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Recursos Humanos

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Doenças ocupacionais: saiba como afetam a saúde dos colaboradores

Homem de óculos e camiseta amarela.

Por Cauê Víctor Trindade

Analista de conteúdo

O local de trabalho é onde as pessoas passam uma grande fração do seu dia excetuando atividades que exigem esforço repetitivo na maioria das vezes. A longo prazo, se a empresa não investir no bem-estar dos colaboradores, podem surgir as doenças ocupacionais como consequência dessa falta.

Desse modo, as doenças ocupacionais devem ser uma das principais questões que o setor de recursos humanos deve prestar atenção e implementar medidas e ações para atenuar o desgaste causado aos colaboradores da empresa.

Pensando nisso, desenvolvemos um artigo para tirar suas dúvidas sobre as principais doenças desse segmento e o que fazer para evitá-las. Confira!

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O que são as doenças ocupacionais?

As doenças ocupacionais são aquelas que estão relacionadas às tarefas executadas pelo colaborador e também sobre o local de trabalho em que está inserido. Além disso, elas também têm um impacto físico ou psicológico na saúde do trabalhador.

Esse é um tipo de problema que afeta a saúde do colaborador e não deve ser ignorado. Afinal de contas, essa também é uma das principais causas de afastamento, sem contar incidentes ocorridos em acidentes de trabalho.

Além disso, as doenças ocupacionais são conhecidas por: idiopatias, ergopatias, tecnopatias ou doenças profissionais típicas. Sendo assim, existem diferentes tipos e que afetam especificamente uma condição física ou mental do trabalhador.

Quais são as doenças ocupacionais mais comuns?

As doenças ocupacionais podem ser diferenciadas de acordo com o tipo de sintoma que causa no trabalhador. Entre elas, existem as que são causadas por repetição, que causam prejuízos auditivos, prejuízos respiratórios e psicológicos. 

As principais são:

  • lesões por esforços repetitivos (LER);
  • distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT);
  • dorsalgias;
  • transtornos mentais;
  • transtornos das articulações;
  • varizes nos membros inferiores;
  • transtornos auditivos.

Por repetição

As doenças ocupacionais causadas por repetição são as mais incidentes. Elas são comuns para trabalhadores que executam de forma sistemática e constante o mesmo tipo de movimento cotidianamente.

Profissionais que têm como ofício digitar por longas horas, ficar sentado por tempo muito prolongado poderá desenvolver a longo prazo algum tipo de dor muscular, conhecida como dorsalgia e inflamações como tendinite ou bursite.

Entre as doenças ocupacionais existentes, é muito provável que você já tenha se deparado com o nome LER, que significa Lesão Por Esforço Repetitivo. Além desta, existe também a DORT, que significa Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho.

Mesmo a LER causando prejuízos para a qualidade de vida do trabalhador, ela não é especificamente uma doença, mas sim uma síndrome que é constituída por um grupo de doenças como: a tendinite, tenossinovite, bursite, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho, síndrome do desfiladeiro torácico, síndrome do pronador redondo, mialgias entre outras.

Auditivas

As doenças ocupacionais também podem ser auditivas. Esse tipo de doença é comum quando o trabalhador passa por longas horas executando suas atividades em um ambiente barulhento, sem o devido uso de equipamento de proteção individual – EPI’s.

Os principais sintomas são dores de cabeça, irritabilidade, sensação de zumbido constante nos ouvidos, perda de audição moderada ou grave. Essa condição afeta a qualidade de vida da pessoa e também compromete seu lado social.

Respiratórias

Esse tipo de doença atinge principalmente trabalhadores que estão expostos diariamente a ambientes que liberam resíduos químicos e que prejudicam as vias aéreas.

Quem trabalha perto de máquinas que liberam agentes poluentes no oxigênio tem uma grande propensão a desenvolver problemas respiratórios.

Trabalhadores de indústrias químicas, construção, entre outros segmentos, devem utilizar corretamente EPI’s, sendo essa uma das principais medidas para prevenir doenças respiratórias causadas pelo ofício.

Para isso, é importante verificar se o equipamento é adequado para a função que o funcionário executa.

Os principais sintomas desse tipo de doença são: dificuldade para respirar, tosse, reações alérgicas, chiado no peito ou cansaço. Se você trabalha em um local que tenha uma grande emissão de gases, resíduos e poluentes, fique atento quando manifestar um dos sintomas descritos acima.

Psicossociais

As doenças ocupacionais psicossociais são aquelas em que afetam a saúde mental do trabalhador. Quem é submetido a jornadas de longas horas, situações de assédio moral, estresse, falta de reconhecimento profissional pode sofrer algum tipo de desgaste mental.

Os transtornos psicossociais podem apresentar sintomas que muitas vezes são ignorados e que a longo prazo, podem trazer grandes prejuízos para o lado profissional e social. Os mais comuns são: tristeza, preocupação excessiva, irritabilidade, taquicardia, depressão ou falta de motivação.

É preciso prestar atenção caso algum desses sintomas se manifestem. Se você estiver com aquela sensação de tristeza profunda por vários dias, é fundamental procurar ajuda de um especialista.

Se você tiver convênio médico, saiba que existem planos de saúde que cobrem atendimento psicológico.

