podem ser tratadas.

Os tratamentos de alguns tipos de surdez, podem ser:

  • Aparelho auditivo;
  • Cirurgia;
  • Correção no tímpano;
  • Implante coclear;
  • Medicamentos;
  • Tratamento com fonoaudiólogo.

Surdez é reversível?

Sim, no entanto, depende da causa da surdez. Nos casos de surdez mais profunda, é possível utilizar aparelhos auditivos para amenizar os sintomas e corrigir os problemas leves e moderados.

Existem diversas pesquisas com células-tronco e terapias genéticas que apresentaram curas no caso de surdez hereditária provocada por ruídos em camundongos, mas ainda não existe nenhum estudo comprobatório em humanos.

Leia mais: Educação em saúde: saiba mais sobre a importância deste tema

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Quem escreve

Jovem segurando uma caneta azul contendo uma coroa.

Analista de conteúdo

Graduada em Propaganda e Marketing desde 2017, Ana, sempre trabalhou com os mais diversos tipos de segmentos. Em 2020, entrou para a equipe da Escale Digital, com o objetivo de criar e analisar conteúdos. Atualmente, trabalha com o projeto Zelas Saúde, um portal diferenciado que busca facilitar a escolha e a utilização de convênios médicos. Além disso, para o Tudo Saúde, elabora pautas e pesquisas para desenvolver um conteúdo informativo, útil e de qualidade.