Leia também: Perícia médica do INSS: entenda como funciona

Como evitar as doenças ocupacionais?

Uma das melhores maneiras que a empresa pode fazer para garantir o bem-estar no trabalho pode ser oferecer benefícios para colaboradores. Desenvolver algumas ações pode desenvolver uma via de mão dupla onde ambos os lados são beneficiados.

Um plano de saúde empresarial, por exemplo, pode auxiliar o colaborador a buscar atendimento médico antes que a doença se agrave. Além disso, a maior parte das operadoras investem na prevenção através de programas de conscientização.

Outra medida que ajuda a evitar o desenvolvimento de doenças ocupacionais é investir em ginástica laboral. Essa é uma estratégia que garante resultados positivos a longo prazo, garantindo mais produtividade por parte dos colaboradores e também promove mais saúde no ambiente de trabalho.

Além de oferecer plano de saúde para funcionários, a empresa deve incentivar os colaboradores a fazerem atividades físicas regularmente. Isso garante diversos benefícios para a saúde a longo prazo e previne o aparecimento de outras doenças, como hipertensão, obesidade e diabetes, por exemplo.

Qual a diferença entre doença ocupacional e acidente de trabalho?

Acidente de trabalho é o tipo de lesão que o colaborador sofre durante a execução de suas tarefas durante o expediente. Geralmente são incidentes isolados que ocorrem por fatores externos.

Além disso,  as lesões podem ser temporárias ou permanentes, de grandes ou pequenas gravidades. A Consolidação de Leis Trabalhistas – CLT divide em três tipos:

  • típico: quando ocorre no ambiente de trabalho ou nos arredores durante o expediente;
  • atípico: quando ocorre em casos específicos, como agressão, sabotagem, contaminação ou durante os períodos destinados a descanso e almoço;
  • de trajeto: quando ocorre durante o deslocamento do colaborador para seu local de trabalho ou do trabalho para casa.

As doenças ocupacionais, por sua vez, englobam as possibilidades que o colaborador tem em desenvolver problemas de saúde em decorrência das atividades que realiza e que afetam o seu desempenho profissional.

Quais são os direitos do trabalhador nesses casos?

As doenças ocupacionais enquadram-se em acidentes de trabalho, conforme reza a Lei n. 8.213 de 24 de julho de 1991

Portanto, ao ser comprovado que o funcionário desenvolveu algum tipo de doença ocupacional, ele estará amparado pela Lei, que prevê estabilidade e indenização ao trabalhador. Isso implica em afastamento de suas funções até a receber alta médica.

Sobre a indenização em caso de doenças ocupacionais

Em caso de indenização, serão levados em conta fatores como grau de responsabilização do empregador, sua capacidade econômica e a extensão do dano ao trabalhador (se de natureza “leve”, “média”, “grave” ou “gravíssima”).

O cálculo indenizatório é feito por um advogado trabalhista e um contador, e podem variar conforme a situação em que o trabalhador foi afetado, se houve horas extras não contabilizadas, entre outras variantes.

Quais as responsabilidades do colaborador e da empresa para evitar as doenças ocupacionais?

É muito importante diferenciar as responsabilidades de cada parte. Desse modo, o colaborador tem responsabilidade pela sua saúde ao utilizar equipamentos adequados e de forma correta para sua proteção, assim como a empresa deve proporcionar um ambiente de trabalho e condições saudáveis a todos que fazem parte do quadro de funcionários.

Algumas ações que a empresa pode adotar que reduzem o desenvolvimento de doenças ocupacionais:

  • realizar campanhas de conscientização para prevenção de doenças;
  • fornecer móveis adequados para a ergonomia do colaborador;
  • fornecer treinamentos para que os colaboradores saibam como utilizar equipamentos de forma adequada;
  • realizar periodicamente a capacitação dos colaboradores;
  • abrir um canal de comunicação eficiente entre os colaboradores e o setor de Recursos Humanos – RH;
  • reforçar a necessidade de utilizar os EPI’s durante a jornada de trabalho;
  • realizar campanhas que expliquem os riscos aos quais os colaboradores estão expostos no dia a dia.

Algumas ações que devem ser realizadas pelos colaboradores:

  • utilizar corretamente os EPI’s;
  • praticar atividades físicas;
  • fazer um check-up anual;
  • visitar o dentista a cada seis meses;
  • verificar se a postura ao sentar está correta;
  • alongar-se periodicamente;
  • desenvolver o hábito de alimentar-se de forma saudável.

Como encontrar um plano de saúde ideal para a empresa e seus colaboradores?

Agora que você sabe como as doenças ocupacionais podem afetar a saúde dos trabalhadores, saiba que encontrar um plano de saúde PME pode ser uma excelente alternativa.

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Quem escreve

Homem de óculos e camiseta amarela.

Analista de conteúdo

Estudante do 6º semestre de relações públicas na FAPCOM, Cauê trabalha há mais de 2 anos com criação de conteúdo para canais digitais. Em 2021, entrou para o time da Escale Digital, com o objetivo de criar e analisar conteúdos na vertical de saúde. Na Zelas Saúde, cria conteúdos para as redes sociais e portal, ajudando a responder às principais dúvidas dos usuários sobre o universo da saúde suplementar.